JOMI

O exemplo de vida dos atletas da terceira idade

Atleta de 66 anos, de Campinas, reforça coleção de mais de 600 medalhas

Esportes Já
18/09/2023 às 08:29.
Atualizado em 18/09/2023 às 08:29

Competidora exibe sua medalha (Divulgação)

Eveline é daquelas mulheres que se negam a ter uma vida desprovida de adrenalina, mesmo aos 66 anos de idade. O reflexo disso são as mais de 600 medalhas que ela conquistou, muitas delas depois dos 50, idade na qual começou a nadar. E neste mês, sua coleção de façanhas ganhou um reforço.

Ela foi um dos destaques da equipe de Campinas na fase estadual do 25º Jogos da Melhor Idade (JOMI), que terminou no último dia 9. Para a galeria de Eveline Benevides de Magalhães, entraram mais medalhas: uma de ouro e outra de prata, conquistadas na natação, além do título no voleibol adaptado 60+. “Para mim, valeu muito a pena ter praticado esporte e participar dos jogos, que além das conquistas também renderam novas amizades”, afirma Eveline, exemplificando um espírito que faz parte da competição. Neste ano, a fase estadual aconteceu entre 3 e 9 de setembro em São José do Rio Preto.

Campinas não repetiu a façanha de 2022, quando conquistou o título. Ficou em quinto lugar no evento que teve a participação de 2,6 mil atletas representando 185 municípios paulistas. No entanto, voltou para casa com muitos motivos para celebrar. “Todos que puderam participar fizeram o melhor e se divertiram”, relata a chefe da delegação da cidade, Deise Campos. “Eles estavam muito empolgados, suaram a camisa literalmente. São o tesouro da nossa cidade e sentimos muito orgulho da garra e da vontade deles”, comemora.

Eveline foi um dos destaques de Campinas em Rio Preto (Divulgação)

Hexacampeã da fase regional dos JOMI, em abril deste ano, em Itapira, Campinas foi para Rio Preto com 51 atletas. E a interação entre eles acontecia mesmo à distância. Um diário produzido por Deise informava a todos os integrantes da delegação em um grupo de WhatsApp o desempenho de cada modalidade. Até quem ficou em Campinas, impossibilitado de competir, recebia as notícias.

“Todos interagem e torcem uns pelos outros. Por exemplo, o jogador que passa o dia competindo em damas sabe como o voleibol adaptado está caminhando na competição e vice-versa”, comenta Deise.

Nas disputas, Campinas se destacou no atletismo feminino, voleibol adaptado 60+ e adaptado 70+, com a conquista do segundo lugar na classificação geral das modalidades. A cidade foi representada também nas competições de damas, dança de salão, natação, xadrez e truco.

Entre os destaques individuais de Campinas estava Zefina Quaglia, medalha de prata na natação. Sua idade? 95 anos. “Esses atletas são um belo exemplo para todos nós”, comentou o secretário de Esportes, Fernando Vanin. Outra que brilhou foi Valfrides Aparecido Rodrigues, de 65 anos, ouro no atletismo. A cidade com melhor desempenho na classificação geral foi Sorocaba, que ficou com o título.

Apesar de valorizar mais o espírito participativo do que o resultado, Deise não deixou de justificar o motivo pelo qual o título não veio neste ano. “As mudanças de datas que ocorreram, tanto no regional quanto nessa fase estadual, atrapalharam a participação dos atletas. Além disso, Campinas compete com uma equipe 100% ‘raiz’, enquanto outras cidades trazem atletas de fora, até de outros estados.”

Agora, os atletas da melhor idade se preparam para outra festa esportiva: a Campíadas, a Olimpíada dos Idosos de Campinas. As disputas já começam a partir do dia 1 de outubro.

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