Triunfar na principal divisão do futebol campineiro é um grande feito (Divulgação)
Quando a bola começou a rolar na Série Ouro A do futebol amador de Campinas apostas foram feitas em relação aos favoritos para conquistar o título. No entanto, também existiam aquelas equipes que tinham como primeira meta a permanência na divisão. Passadas algumas rodadas, algumas previsões foram alteradas e uma delas está sobre o Três Marias, que após uma boa largada no Grupo 3, com duas vitórias, começa a sonhar alto na competição.
A obtenção de uma vaga na fase de mata-mata seria um belo desfecho para a história de uma equipe existente desde 1970 e que retornou com tudo para alegria dos moradores do bairro, localizado na região da Vila Padre Anchieta.
Para colocar o plano em prática de surpreender os adversários, os dirigentes da equipe adotaram uma cartilha que vai contra o receituário atual do futebol amador. Nada de contratações bombásticas e nem investimentos vultosos. A ordem é valorizar os jogadores formados em casa e residentes nas redondezas do bairro. Rendimentos? O churrasco após a partida, seja qual for o resultado. De maneira despretensiosa e com um estilo de jogo ofensivo, a meta é firmar uma marca dentro do futebol amador da cidade.
SE FOR PRECISO A ORDEM É SUPERAR AS ADVERSIDADES
Para o dirigente, triunfar na principal divisão do futebol campineiro é um grande feito, especialmente pela qualidade técnica dos jogos disputados pelas praças esportivas. “O futebol amador de Campinas em comparação contra cidades da região ainda é um campeonato forte e ele fica mais forte no mata-mata quando tipo assim porque quando acaba o campeonato da outra região aí vem a praticamente toda a região joga em Campinas”, disse o presidente do Três Marias, Rogério Aparecido de Souza.
Como o regulamento prevê a possibilidade das equipes trocarem cinco jogadores para as fases decisivas, Rogério sabe que, caso o Três Marias consiga a classificação, é bem provável que deve encarar oponentes reforçados de atletas atuantes nos torneios amadores de Hortolândia, Indaiatuba e outros campeonatos da Região Metropolitana de Campinas.
Rogério não tem o poderio econômico dos concorrentes. Confia no elenco cuja maioria dos jogadores tem abaixo de 25 anos. “ O meu filho tem 23 anos e atua na equipe. Só dois jogadores têm 30 anos”, disse Rogério, que ainda promove treinamentos com os jogadores às terças e quintas-feiras em que é combinado esquema tático e até a formação da equipe. “Todos esses jovens se envolvem com as questões do time”, elogiou o presidente do Três Marias.
Após o acesso obtido na Série Prata e com os problemas vividos pelas outras equipes sediadas na região do Padre Anchieta, Rogério têm consciência de que a camisa do Três Marias tem a obrigação de viabilizar uma boa representação de toda a região na Série Ouro A. Para transformar os sonhos em realidade, sua aposta é o apoio dos moradores do bairro.“A comunidade do bairro Três Marias se envolve com o time. Mas temos muitos times aqui na região”, completou Rogério, consciente da missão de fazer diferença no principal campeonato amador de Campinas.
A equipe do Três Marias está inserida no Grupo 3 ao lado de Grêmio Cafezinho, Pureza, Imperial Vida Nova, São Luiz, Vila Formosa, Ademar de Barros e Bangu F.C.
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