BRASIL NO TOPO

Região de Campinas recebe os campeões mundiais de bumerangue

Em disputa com 11 países, Brasil conquista título inédito nos Estados Unidos

Esportes Já
11/11/2024 às 15:25.
Atualizado em 11/11/2024 às 15:25

Jogador se contorce para lançar o bumerangue: modalidade ainda pouco conhecida no Brasil (Divulgação)

Apesar de pouco conhecido no Brasil, o bumerangue tem hoje o país como seu principal representante. Afinal, a seleção brasileira é a atual campeã mundial da modalidade. O inédito título foi conquistado em julho deste ano, em Denver, nos Estados Unidos. E no próximo sábado, a equipe campeã estará em Paulínia junto com o troféu, que será a principal atração da 4ª edição do Encontro Amigos do Bumerangue (EAB), no Parque Brasil 500. A celebração marcará o evento, que acontece desde 2021 na cidade vizinha de Campinas e reúne praticantes do esporte de várias partes do país para jogos e confraternização. 

"O Toby vem aí", diz o campineiro Fábio Santos, atleta, diretor da Associação Brasileira de Bumerangue (ABB) e idealizador do encontro em Paulínia. Toby é o nome do troféu, uma referência à Uncle Tobys, marca de um cereal australiano que patrocinou a primeira edição do mundial. "Parece que o primeiro modelo foi feito grande demais e era difícil até transportar. Depois, foi trocado por um modelo menor", conta Santos. O troféu é transitório e fica com o país campeão até ser colocado em disputa na competição seguinte. O Mundial, organizado pela Federação Internacional de Bumerangue (IFBA), acontece a cada dois anos e em 2026 será na Indonésia. 

Em Denver, a delegação brasileira formada por seis integrantes, superou Estados Unidos e Alemanha, que ficaram na segunda e terceira colocações, respectivamente. A disputa aconteceu durante quatro dias e envolveu 11 países. Na categoria individual, o bicampeão mundial André Caixeta, jogador de Patos de Minas, ficou com a segunda colocação geral. São Paulo, Camboriú, Cuiabá e Cosmópolis também tiveram representantes na equipe brasileira. 

O Brasil já disputou oito mundiais e foi em 2014, na Austrália, que o país começou a mostrar sua força no bumerangue, com Caixeta alcançando o lugar mais alto do pódio na categoria individual e o país chegando à quarta colocação com uma seleção mista junto da Alemanha. Atual campeão estadual, Santos estava naquele torneio. "Nunca o Brasil tinha chegado tão longe numa competição internacional", lembra o jogador, que também é campeão brasileiro. "O resultado serviu de combustível para acreditarmos que poderíamos ir mais longe e passamos a focar mais nas competições." Em 2022, na França, Caixeta voltou a brilhar com título individual e a seleção brasileira ficou com o terceiro lugar. Agora, neste ano, veio a consagração. 

Esporte em que basicamente sua prática consiste no lançamento de um artefato com o objetivo de apanhá-lo de volta, o bumerangue é pouco praticado no Brasil e não há uma expectativa de crescimento, mesmo com os bons resultados alcançados em competições de ponta. "O esporte é pouco divulgado", justifica Santos. "No Brasil, temos algo entre 50 a 60 praticantes, que se comunicam e postam suas atividades nas redes sociais, mas o número é maior", afirma ele, que mora em Campinas e planeja difundir a modalidade na região por meio de clínicas. O projeto é antigo, mas ele espera que seja colocado em prática em 2025. "É uma pauta forte dentro da associação, não só com foco na região de Campinas, mas em outras partes do país."

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