SÉRIE B

Números mostram dois times opostos do Guarani

Bugre oscilou entre campanhas que se revelaram superior ao Juventude e inferior ao do lanterna ABC

Esportes Já
27/11/2023 às 16:01.
Atualizado em 27/11/2023 às 16:01

A derrota por 3 a 2 para o ABC na penúltima rodada eliminou as chances de acesso (Divulgação/Guarani FC)

De acordo com as estatísticas, o Guarani terminou o Campeonato Brasileiro da Série B nem entre os melhores e nem entre os piores. O Bugre ficou exatamente no ponto de equilíbrio da balança, ou seja na décima colocação entre os 20 participantes, com 57 pontos dos 114 possíveis, aproveitamento de 50%. Na prática, no entanto, a equipe de Campinas viveu uma realidade bem diferente da frieza dos números.

A campanha do Guarani se compara a uma gangorra, que terminou na parte de baixo. Foram, em resumo, quatro movimentos na balança. Começou em cima, despencou, voltou a subir e caiu drasticamente. Mas antes da queda final, a campanha era digna de um time que tinha todas as condições de voltar à Série A. Ao fim da rodada 30, o aproveitamento era de 58,8%, superior ao do vice-campeão Juventude (57%). Da 31 até a última, no entanto, a queda foi brusca. No período foram apenas 4 pontos somados em 24 possíveis, aproveitamento de 16,6%, inferior ao do lanterna e rebaixado ABC (24,5%).

A diretoria vai precisar avaliar o contexto geral da equipe na Série B para traçar o planejamento para a próxima temporada. Mas é fato que a forma como a equipe terminou a competição terá um peso maior na avaliação. O Guarani passou as últimas oito rodadas sem vencer, uma sequência que não era registrada dentro de um mesmo campeonato há seis anos. A última vez tinha sido na Série B de 2017, quando a equipe enfrentou um jejum de nove partidas. Na época, terminou a competição colado na zona da morte e escapou do rebaixamento pelo número de vitórias. Por muito pouco não retornou à Série C, que havia deixado para trás no ano anterior.

MAIS PROBLEMAS 

Os seis gols sofridos nos últimos dois jogos, derrotas por 3 a 2 para o ABC e por 3 a 0 diante do Atlético-GO, ainda escancararam a queda de produção da defesa, o ponto forte do Guarani durante a campanha. Sob o comando do técnico Umberto Louzer, a equipe tinha sofrido, no máximo, dois gols em um jogo, quando perdeu por 2 a 0 do Vitória, em Salvador, na rodada 32.

A indisciplina também marcou o time na reta final. Só no último jogo foram dois cartões vermelhos que serviram para reforçar a estatística negativa da equipe, que teve cinco expulsões nas últimas sete partidas, embora o grupo tenha considerado injustas pelo menos duas delas.

FUTURO

Todos os fatores terão que ser colocados na balança pela diretoria, que nesta semana dá sequência de forma mais intensa ao trabalho de reformulação do elenco. No site oficial, o Guarani confirmou que o superintendente de futebol Lucas Drubscky deixou o clube após cinco meses de trabalho. Ele aceitou uma proposta do Ceará. Drubscky foi o responsável pelo acerto com Louzer, que continuará como técnico em 2024. Sob a direção do executivo, o clube contratou Douglas Borges, Lucas Adell, Caíque, Iago Teles, Gustavo França, Robinho e Pablo Thomaz durante a última janela de transferência.

A gestão do presidente André Marconatto, que teve início em abril e é uma continuidade do trabalho de seu antecessor Ricardo Moisés, tem muitos fatores positivos. O clube está se reestruturando, mantendo os salários em dia e buscando contratações de forma criteriosa. Faltou um melhor resultado dentro de campo, que pode ser alcançado no próximo ano a partir das lições absorvidas da temporada 2023. 

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