O volante Emerson deverá compor o meio-campo contra o Paysandu (Marcos Ribolli)
Para conseguir a primeira vitória na condição de visitante, amanhã, às 18h, no estádio da Curuzu, em Belém, a Ponte Preta sabe que precisará superar obstáculos, muitos deles ainda não presentes na Série B do Campeonato Brasileiro.
O entrave inicial é a distância. A viagem até Belém será a mais desgastante do primeiro turno. A distância de Campinas até capital do estado de Pará é de 2775,7 km. O vôo tem previsão de quase três horas e meia.
O tempo de translado, e o consequente desgaste tem um atenuante psicológico, que é saldo positivo no confronto. Até hoje, em 12 jogos, foram seis vitórias pontepretanas, três empates e três vitórias do Papão.
Os últimos encontros geraram consequências diferentes para a Macaca. Na estreia da Série B de 2018, a Ponte perdeu em pleno Majestoso pelo placar de 1 a 0. O revés deu o tom daquilo que seria o primeiro turno, pois a equipe pontepretana terminou na décima colocação, com 26 pontos ganhos. Dirigido inicialmente por Doriva e depois por João Brigatti, de modo interino por 17 partidas, por Marcelo Chamusca e em último por Gilson Kleina, a Macaca reagiu no segundo turno ao terminar com 34 pontos e terminar em quinto lugar na classificação geral, com 60 pontos. A arrancada começou na largada do returno, quando bateu o Paysandu por 4 a 0.
Se já não bastasse o retrospecto equilibrado, a Série B atual exibe equilíbrio total entre as duas equipes, ambas com 20 pontos cada. A Ponte Preta supera o oponente no número de vitórias: 5 a 4.
Se Nelsinho Baptista é o trunfo pontepretano para entrar de vez na briga pelo acesso, o Papão aposta na capacidade de superação demonstrada sob o comando de Hélio dos Anjos. Contratado no ano passado, o técnico de 66 anos tem 46 jogos no comando do Paysandu e o balanço é de 24 vitórias, 17 empates e oito derrotas. Como saldo, Hélio conquistou, no ano passado, o acesso para a disputa da atual edição da Série B e os títulos do Campeonato Paraense e da Copa Verde deste ano. Ao somar suas três passagens, conta com 107 jogos, com 50 vitórias, 36 empates e 21 derrotas.
MONTAGEM DO TIME
Diante do cartel do oponente, a montagem de um time competitivo por parte de Nelsinho Baptista passa pela superação dos desfalques. Na parte disciplinar, o atacante Matheus Régis, o zagueiro Sérgio Raphael e o volante Emerson vão forçar a Comissão Técnica a promover modificações, já que eles estão suspensos por tomarem o terceiro cartão amarelo. Em contrapartida, Dodô cumpriu suspensão e está à disposição.
Com o retorno do meia atacante, existem duas opções táticas. Na primeira formação, se Nelsinho quiser trancar o meio-campo, o volante Castro terá Emerson como companheiro de setor, enquanto Elvis deverá ter Dodô como companheiro de armação com Iago Dias e Jeh no setor ofensivo. Se desejar reforçar a marcação, Dudu Vieira e Lucas Buchecha são alternativas disponíveis.
MATEMÁTICA
Apesar de estarem empatados na classificação geral, o momento vivido pelo Papão é melhor. Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, nas últimas dez rodadas, o Paysandu soma 16 pontos contra 14 da Macaca. O melhor neste recorte é o Vila Nova-GO, que disputou 30 pontos e ganhou 18, aproveitamento de 66,67%. O aproveitamento do anfitrião, no entanto, é decepcionante. Em sete jogos, o Paysandu somou 11 pontos e tem aproveitamento de 52,38%. Segundo a UFMG, o time paraense está em 14º lugar no ranking dos mandantes. Na listagem dos visitantes, a Ponte Preta é a 15ª colocada, com quatro pontos somados. O melhor visitante é o Novorizontino, com 13 pontos acumulados em oito jogos.
Siga o perfil do Correio Popular no Instagram
