FUTEBOL AMADOR

Pronto para uma retomada gloriosa

Parque Anhumas retorna para a Série Ouro A e tem planos de chegar longe

Esportes Já
11/09/2023 às 18:33.
Atualizado em 11/09/2023 às 18:33

Campeão da Primeira Divisão em 2018, a equipe do Parque Anhumas conta com a mobilização da torcida durante os jogos para chegar longe na Série Ouro A na principal divisão do futebol amador (@Lukinha.SilvaFotografo)

Após um período afastado da elite do futebol campineiro, a equipe do Parque Anhumas retorna a Série Ouro A com a ambição de ficar entre os quatro primeiros ou até qualificar-se na disputa do título que será no primeiro final de semana de dezembro em local a ser definido pela Secretaria Municipal de Esportes.

Para a equipe, os jogos que serão disputados a partir do dia 24 de setembro serão uma espécie de retomada. De acordo com o treinador e dirigente do clube, José Carlos de Souza, o time era participante ativo na Série Ouro A, mas um empecilho surgiu no caminho há cinco anos. Naquela ocasião, a principal divisão começou de modo simultâneo a uma competição intitulada “Libertadores da Varzea”, na qual a equipe era participante. A agremiação estava inserida na fase decisiva e tomou-se a decisão de abrir mão da participação da Série Ouro A. Resultado: foi preciso recomeçar na Série Bronze, conseguir o acesso para a Série Prata e depois sacramentar a vaga no pelotão principal.

O dirigente acredita que aquilo que foi vivido pela equipe é um reflexo de um dos principais problemas do futebol amador campineiro, o excesso de competições o que indiretamente diminuiu o grau de protagonismo daquilo que é realmente prioritário, que é a Copa Irdival Frezzatto, organizado pela Liga Campineira de Futebol, e as divisões que estão sob a responsabilidade do poder público municipal. “Os dois campeonatos principais são a Copa Irdival Frezzato e a Série Ouro. Mas com os campeonatos paralelos que são realizados, nós perdemos jogadores para essas competições”, afirmou José Carlos de Souza, o Gordo.

As consequências são sentidas durante a temporada. Souza conta que não é incomum jogadores que estão acertados com times em fases decisivas acabam se ausentando dessas partidas. Motivo: eles concedem preferência para uma equipe no qual estava acertado e que paga um cachê melhor. “E aí acontece de que, se um jogador é expulso em determinado campeonato ele pode jogar em outro”, disse.

Este cenário, segundo o dirigente do Parque Anhumas, atrapalha o processo de montagem. Ele conta que o planejamento de montagem do time foi iniciado há quatro meses. Tudo parecia conduzir para um final feliz, inclusive com a definição dos 25 jogadores que seriam inscritos. Nos últimos dias, tudo mudou. Souza foi surpreendido pelas ciladas do mercado de atletas do futebol amador. “Na semana retrasada, eu perdi sete jogadores. Eles disseram que não poderiam dar preferência e iriam atuar em outra cidade ou em um campeonato paralelo. Tive que começar tudo de novo”, disse o dirigente do Parque Anhumas.

José Carlos não tem dúvida em afirmar que essa liberdade irrestrita para o atleta assinar com quem desejar produz um cenário cujo o dirigente fica refém. “O jogador pode assinar em vários campeonatos e não dá problema. Aqui, quem atua na Série Bronze pode jogar na Prata e quem atua na Prata pode jogar na Ouro. Assim fica dificil”, completou.

Para José Carlos Souza, o nível técnico do campeonato é prejudicado com este cenário. Por um motivo: como o atleta atua em diversas equipes, quando chega para disputar por qualquer outra equipe do futebol amador campineiro não é incomum que ele tenha um desgaste físico intenso que atrapalhe o seu desempenho. “O jogador tem uma partida para fazer às 08h30 e outro jogo às 10h30. No segundo jogo, o rendimento técnico dele caiu 50%. Ele já chega cansado”, lamentou.

Apesar das dificuldades, a equipe do Parque Anhumas promete um elenco competitivo e pronto para disputar as primeiras divisões. “Ninguém entra apenas para participar. Fiz contratações para ganhar. Nossa fé é que vamos chegar, mesmo sabendo da existência de gigantes”, disse José Carlos Souza, que reconhece a força de concorrentes como Granada, Parque Brasília e Morro. A fórmula, segundo ele, é a formatação de um elenco de jogadores oriundos da própria comunidade, ex-jogadores profissionais e atletas com experiência de futebol amador. “Não existe mais essa de trabalhar a semana inteira, pegar a chuteira no sábado ou no domingo e ir para o campo. Para disputar a Série Ouro é preciso contar com atletas que se preparem”, completou Souza.

A Série Ouro A tem início previsto para o dia 24 de setembro e deverá contar com a presença das seguintes equipes: 31 Novo Horizonte, Bayern Itajaí, Vila Boa Vista, Vila Rica, Grêmio Cafezinho, Parque Brasília, Oziel, Pureza, Campos Elíseos, Cruzeirinho Campo Belo, Monte Cristo, Bangu, Matina, Vila Formosa, Galácticos, Flamengo Santa Mônica, Granada, Bartira´s, Jardim Fernanda, Granada Futebol Clube, 31 Novo Horizonte, São Marcos, COFA (Vila Costa e Silva), Amigos F.C, Santinho, Carlos Lourenço, Família Campo Belo, Imperial Vida Nova, São Bernardo, Parque Anhumas, Três Marias, Ademar Barros, Acadêmico e São Luiz.

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