Reinaldo Bastos, o Reis, (segundo, da esquerda para direita) sai da presidência da Linfurc após oito anos (Divulgação)
Após a finalização das competições do primeiro semestre, mudanças serão efetuadas na estrutura administrativa da Liga Independente de Futebol Região de Campinas, a Linfurc. Presidente da entidade nos últimos oito anos, Reinaldo Bastos decidiu abrir mão de sua gestão e deu espaço para José Rocha Filho, ligado à equipe do Arco Íris.
De acordo com Bastos, os afazeres profissionais realizados por ele durante a semana inviabilizaram a execução das tarefas exigidas pela liga, que é o atendimento das equipes, definição de calendário, reserva de praças esportivas para realização dos jogos, entre outras tarefas. “Eu continuarei colaborando até que a nova direção entre no ritmo. Mas eu também vou continuar a jogar. Eu não tenho tempo para me preparar. E isso está no sangue”, afirmou Bastos.
Segundo Bastos, a saída não pode ocorrer de maneira abrupta até para que não aconteça o risco de se perder todos os avanços obtidos nos últimos anos. “Mas aos poucos nós vamos sair”, disse Bastos. “A verdade é que passamos muitas dificuldades nos últimos anos. Nunca nos deram nada. Até nos ofereceram dinheiro para tocar a liga, mas eu recusei. Porque dinheiro nosso a gente sempre administra melhor”, disse.
Atual vice-presidente da entidade, José Rocha Filho confirmou a instalação de um processo de transição. Até a próxima quarta-feira, dia 26 de julho, a expectativa é realizar uma reunião com todos os componentes da Liga para sacramentar a troca de guarda. No entanto, José Rocha Filho definiu que vai consultar os integrantes da liga para viabilizar a formação de uma diretoria mais plural e que, se possível, que conte com o maior número de representantes das equipes. Por outro lado, o atual presidente, Reinaldo Bastos, terá que encaminhar uma carta com o pedido de desligamento para que o documento seja registrado em cartório.
Algo já está definido: a busca pela excelência. Segundo Rocha Filho, não se pode paralisar o processo de crescimento iniciado em 1999, quando foram realizados os primeiros torneios para jogadores acima de 40 e desembocou na estrutura atual em que o calendário começa com as categorias para jogadores acima de 50 anos, o Hipermaster, vencida pelo São Cristóvão e o Ponte Higa, que faturou o troféu do Sessentão. A partir de agosto será realizado o Megamaster, competição para atletas de 55 anos e o Sexagenário, para jogadores com 63 anos. A tendência é que essas competições sejam iniciadas na segunda quinzena de agosto. “Em cada categoria temos uma média de 10 times participantes. Os elencos têm 25 jogadores e com cinco integrantes da Comissão. Existe uma grande comunidade envolvida”, disse o dirigente da Linfurc, esperançoso de novos avanços em médio e longo prazo.
Algumas medidas estão asseguradas, independente de quem ocupar o posto de presidente da Linfurc. O Megamaster vai autorizar a presença em cada time de três integrantes com 54 anos. Os outros jogadores impreterivelmente deverão contar com jogadores acima de 55 anos.
No torneio sexagenário, a formatação das equipes vai mudar. Em 2022, a Linfurc permitia que até três jogadores com 62 anos completos poderiam jogar e que o elenco restante teria jogadores acima de 63 anos. A decisão foi a de exterminar a “cota de rejuvenescimento” na Linfurc. Com a justificativa de quem tem 62 anos já está habilitado a participar de outras categorias.
Outra providência foi aumentar o rigor na qualidade dos gramados, o que fez com que mandos de jogos fossem transferidos. Com isso, a previsão é que novas equipes sejam atraídas e aumentem a competitividade do calendário.
Arquibancadas do Cambuí sempre recebe bom público para os jogos da Linfurc (Divulgação)