Evellyn Pereira, de 17 anos, obteve excelentes resultados nos primeiros meses de 2024 (Divulgação)
Depois de participar da seleção brasileira que conquistou a medalha de ouro no Thüringia Cup 2024, na Alemanha, no final de março, a pernambucana Evellyn Pereira está a caminho do Pan-Americano. Principal atleta na atualidade da Associação Campineira de Judô (ACJ) e líder do ranking nacional sub-21 na categoria peso pesado, Evellyn foi convocada para duelar pela seleção na competição continental da modalidade, que acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 21 e 24 de abril. Estreante em PanAmericano, a atleta quer usar a bagagem adquirida na Alemanha para alcançar um bom resultado no evento que conta pontos para a disputa do Mundial em outubro, no Tajiquistão.
Aos 17 anos e em seu primeiro ano na categoria sub-21, Evellyn chegou na Alemanha amparada pela conquista do Meeting Nacional em fevereiro. E apesar de ganhar o título por equipes, na final diante do Japão, a judoca não teve bom desempenho na disputa individual no Thüringia Cup 2024. Ela perdeu a primeira luta, diante de uma adversária alemã, e não avançou. Para Evellyn, a distância de casa interferiu no seu desempenho. Pela primeira vez na Europa, a atleta admite que sentiu falta da família e dos treinadores com quem está acostumada a trabalhar.
“Detalhes me atrapalharam. Eu estava nervosa. Não estar ao lado de quem me conhece é difícil”, afirmou. Por outro lado, a jovem manteve a primeira colocação no ranking depois da competição e trouxe experiência na bagagem. “Amei o lugar, conheci pessoas novas, fiz amizades internacionais e passei frio”, diz entre risos. “Agora, tem que corrigir os erros e ir para a próxima. É um processo.”
Para Claudio Tateama, treinador da ACJ, a participação de Evellyn na competição da Alemanha será importante no crescimento da atleta, considerada uma promessa da modalidade.
“O desempenho foi aquém do que esperávamos, mas ela é nova, foi a primeira participação dela fora das Américas, primeiro ano da classe sub21 e longe dos pais e técnicos que está habituada. O treinamento de campo foi o mais importante, porque lá ficou alguns dias em contato com as mesmas atletas, treinando junto, aprendendo e absorvendo esse conhecimento para uma próxima oportunidade. Viajar junto com a Seleção é uma bagagem e um crescimento enorme ao atleta, que vê onde pode chegar, o que falta corrigir para disputar de igual com atletas de outras escolas”, explicou Tateama.
Evellyn fez parte da equipe brasileira que conquistou o título no Thüringia Cup 2024, na Alemanha, em março (Divulgação)
Agora, para o Pan-Americano Sub-21 de Judô no Rio de Janeiro, a confiança está alta. “Vou estar em ‘casa’ e eu já estou corrigindo os erros. Com certeza, vou dar meu máximo”, avisa a lutadora, que viaja no dia 21 (domingo), pesa no dia seguinte, faz a luta na disputa individual na terça-feira (23) e compete por equipes na quarta (24).
TRAJETÓRIA
Pernambucana de Recife, Evellyn se mudou para Paulínia com a família quando tinha 4 anos de idade. Seu sonho era ser bailarina, mas se apaixonou pelo judô quando seus pais a colocaram numa academia. Dentro da modalidade se desenvolveu e deu um salto entre 2018 e 2019, período em que ficou invicta. No início deste ano, ela passou a treinar na ACJ e logo os treinadores viram potencial na judoca, que sonha alto. Sua meta a curto prazo é conquistar o máximo de pontos possível nas competições que terá pela frente para alcançar um lugar na seleção no Mundial. A competição, marcada para acontecer entre 2 e 6 de outubro seria no Turcomenistão, mas mudou de local e acontecerá no Tajiquistão.
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