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Promessa do Judô ganha ouro em Copa Pan-Americana e compete na Alemanha

Evellyn Pereira, de 18 anos, ainda briga por vaga nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção

Esportes Já
24/03/2025 às 15:48.
Atualizado em 24/03/2025 às 15:48
Evellyn Pereira ao lado do técnico Cláudio Tateama na Copa Pan-Americana Júnior - Rio 2025 (Divulgação)

Evellyn Pereira ao lado do técnico Cláudio Tateama na Copa Pan-Americana Júnior - Rio 2025 (Divulgação)

A pernambucana Evellyn Pereira foi destaque da Associação Campineira de Judô (ACJ) na Copa PanAmericana Júnior - Rio 2025, disputada nos dias 13 e 14 de março, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro. A atleta de 18 anos conquistou a medalha de ouro na categoria pesado (+78kg) e deu mais um passo para estar entre as classificadas aos Jogos Pan-Americanos Júnior que neste ano acontece em Assunção, no Paraguai, entre 9 e 12 de agosto – a competição é realizada a cada quatro anos. 

A disputa no Rio de Janeiro contou com quase 140 judocas de 11 países, mas tanto no feminino quanto no masculino o ouro foi para atletas brasileiros nas sete categorias de peso. Para chegar ao lugar mais alto do pódio, Evellyn superou Alexia Lima e Ana Soares, quinta e primeira colocadas no ranking nacional, respectivamente, ambas por ippon. Depois do torneio, ela seguiu para a Alemanha, onde disputa até quarta-feira a Thüringia Cup, cujo resultado pode ser decisivo para o carimbo do passaporte a Assunção. É a segunda experiência dela no país neste mesmo evento, no qual esteve em 2024 durante o Circuito Mundial, com participações também na Hungria e República Tcheca, onde foi vice-campeã. 

“Hoje, a Evellyn lidera o ranking panamericano em sua categoria e está elegível para ir aos Jogos, mas a decisão da Confederação Brasileira de Judô é pelo ranking nacional, no qual ela está em sexto hoje”, explica Claudio Tateama, treinador da ACJ. “Assim, dependendo do resultado dela na Alemanha, o avanço no ranking nacional pode ser considerável, o que aumenta bastante as chances de convocação”, completa.

TRAJETÓRIA 

Desde o início de 2024, seu primeiro ano na categoria sub-21, Evellyn demonstra potencial de grande promessa do judô. Em fevereiro do ano passado, ela conquistou o título do Meeting Nacional e assumiu, na ocasião, a liderança do ranking nacional. Em seguida, teve a sua primeira experiência na Europa, na mesma competição que ela disputa agora, na Alemanha. Na participação, apesar de ter conquistado o título por equipes com a seleção brasileira, seu desempenho individual ficou abaixo das expectativas. “Detalhes me atrapalharam. Eu estava nervosa. Não estar ao lado de quem me conhece é difícil”, afirmou a jovem na ocasião. “Mas tudo é um processo.” A recuperação veio na sequência. 

No Campeonato Pan-Americano disputado em abril, no Rio, ela conquistou o ouro com um desempenho considerado “avassalador” pela CBJ. Nas cinco lutas que fez não somou nem 2 minutos em ação no tatame, vencendo todas por ippon. O resultado foi importante para que ela mantenha hoje a liderança no ranking pan-americano. 

TSUNAMI 

Evellyn mostra talento para a modalidade desde seus primeiros anos de prática, mas foi em 2018 e 2019 que ela deu um salto. “Fiquei invicta nesses dois anos e por isso as pessoas passaram a me chamar de ‘tsunami’”, lembra. No período, quando integrava a categoria sub-15, chegou a ficar em segundo lugar no Sul-Americano disputado no Chile. 

A judoca chegou na ACJ depois de deixar uma academia em Paulínia, cidade para a qual se mudou com os pais aos 4 anos de idade, vinda do Recife, onde nasceu. Na nova casa, seu talento foi acentuado. “Me senti acolhida na associação. Fiz amizades novas e vi uma condição que vai me ajudar a subir cada vez mais.”

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