NA TURQUIA

No futsal Down, só dá Brasil

País conquista o tricampeonato mundial e pivô Renato Gregório, da Ponte Preta, é eleito o melhor do mundo pela terceira vez seguida

Esportes Já
01/04/2024 às 12:06.
Atualizado em 01/04/2024 às 12:06
Seleção brasileira de futsal down celebra a conquista no torneio disputado na cidade de Antalya (Marcos Riboli)

Seleção brasileira de futsal down celebra a conquista no torneio disputado na cidade de Antalya (Marcos Riboli)

A seleção brasileira estava em seu segundo dia de competição na Copa do Mundo de Futsal Down em Antalya, na Turquia, quando o principal nome da equipe, o pivô Renato Gregório, recebeu a notícia do falecimento de sua mãe no Brasil. Destaque do time da Ponte Preta, o atleta de 24 anos foi tomado pela tristeza, mas não permitiu ser vencido pelo desânimo. Com apoio dos companheiros, ele decidiu transformar a fato em um elemento motivador na competição. E na última segunda-feira extravasou de alegria.

Após a vitória por 7 a 4 em cima da anfitriã Turquia, o Brasil conquistou o tricampeonato mundial de forma consecutiva. Ao marcar 29 gols em seis jogos, Gregório foi o artilheiro do torneio e eleito, também pela terceira vez seguida, como o melhor jogador de futsal Down do mundo.

“Dedico esse título para a minha mãe e também para o pai do Marquinhos (Marcos Riboli, fotógrafo da Ponte Preta e da seleção, cujo pai faleceu no final de janeiro). Se não fosse minha mãe, eu não estaria aqui. Ela é quem me pedia para continuar jogando e não parar”, declarou. “Tenho certeza que ela está orgulhosa de mim agora.” Além de Gregório, a Ponte Preta foi representada na seleção pelo ala Rafael Gava, além de José Pexotão e Marcos Riboli na comissão técnica.

Renato Gregório terminou como artilheiro da competição, com 29 gols em seis jogos (Marcos Riboli)

Renato Gregório terminou como artilheiro da competição, com 29 gols em seis jogos (Marcos Riboli)

A final da Copa do Mundo foi emocionante. Os turcos chegaram a abrir 4 a 2 no placar, mas Gregório fez a diferença para o Brasil. Ele marcou seis gols na decisão. Para o atleta, a Turquia e o México foram os adversários mais difíceis. Os mexicanos foram batidos na estreia por 7 a 3, enquanto os anfitriões enfrentaram os brasileiros também na primeira fase e perderam por 5 a 2.

O Brasil ainda superou a Itália duas vezes, na primeira fase e na semifinal pelo placar de 12 a 3 e 11 a 3, respectivamente, e também aplicou 9 a 1 em Portugal. No total, os campeões marcaram 51 gols e sofreram 16, com aproveitamento de 100%. Antes da conquista na Turquia, o Brasil foi campeão da Copa do Mundo de 2019, em Ribeirão Preto, e de 2022, em Lima, no Peru.

FUTSAL DOWN EM CAMPINAS

A Ponte Preta S21 segue como uma das principais referências do futsal Down do Brasil. O projeto existente desde 2019 e atualmente atende mais de 100 participantes a partir dos 4 anos de idade no masculino e feminino.

Em junho do ano passado, o Guarani seguiu na mesma linha e também lançou seu projeto de inclusão. Em parceria com a Prefeitura, o StarS21 tem mais de 40 inscritos e neste ano planeja a participação no campeonato brasileiro que será realizado em Campos do Jordão entre os dias 9 e 15 de dezembro. Um dos destaques do time é Theo Tasca, de 9 anos, que joga no meio dos adultos e dá show, segundo Rodrigo Giunji, um dos fundadores e coordenador do projeto.

“O Guarani me procurou na Prefeitura solicitando orientação e eu ajudei a implantar o trabalho”, conta Giunji, que é coordenador de políticas públicas para pessoas com deficiência na secretaria de assistência social.

Disputar um Dérbi Down está entre os planos do Guarani. No entanto, Giunji reconhece que a associação do lado verde de Campinas ainda precisa de um amadurecimento maior antes de encarar a rival. “Temos que seguir dando um passo de cada vez. A ideia é de que Campinas seja uma força não só no futsal Down, mas também no esporte paralímpico.”

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por