Novo treinador tem a missão de recuperar a produtividade do armador Elvis no gramado (Riboli)
Demitido do comando da Ponte Preta na tarde de sábado, dia 22, o ex-técnico Felipe Moreira tinha números que sustentavam a sua permanência no comando e ao mesmo tempo tinha diagnósticos que colocavam em xeque a sua produtividade perante a torcida, que agora aguarda por um novo treinador que deverá assumir o comando já para o jogo de domingo, dia 30 de julho, contra o Vitória, em casa, válido pela rodada de abertura do returno da Série B do Campeonato Brasileiro.
Felipe Moreira saiu da Macaca com aproveitamento de 40,7% e com o saldo de cinco vitórias, sete empates e seis derrotas. Por esse aproveitamento, sob o seu comando, a tendência era de que Felipe Moreira levasse a equipe a somar entre 46 e 47 pontos se conseguisse sustentar o aproveitamento na pontuação. Moreira teve produção igual à do primeiro turno do ano passado. Na ocasião, após 19 jogos, Hélio dos Anjos levou o time aos 22 pontos no turno inicial.
Desde que a Ponte Preta voltou a segundona nacional, em 2018, dificilmente uma equipe foi rebaixada com uma pontuação de 45 pontos ou mais. Em 2018 quando o Oeste somou 46 pontos, o que foi suficiente para sua permanência. O primeiro rebaixado foi o Paysandu com 43 pontos. Ou seja, com 44 pontos já seria suficiente para respirar aliviado. Em 2019, a pontuação exigida foi ainda mais baixa, já que o Figueirense ficou na 16ª posição com 41 pontos e 35% de aproveitamento. Em 2020, o Náutico escapou da terceira divisão ao somar 44 pontos e cravar aproveitamento de 38%, desempenho e pontuação repetidos pelo Londrina em 2020 e pelo Novorizontino no ano passado.
Se existia a perspectiva de Felipe Moreira cumprir com o objetivo estabelecido pela Diretoria Executiva da Ponte Preta, que é a de permanência na Série B, por outro lado o seu desempenho esteve longe de outros profissionais que passaram pelo estádio Moisés Lucarelli desde 2018. O aproveitamento de Moreira, entre 12 treinadores que passaram pelo clube como efetivos ou interinos fixos, o coloca na sétima posição com 40,7%. Felipe Moreira superou a performance da última passagem de Gilson Kleina, encerrada em março do ano passado e com 37% de aproveitamento. Também é superior ao desempenho de Marcelo Oliveira (38%), de Gilson Kleina em 2019 (37%), de Doriva (33%) e de Marcelo Chamusca em 2018, que em cinco jogos conquistou 20% dos pontos conquistados.
O melhor desempenho desde 2018 é a de Gilson Kleina, que em 2018 embalou uma sequência de vitórias e após um empate sem gols com o Avaí na última rodada da segundona ficou com 85% de aproveitamento e deixou a Macaca na quinta posição com 60 pontos. O segundo e o terceiro lugares ficam com uma única pessoa: João Brigatti. Como interino fixo em 2018, em 17 jogos, Brigatti conseguiu 53% dos pontos que disputou. Em 2020, após trabalhar por 20 jogos e levar a Macaca ao grupo de classificação da Série B, o treinador saiu com 52,70% da pontuação disputada.
Por outro lado, Jorginho trabalhou na Macaca em 2019 e em 30 jogos entre Paulistão e Série B ficou com aproveitamento de 52,20%. Hélio dos Anjos, por sua vez, trabalhou na Macaca por 66 jogos e apesar do rebaixamento no Paulistão de 2022 e a na 12ª posição com 49 pontos na Série B, o treinador, agora no Paysandu, deixou a equipe após a derrota para o Vitória, na estreia do turno inicial deste ano, com 51,5% de aproveitamento.
Felipe Moreira também é superado por Fábio Moreno, que atuou por 24 jogos entre os anos de 2020 e 2021 e ficou com metade dos pontos que disputou no período.
A Diretoria Executiva prometeu o anúncio do novo técnico até terça-feira para que o escolhido tenha tempo para preparar o time para o confronto diante do Vitória (BA), domingo, em casa. Nomes como Roger, ex-atacante do clube e com passagem na Internacional de Limeira, Adilson Baptista, ex-Botafogo, e Pintado são nomes especulados.
Além de ser um profissional que se encaixe no orçamento da Macaca, o próximo treinador da Macaca deverá continuar e aprimorar a filosofia de trabalho implantada pela Comissão Técnica anterior, mais calcada na marcação e no contra-ataque.
Para o jogo contra o Vitória (BA), a prioridade será buscar um substituto para o zagueiro Matheus Silva, expulso no jogo contra o CRB.