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Sesi investe alto no futebol feminino

Instituição abre escolinha gratuita da modalidade para crianças a partir de ‘6 anos de idade

Esportes Já
27/11/2023 às 09:35.
Atualizado em 27/11/2023 às 09:35
Projeto tem parceria com o Ministério do Esporte e a ideia é formar uma equipe de alta performance a longo prazo a partir do desenvolvimento da base (Divulgação)

Projeto tem parceria com o Ministério do Esporte e a ideia é formar uma equipe de alta performance a longo prazo a partir do desenvolvimento da base (Divulgação)

O desenvolvimento do futebol feminino no Brasil ganhou um aliado de peso neste ano. O Sesi (Serviço Social da Indústria) lançou um projeto, cujo foco é revolucionar a modalidade no país. Há pouco mais de três meses, a instituição, que tem no investimento esportivo uma de suas bases, deu o pontapé inicial em uma escolinha gratuita para meninas entre 6 e 15 anos. A iniciativa tem parceria com o Ministério do Esporte e a ideia, a longo prazo, é formar uma equipe de competição que possa disputar os principais campeonatos do país. Onze unidades do estado de São Paulo estão envolvidas na prática. Em Campinas, as atividades acontecem no Sesi Santos Dumont e 143 meninas participam das aulas.

“Inicialmente, as aulas serão oferecidas no estado para cerca de 1.100 a 1.650 alunas, entre 6 e 15 anos, por meio do Programa Atletas do Futuro (PAF), voltado à iniciação esportiva”, anuncia o Sesi. “A expectativa é que, em fevereiro de 2024, ao menos seis unidades avancem e iniciem o desenvolvimento do treinamento esportivo para meninas entre 12 e 16 anos. Nessa etapa, o objetivo já é aperfeiçoar as capacidades esportivas para fins competitivos”.

Treinadora da unidade de Campinas, Tainá Gomes, conhecida como PG, explica que a ação ainda está nos primeiros degraus. “A princípio, não é só futebol, mas uma atividade que possa proporcionar também laços, amizades, atividade física”, detalha. “A metodologia do PAF é específica para cada faixa etária e traz esse universo da brincadeira, diversão e vivência”, comenta, apontando para a evolução da prática a partir de 2024.

“No ano que vem, paralelamente ao PAF, a ideia já é investir na abertura de equipes de treinamento, com a criação das categorias sub-14 e sub-16 para a disputa da Liga Sesi. A partir daí, já começam a surgir as bases para a formação de um time de alta performance”, relata. Além de Campinas, estão envolvidas nas atividades as unidades de Itú, Jaú, Limeira, Rio Claro, São Carlos, Matão, Tatuí, Santos, Osasco e Mauá.

Formada em Educação Física pela Unicamp, técnica da equipe de futsal da Universidade e com passagens pelo Bonfim, Futebol Feminino Campinas e Ponte Preta, PG destaca a relevância do projeto do Sesi. “Eu sempre gostei de futebol e, na minha época de criança, não existiam escolinhas só voltadas para meninas”, compara a profissional de 28 anos. “Comecei a jogar tarde, com 13 anos, e não me desenvolvi tanto como atleta por não haver uma estrutura”, continua PG, que também já foi treinadora de goleiras, auxiliar técnica e analista de desempenho. “Hoje, o que o Sesi oferece é um espaço para que mais meninas possam estar ao lado de meninas praticando um esporte de mulheres.”

O lançamento estadual do projeto aconteceu em agosto, em Osasco. E a primeira unidade regional a oficializar a ação por meio de um evento foi a de Campinas, segundo PG. No último dia 14, uma cerimônia anunciou as bases da atividade para empresas, prefeituras e pais das alunas. “O objetivo foi mostrar a força e a seriedade do projeto para que possamos conquistar mais apoio e a confiança das alunas e de seus pais”, comentou a treinadora.

Os pais das meninas interessadas em desenvolver as atividades podem entrar em contato com o Sesi para obter mais informações sobre inscrições e matrículas. O telefone é (19) 3765-9210.

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