Assim como fez em gestões anteriores como diretor de futebol, presidente Marco Antonio Eberlin espera revelar jogadores e vender atletas para pagar contas e assegurar a realização de planos
Léo Naldi surgiu para o futebol profissional em 2022 e gerou dividendos ao clube campineiro (Diego Almeida-Pontepress)
Quando tomou posse em janeiro de 2022, o presidente da Ponte Preta, Marco Antonio Eberlin canalizava entre os torcedores a expectativa de que novos atletas seriam revelados em virtude dos frutos colhidos por ele no período entre 1997 a 2006, quando foi responsável pelo comando do Departamento de Futebol Profissional. Apesar dos trancos e barrancos vividos, alguns atletas já foram projetados e geraram dividendos.
Entre os jogadores revelados estão o centroavante Eliel, agora emprestado pelo Cuiabá ao Paysandu, além dos volantes Felipe Amaral, vinculado ao América Mineiro, Léo Naldi, do Atlético-GO, e Felipinho, que defende o Athletico-PR.
Pelas estimativas, todos esses jogadores geraram um valor total de R$ 11 milhões em arrecadação. O resultado auxiliou na construção do superávit do balanço financeiro, que será divulgado nos próximos dias, na melhoria da infraestrutura e no pagamento de dívidas.
Durante todo o ano fiscal de 2024, uma parte desse dinheiro, R$ 5 milhões, teve destinos diversos. O valor de R$ 1.440 milhão foi direcionado para cumprir as mensalidades de R$ 120 mil do Plano Especial de Pagamento Trabalhista (PET), enquanto outros R$ 800 mil foram usados para a quitação da reclamação do zagueiro Rodrigo, formado na Ponte Preta e que disputou o Campeonato Brasileiro de 2017. O valor de R$ 1 milhão foi utilizado para deixar em dia todas as obrigações da Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD). Outro ponto sanado foi a quitação de R$ 800 mil referentes à desativação do antigo local em Jaguariúna utilizado pelas categorias de base. O valor foi usado para rescisão dos contratos de 43 pessoas que trabalhavam no local.
O investimento no futebol profissional ficou prejudicado porque R$ 2,5 milhões tiveram como destino a melhoria de infraestrutura do estádio Moisés Lucarelli, sendo que R$ 1,3 milhão, segundo os dirigentes, foram gastos na aquisição do novo sistema de iluminação. A nova pintura gerou um gasto de R$ 300 mil e mais R$ 500 mil na reformulação dos vestiários. Ou seja, sem a venda dos jogadores, o quadro financeiro, na visão da direção do clube, poderia ser pior.
Como a fórmula deu resultado, jogadores devem ser negociados para cumprir as obrigações financeiras geradas na Série C do Campeonato Brasileiro. A folha de pagamento deverá ser quitada sem sustos até julho deste ano, segundo estimativas da Diretoria Executivas. A partir daí, jogadores devem ser negociados. Os alvos principais são o centroavante Jeh, em fase final de recuperação de uma cirurgia, e o lateral-direito João Gabriel. O camisa 9 titular da Ponte Preta tem a preferência de negociação em virtude de quase ter sido repassado no início do ano passado, quando o Santos se interessou por seus serviços. O negócio não prosperou. João Gabriel, por sua vez, sempre foi bem avaliado internamente em termos de potencial técnico.
Como a fórmula deu resultado, jogadores devem ser negociados para cumprir as obrigações financeiras geradas na Série C do Campeonato Brasileiro. A folha de pagamento deverá ser quitada sem sustos até julho deste ano, segundo estimativas da Diretoria Executivas. A partir daí, jogadores devem ser negociados. Os alvos principais são o centroavante Jeh, em fase final de recuperação de uma cirurgia, e o lateral-direito João Gabriel. O camisa 9 titular da Ponte Preta tem a preferência de negociação em virtude de quase ter sido repassado no início do ano passado, quando o Santos se interessou por seus serviços. O negócio não prosperou. João Gabriel, por sua vez, sempre foi bem avaliado internamente em termos de potencial técnico.
Segundo o dirigente da Macaca, as revelações atuais, projetadas no gramado e revendidas, foram obtidas em uma conjuntura de adversidade. “O nosso Centro de Treinamento estava deteriorado. O gramado do campo estava em péssimo estado e sem manutenção há um bom tempo, chovia mais dentro do que fora nas instalações físicas e o clube social, chamado de Cidade Pontepretana, já não existia mais. No lugar do clube, o que vimos foi uma floresta que nasceu lá”, descreveu o dirigente sobre as condições em que encontrou o CT do Jardim Eulina.
Treinar a equipe, obter vitórias e oferecer conforto aos atletas dentro do estádio Moisés era algo distante e que exigiu, segundo o dirigente, um trabalho criterioso e minucioso. “Os nossos vestiários estavam extremamente danificados e não tinham nem chuveiros aquecidos. Os vestiários dos visitantes e bancos de reservas estavam destruídos, o que nos causava vergonha e até notificações da Federação Paulista e CBF”, completou.
O desejo da Diretoria Executiva é viabilizar novas revelações e assegurar o futuro da Ponte Preta.
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