NO MOISÉS LUCARELLI

Morro bate Dic City nos pênaltis e é campeão do Amador RMC 2025

Após empate por 0 a 0, equipe do Campos Elíseos venceu nas penalidades por 4 a 1

Esportes Já
23/06/2025 às 15:38.
Atualizado em 23/06/2025 às 15:38
Jogadores do Morro levantam a taça e celebram a conquista do Campeonato Amador RMC 2025 (Thiago Pires Photo)

Jogadores do Morro levantam a taça e celebram a conquista do Campeonato Amador RMC 2025 (Thiago Pires Photo)

Em partida disputa e equilibrada, Morro e Dic City empataram sem gols na final do Campeonato Amador RMC 2025, em jogo realizado ontem de manhã no estádio Moisés Lucarelli. Na decisão por pênaltis, a equipe do Campos Eliseos levou a melhor e venceu por 4 a 1. Agora, as atenções estão voltadas ao início Série Ouro A do futebol amador, promovido pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Campinas. A previsão é que a competição seja iniciada no segundo semestre. 

A expectativa era de que Morro e Dic City não abdicassem do ataque. E foi isso que aconteceu. De maneira alternada, as duas equipes chegavam ao gol, mas com estratégias diferentes. No Morro, toda a armação ficava sob a responsabilidade de Gustavo Elias, enquanto Zimba tinha uma movimentação com a meta de confundir a defesa adversária e buscava a finalização da jogada com Robert. A equipe do Dic, ao contrário do que se poderia imaginar, não levou em conta sua participação inicial em decisão e foi ao setor ofensivo. Tudo girava em torno do volante Sorriso, com bons passes e coordenando as jogadas para viabilizar a participação do centroavante Leozinho. 

Nos minutos finais da etapa inicial, o Dic City teve um contratempo, quando o lateral-esquerdo Richard sentiu uma lesão no tornozelo e precisou ser substituído por Kevin. Além disso, ao ver o oponente ter três gols anulados pela arbitragem por impedimento e por atendimento ao goleiro Cris, o saldo ficou positivo nos 40 minutos iniciais ao Dic City, pois foi possível segurar o Morro. 

Os dois finalistas voltaram com alterações no intervalo. O centroavante Robert saiu para a entrada de Logan no Morro, enquanto Luiz Gustavo cedeu sua vaga para o atacante Coentrão. O roteiro parecia que seria diferente logo aos 2 minutos, quando Gustavo Elias chutou forte e rasteiro e obrigou o goleiro Cris a praticar defesa. 

Novas mudanças efetuadas trouxeram dinamismo à partida. Os lances de perigo surgiam de modo natural. Aos 18 minutos, um cruzamento encontrou o atacante Bulgária, que produziu nova defesa do goleiro do Dic City. O time colocou em campo Anjinho e Walker para melhorar a produtividade ofensiva. Nova jogada foi feita por Bulgária aos 30 minutos, mas o seu cruzamento foi interceptado pela zaga adversária. Aos 39 minutos, foi a vez de Leozinho bater uma falta perigosa e quase inaugurar o placar para o Dic City. 

Sem novas emoções, não restou outra alternativa: decisão do jogo nos pênaltis. O Morro teve 100% de acerto com Daniel, Juninho, Galhardo e Léo. Pelo Dic City, Carlos Miguel, o Japa, chutou fora e Asafe teve sua cobrança defendida pelo goleiro Felipe Pontes. Kevin fez o gol solitário. A vitória coroou uma campanha irretocável. O Morro chegou à decisão com um aproveitamento de 100% na fase inicial. Nas oitavas de final, a equipe venceu o Família Futebol por 2 a 0 e depois ganhou do Matina nas quartas de final por 4 a 1 antes de ir para as semifinais e perder para o Parque Brasília, mas receber nova oportunidade por decisão da Justiça Desportiva da Liga Campineira. Na nova oportunidade, Morro e Vila Rica empataram por 1 a 1. Nos pênaltis, o Morro ganhou por 3 a 0 e se qualificou para decisão em que se sagrou campeão. 

Após o apito final do árbitro, os jogadores Morro se dirigiram ao setor do Majestoso em que estava sua torcida. Um dos mais festejados foi Léo, autor do pênalti decisivo que assegurou a taça. “Nós estávamos preparados e sabíamos que a chance podia aparecer para a gente que estava lá fora (reserva)”, disse o jogador em entrevista à Rádio Bandeirantes Campinas. O jogador, aliás, protagonizou um instante insólito, quando antes das cobranças decisivas deu uma saída para ir ao banheiro. 

Se Léo assegurou o título na cobrança final, boa parte da vitória esteve com o goleiro Felipe Pontes, que pegou a cobrança feita por Asafe. “Eu estive com dengue a semana inteira. Na semifinal joguei só meio-tempo. Mas consegui me recuperar para jogar”,, arrematou. 

Para Robinho, por sua vez, o título teve um gosto especial. Apesar de passar a semana inteira gripado, ele queria estar em campo para homenagear o seu pai, José Carlos Reis Mendes, que é um dos fundadores do Morro, localizado no Jardim Campos Elíseos.. “Passa um filme na minha cabeça. Eu era pequenininho, fui crescendo e agora ver esse time jogar e ser campeão mais uma vez com eles... Não tem título melhor do que esse”, arrematou o jogador.

Retrospecto 

A decisão no Moisés Lucarelli encerrou um dos campeonatos mais controversos dos últimos tempos. Após perder na semifinal para o Parque Brasília, o Morro entrou na Justiça Desportiva da Liga Campineira de Futebol. A alegação era de que o lateral Peixoto defendeu o Parque Brasília, mas tinha contrato com o XV de Piracicaba, que disputa a Copa Paulista. O procedimento é proibido pelo regulamento. O julgamento foi realizado pelo TJD da Liga Campineira e foi decidida a desclassificação do Parque Brasília e a marcação de uma nova semifinal entre Morro e Vila Rica. As duas equipes empataram por 1 a 1 no tempo normal e nos pênaltis o Morro venceu por 3 a 0, garantindo a classificação à decisão.

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