PONTE PRETA

Sob gestão de Eberlin, Ponte decepciona em pontuação na série B

Desde que o atual presidente assumiu o clube, em 2022, o desempenho na Série B é superior apenas ao da Chapecoense, novamente ameaçada pelo rebaixamento

Esportes Já
23/09/2024 às 10:23.
Atualizado em 23/09/2024 às 10:28
Nelsinho Baptista é o sexto técnico da gestão de Marco Eberlin (Marcos Ribolli/Pontepress)

Nelsinho Baptista é o sexto técnico da gestão de Marco Eberlin (Marcos Ribolli/Pontepress)

Pressionada pela necessidade de fugir da zona do rebaixamento e sedenta para buscar um novo triunfo amanhã, às 21h30, contra o América Mineiro, no Estádio Moisés Lucarelli, a Ponte Preta sabe que precisa melhorar o seu rendimento de pontuação em relação aos concorrentes. O problema não é recente e dá dores de cabeça à Diretoria Executiva.

Desde que o presidente Marco Antonio Eberlin assumiu o comando do clube, no dia 4 de janeiro de 2022, apenas sete equipes disputaram conjuntamente com a Macaca a Série B em 2022, 2023 e neste ano. Ao se levar em conta apenas os resultados até a 27ª rodada, o retrospecto não é favorável para o time campineiro. Pelo contrário. 

Ao contabilizar a pontuação acumulada até a rodada encerrada na quinta-feira, dia 19 de setembro, a liderança dessa Série B “estendida” estava com o Sport, com 162 pontos, que não perderia a “ponta” mesmo com uma possível vitória do Novorizontino, que joga hoje contra o Santos na Vila Belmiro. Ao contar suas três participações, a equipe treinada por Eduardo Baptista tem 157 pontos acumulados. Na sequência aparece o Vila Nova, com 153 pontos. Integrado à zona do rebaixamento deste ano, o CRB, agora treinado por Hélio dos Anjos, acumulou 133 pontos nos anos de 2022, 2023 e 2024. Na atual edição da segundona, o time alagoano está com 26 pontos e atua na terça-feira, às 21h30, contra o Botafogo, em Ribeirão Preto.

Com seus altos e baixos, o Guarani nos últimos três anos acumulou 132 pontos, quatro à frente do Ituano, que perdeu no sábado para o Coritiba pelo placar mínimo. O quadro só não está pior para a equipe bugrina em virtude da pontuação obtida no returno de 2022, 33 pontos, terceira melhor campanha. Com nove pontos atrás do rival, a Macaca segue com 123 pontos acumulados, e a Chapecoense tem o pior desempenho com 113 pontos.

O presidente Marco Antonio Eberlin admitiu que o resultado é decepcionante, mas alertou que diante das atuais condições de infraestrutura da Ponte Preta não havia muito mais o que fazer. “Tenho certeza que poderia ter sido um pouco melhor, mas não muito melhor. A Ponte Preta carece de estrutura. Veja quem disputa a frente na Série B. São times uma estrutura melhor que a Ponte Preta: América, Vila Nova, Mirassol, Novorizontino”, disse o presidente em entrevista à Rádio Brasil Campinas. 

Segundo ele, a melhoria da infraestrutura produz uma cadeia virtuosa e com benefícios no gramado. “O jogador (com estrutura melhor) machuca menos e produz mais para a equipe”, disse.

A conjuntura histórica atrapalhou e evitou que ocorresse, segundo Eberlin, uma melhoria em tempo recorde. Ele relembrou que, quando assumiu, em 4 de janeiro de 2022, ele precisou encarar o elenco limitado do ano anterior, e o contrato já firmado com Gilson Kleina, o que prejudicou a sua margem de manobra. Ele contou que foi atropelado pela onda de covid-19 que afetou o elenco. “ A Ponte Preta não tinha uniforme para treinar. Não tinha bola e uniforme para jogar no Allianz Parque (contra o Palmeiras, em 2022). Nós jogamos com o uniforme da equipe Júnior (sub-20)”, descreveu o dirigente.

Diante disso, a sua decisão foi realizar obras no Centro de Treinamento do Jardim Eulina e no próprio Moisés Lucarelli. Eberlin afirmou que foi inevitável uma baixa pontuação nos últimos três anos. “Nós estamos estruturando a Ponte Preta”, prometeu o dirigente da Macaca.

PRÓXIMO JOGO

Para o jogo de amanhã, às 21h30, contra o América-MG, no Estádio Moisés Lucarelli, a dúvida é se o técnico Nelsinho Baptista tentará repetir a formação que venceu o CRB na quinta-feira passada pelo placar mínimo em Maceió.

Por outro lado, a Diretoria Executiva não anunciou nenhuma contratação no período em que era permitido trazer jogadores sem contratos após encerramento em competições nacionais. Não foi encontrada nenhuma opção ofensiva para substituir Jeh, ainda em processo de recuperação. 

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