EMOÇÃO

Spikeball é a novidade para arejar o mundo esportivo

O Spikeball foi criado em 2008, nos Estados Unidos; 4 milhões de jogadores em todo o mundo

Esportes Já
13/02/2023 às 09:07.
Atualizado em 13/02/2023 às 09:07
O Roundnet (rede redonda, em tradução livre do inglês), mas chamado de Spikeball, tem semelhanças com o vôlei, o que pode ser um atrativo para jovens e adultos; adeptos buscam cativar novos fãs e uma das normas é espalhar os conceitos das regras da modalidade em todo mundo (Divulgação)

O Roundnet (rede redonda, em tradução livre do inglês), mas chamado de Spikeball, tem semelhanças com o vôlei, o que pode ser um atrativo para jovens e adultos; adeptos buscam cativar novos fãs e uma das normas é espalhar os conceitos das regras da modalidade em todo mundo (Divulgação)

Esporte gera emoção. Recordações. Sociabilidade. Quando todos estes ingredientes são misturados com a surpresa, o pacote fica completo. É o que sente todos aqueles que praticam o Roundnet (rede redonda, em tradução livre do inglês) mas chamado de Spikeball e que tem semelhanças com o vôlei, o que pode ser um atrativo para jovens e adultos.

O enredo atrativo pode se encaixar perfeitamente em Henrique da Silva Pereira de Sousa, conhecido como Henrique Menez. Aos 26 anos e integrante da equipe Roundnet Campinas, ele já integrou o Spikeball ao seu cotidiano.

Ele conta que tudo começou de maneira despretensiosa. Um amigo do trabalho praticava o esporte por pura diversão e em determinado dia o rapaz não tinha uma pessoa para fazer dupla e lhe chamou para completar a brincadeira que virou algo sério. “Foi amor à primeira vista”, disse.

Uma paixão que é recente em todo o mundo. O Spikeball foi criado em 2008, nos Estados Unidos e conta na atualidade com quatro milhões de jogadores em todo o mundo, que participam de um calendário com mais de 150 torneios realizados durante o ano.

Para cativar novos fãs, uma das normas é espalhar os conceitos das regras da modalidade. Durante as partidas, os pontos podem ser ganhos pela equipe sacadora ou receptora. Os duelos são jogados com 11, 15 ou 21 pontos. Mas a organização de torneios pode determinar a pontuação que será aplicada. Para vencer, a dupla tem que aplicar dois pontos de diferença sobre a dupla oponente.

Para provar que é “prima” de primeiro grau do voleibol, os pontos são determinados quando a bola entra em contato com o solo ou não retorna para a rede dentro de 3 toques. Também é creditado ponto quando a bola é rebatida diretamente no aro a qualquer momento, inclusive em um saque. As duplas podem pontuar quando a bola quica e volta para a rede ou aro ou quando a bola rola claramente pela rede. Henrique Menez não nega o parentesco com o vôlei. “A forma de jogo é muito semelhante. Cada time tem 3 toques de bola para trocar a posse. É bem dinâmico e divertido. Foi criado para diversão e hoje é extremamente competitivo ao redor do mundo”, afirmou Henrique Menez.

Por ser uma modalidade muito recente, o país criador, segundo Menez, tem grande interferência no desenvolvimento da modalidade, um papel que os Estados Unidos não abrem mão. “Ali, o esporte já é praticado por universidades em todo o país. É possível inclusive ganhar bolsa universitária para jogar. No primeiro campeonato mundial do esporte, realizado em setembro de 2022 eles foram campeões absolutos”, afirmou Henrique Menez. No campeonato, apesar de ter entrado como Azarão, o Brasil não decepcionou e ficou na 19ª posição entre os 36 países que competiram. “Ficamos à frente de México, Japão e Espanha por exemplo”, arrematou Henrique Menez.

Para ele, existe um grande espaço para a propagação do esporte no Brasil, especialmente pela capacidade de adaptação da modalidade. “O Spikeball pode ser praticado em qualquer lugar: grama, concreto, areia e até mesmo na piscina! Qualquer pessoa pode jogar”, disse, rápido para comprovar que a receita já é aplicado ao seu dia a dia.”Na nossa comunidade local, temos todas as idades, crianças, jovens, adultos e até mesmo os mais velhos! Todos são bem vindos”, completou.

Na sua visão, o Spikeball teria uma divulgação mais rápida se existe uma maior divulgação por parte dos veículos de comunicação. “Infelizmente estamos na zona de conforto com os esportes mais comuns e isso prejudica muito um esporte que, em 90% das vezes conquista àquele que o pratica”, analisou Menez. “Se o spikeball tivesse mais visibilidade ou fosse mais divulgado pela mídia, com certeza o Brasil podia ser uma potência nesse esporte”, arrematou.

BAIXO INVESTIMENTO AJUDA NA CONQUISTA DE MAIS ADEPTOS

Se alguns esportes afastam praticantes em virtude do alto custo para investimento, o Skipeball segue caminho inverso. A estimativa é que o equipamento necessário tenha um custo de, no mínimo, 400 reais. 

Em boa parte dos casos, o kit de aquisição vem com as bolinhas, uma bombinha de ar para encher as bolinhas e uma mochila para transportar tudo. 

Além disso, a informática, as redes sociais e os computadores são aliados na conquista de mais praticantes.”Basta baixar o aplicativo da spikeball. Lá é a melhor forma de conectar pessoas que jogam com aqueles que desejam jogar, bem próximo de você”, disse Henrique Menez, que faz até uma previsão para quem entra no mundo do Spikeball. “Duvido muito que a pessoa irá perder o contato com os praticantes pois é um esporte que conecta e gera muitas amizades”, arrematou.

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