PARABÉNS

O futebol, o rap e o amor por seu time: os 28 anos do Grêmio Cafezinho

Pouco a pouco, o Grêmio Cafézinho conquistou o seu espaço

Israel Moreira
14/08/2023 às 16:10.
Atualizado em 14/08/2023 às 16:10
Nesses 28 anos de história do Grêmio, o Hip-Hop caminhou lado a lado com o Grêmio Cafezinho (Divulgação)

Nesses 28 anos de história do Grêmio, o Hip-Hop caminhou lado a lado com o Grêmio Cafezinho (Divulgação)

Quem mora em Campinas ou quem já passou pela Rodovia Dom Pedro na altura do Supermercado Carrefour, na região do Shopping Galeria, com certeza observou uma certa comunidade encravada entre os trilhos da Maria Fumaça e o Ribeirão Anhumas.

Na antiga plantação de café, trabalhadores se aglomeravam nas ruas de terra do Núcleo Residencial Independência e Núcleo Residencial Gênesis. Marcada pela violência nos anos 80 e 90, a “favela do Cafezinho” nunca se deixou abater. Do antigo “brejo” e “Inferninho”, antes da urbanização, a comunidade local sobreviveu por música, futebol e muita luta.

Dois times ocupavam o coração dos moradores do bairro antigamente, o Independente e o Novo Grau. Mas no dia 08 de agosto de 1995, se uniram e se transformaram na verdadeira paixão dos seus torcedores. O Grêmio Cafezinho. "Seo Zé Laurentino", Seo Zé Barcio, Seo Odair, nomes que ficaram para a história e na memória de toda a comunidade.

Pouco a pouco, o Grêmio foi conquistando seu espaço. Com bons times e um jogador que ficou marcado para sempre com a camisa preta e azul. Seu nome, Elivélton.

Talvez nenhum outro jogador tenha maior identificação com o time do que ele. O espírito de luta que marca a todos que vestem a camisa ou moram no bairro, o ex-camisa 10, representa muito bem este símbolo chamado Grêmio Cafezinho

Nesses 28 anos de história do Grêmio, a música caminhou lado a lado e em especial, um gênero que completou nesta semana, 50 anos de vida. O Rap e a Cultura Hip-Hop.

Essa ligação do futebol e o rap começou lá em 1999 com o surgimento do Grupo Ments. Bruno, Thiago (também treinador do Grêmio), DJ James, com suas caixas de som na rua, chamavam a comunidade para ouvir e cantar rap nacional.

Ali no Cafezinho, nomes como Dexter, Edi Rock, Naldinho, Sistema Negro, Inquérito, DBS, MC Catra e tantos outros, já desfilaram suas letras nas ruas da comunidade.

O "Seo Oscar", grande batalhador do time, carrega consigo toda a emoção de ter acompanhado grandes times e jogadores do Grêmio.

Em 2012, no título da Copa Brasil Galerani, organizado pela Liga Campineira de Futebol, contra o Grêmio Santa Rosa da região do Campo Grande, vitória por 2 a 1 com gols do matador Tagira e do craque Elivélton, com um time que ninguém esquece.

Daniel (saudoso e importante nome da história do time), Nauê, Monguinha, Pepe, Pio, Ivan, Pardal, Amaral, Xande, Val, Paraibinha, Galo, Fabinho, Edson, Bruno, Caíque e Lucas Bahia, trouxeram o título e a festa para todos da comunidade e sem hora para acabar.

Vinicius e Thiago Ments, treinadores e lutadores ao lado do Seo Oscar, mantiveram as glórias deste time que enche de orgulho sua fanática e fiel torcida. Conquistando títulos ou não, o que importa ao torcedor do Cafezinho, são suas cores, seu símbolo e sua comunidade.

Parabéns Grêmio Cafezinho por seus 28 anos de “guerra”.

Em memória aos fiéis e fanáticos “Formigão” e Daniel “Doido”, exemplos de quem amou esse time até os últimos dias de suas vidas!

(Divulgação)

(Divulgação)

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