Amanhã, o desafio é buscar primeira vitória como visitante diante do Amazonas; após três dias e longa viagem de retorno, a tarefa será vencer o Operário em casa
Dodô fez gol de falta contra o Goiás e deve começar como titular em Manaus (Marcos Ribolli-Pontepress)
Para conseguir se firmar na disputa pela zona de classificação da Série B do Campeonato Brasileiro, a Ponte Preta terá que enfrentar nesta semana uma verdadeira maratona para encarar duas equipes que se encontram em situações distintas na tabela. Apesar de encontrar-se na zona intermediária da classificação, o Amazonas entrou na competição para buscar a permanência e tentará prevalecer a condição de mandante no jogo contra a Macaca, programado para amanhã, terça-feira, às 21 horas, na Arena da Amazônia.
A Macaca, por sua vez, terá um desafio de logística, pois o voo de Campinas até Manaus tem aproximadamente 3h45 de duração e na sexta-feira já tem novo jogo, contra o Operário-PR, em Campinas. Segundo o técnico Nelsinho Baptista, todo o esquema de trabalho está preparado. “A logística está pronta. Ele foi estudada por todos do Departamento de Futebol. Vamos viajar e chegar na madrugada de segunda-feira (hoje). Vai dar para descansar”, disse o treinador. No turno inicial, ainda sob o comando de João Brigatti, a Macaca venceu o Amazonas por 3 a 0 no Moisés Lucarelli, no dia 6 de maio.
Os desafios não param. Pelo intervalo escasso para administrar viagem e treinamento, o comandante da alvinegra não esconde o receio sobre a preparação para o embate com Fantasma. “Temos que administrar bem, porque teremos desgaste”, avisou, sem deixar de lado a ambição de que pode buscar a primeira vitória na condição de visitante contra o Amazonas.
Uma das apostas para construir vitórias contra Amazonas e Operário é a versatilidade demonstrada pelos jogadores ao longo do campeonato. A disputa por espaço, segundo o treinador, gera consequências positivas. “Dentro do trabalho temos observado muitos jogadores. Entrou o Dodô, o Ramon (contra o Goiás) e o Renato. São jogadores que aguardam uma oportunidade”, disse. “Eles entraram no jogo e ajudaram a fazer o resultado (diante do Goiás)”, completou.
Na montagem da equipe, existem dúvidas e certezas. A dúvida é sobre o aproveitamento ou não de Gabriel Novaes, que saiu no tempo inicial contra o Goiás em virtude de uma lesão muscular. O centroavante Venicius, escolhido para substituir o titular Jeh, não agradou, de acordo com o próprio treinador. “Ele era um jogador que vinha trabalhando e teve poucas oportunidades. Eu não queria tirar a característica, então eu procurei manter um jogador com um biotipo igual ao do Jeh, mas com características diferentes. Mas não aconteceu e trocamos no intervalo pelo Renato”, lamentou.
Não é a primeira vez que um jogador decepcionou o técnico Nelsinho. No confronto diante do Paysandu, no dia 20 de julho, no Estádio da Curuzu, para compensar a impossibilidade de escalar Gabriel Risso, a comissão técnica apostou na utilização de Zé Mário, que recebeu vermelho na derrota por 1 a 0 em BelémPA. Outro atleta sem chances é o zagueiro Luis Haquin, que disputou a Copa América pela seleção boliviana. Na avaliação da comissão técnica da Ponte, os outros zagueiros do elenco estão em melhor condição técnica.
Alternativas são analisadas. Apesar de contar com o retorno de Jeh, o time principal não terá as presenças de Castro e Elvis, suspensos pelo terceiro cartão amarelo.
Para o lugar do camisa 10, Guilherme Portuga é a opção lógica, mas não está descartada a utilização de Ramon Carvalho e o reforço da marcação com a presença de Emerson Santos e de seu xará. Dodô, por sua vez, pode receber uma oportunidade. No setor ofensivo, ainda não há convicção sobre quem fará parceria com Jeh. Matheus Régis e Iago Dias são potenciais candidatos.
Com 25 gols em 21 partidas, a produção do ataque pontepretano já superou a marca de toda a Série B do ano passado, quando a equipe fez 24 gols em 38 rodadas. Em contrapartida, o rendimento da defesa deixa a desejar, pois foram 25 gols sofridos. Na edição da Série B do ano passado, após 21 confrontos, a Ponte Preta tinha sofrido 19 gols.
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