Após participação nos Jogos Mundiais Universitários na China, Larissa Pirola encarou o Campeonato Brasileiro de Taekwondo, disputado em Fortaleza
Larissa Pirola durante o Campeonato Brasileiro de Taekwondo, em Fortaleza, disputado em agosto (Divulgação)
‘A participação inédita da lutadora Larissa Pirola nos Jogos Mundiais Universitários entre julho e agosto não garantiu medalhas, mas rendeu frutos. A atleta de Campinas, de 23 anos, voltou da China com experiência na bagagem, além de projetos e sonhos renovados. Após a competição internacional na cidade de Chengdu, ela encarou o Campeonato Brasileiro de Taekwondo, disputado em Fortaleza, no último mês, e mostrou que a viagem ao país oriental lhe fez bem. Mais confiante e tranquila, a atleta da academia Keumgang Sports ganhou ouro na categoria +73kg e sagrou-se pentacampeã nacional.
“A preparação para as últimas competições foi muito bem-feita e a Larissa mostrou confiança e tranquilidade em todas as lutas em Fortaleza, dominando do início ao fim os combates”, avaliou o técnico Vitor Santos Cardoso. “A experiência adquirida na China somou para essa conquista”, atesta.
Com o resultado, Larissa confirmou sua classificação para o Grand Slam, em fevereiro. A competição define os integrantes da seleção brasileira. Por já fazer parte da seleção, a atleta estava garantida na disputa, mas o título brasileiro reforçou a sua boa condição. Antes do Grand Slam, no entanto, a academia tem outros vários compromissos. A agenda até o final do ano está lotada. Agora, em setembro, acontece o Argentina Open e a President’s Cup, no Rio de Janeiro; a Copa São Paulo está marcada para outubro e novembro, enquanto o Open Bicentenário, no Peru, também será realizado no penúltimo mês do ano. O desafio é levantar recursos e buscar apoio para as competições, uma constante dentro da Keumgang Sports.
Larissa ora no canto do tatame; Medalha de bronze, Gabi Leocádio exibe a bandeira da Ponte Preta em Fortaleza (Divulgação)
A academia teve quatro atletas classificados para o Brasileiro em Fortaleza, mas uma delas não foi por falta de recursos. Maria Gabriela Leocádio conquistou o bronze e Gabriel Soares se lesionou na disputa por medalhas, ficando na quinta colocação. Pela primeira vez a competição abriu espaço para faixas coloridas, o que contribuiu para o registro de 1.700 atletas, recorde de participantes.
Faixa vermelha, Maria Gabriela, a Gabi, nunca havia participado de um Brasileiro e, apesar da ser sua estreia, ela reconhece que não gostou da terceira colocação na categoria +73kg no momento da disputa. Depois, ela reavaliou a performance. “Me senti frustrada na hora, pois me preparei bem e queria a vitória”, admitiu. “Depois avaliei melhor e percebi que foi um resultado importante”, considera. “Foi o meu primeiro Brasileiro e pela primeira vez estive em uma mesma competição ao lado de atletas olímpicos e campeões mundiais. Não realizei meu sonho como planejava, mas estou feliz.”
Aos 25 anos, Gabi deixou há pouco tempo o cargo de professora do projeto social que a academia mantém na comunidade Gênesis, em Campinas. “Estava difícil conciliar os treinos, estudos e vida pessoal. Sou mãe também”, justifica. A meta, agora, é trabalhar para crescer como atleta. Ela está perto de realizar o teste para alcançar a faixa preta e também se diz focada nas futuras competições. “Estarei representando Campinas nos Jogos Abertos do Interior”, diz. A competição está marcada para São José do Rio Preto entre 2 e 14 de outubro.