MENINAS VALENTES

Karatecas da região de Campinas buscam vaga no mundial

Após ganhar o bicampeonato sul-americano, Yasmin Antunes segue confiante para o Pan em São Bernardo do Campo’

Esportes Já
08/07/2024 às 16:04.
Atualizado em 08/07/2024 às 16:04
Yasmin Antunes integra a seleção brasileira desde 2022 (Divulgação)

Yasmin Antunes integra a seleção brasileira desde 2022 (Divulgação)

A região de Campinas pode ter duas karatecas no Campeonato Mundial da modalidade, que será disputado em dezembro, na Itália. Yasmin Antunes, de 15 anos, e Maria Luiza Oliveira, de 16, buscarão a vaga durante o Pan-Americano marcado para acontecer entre 26 de agosto e 1 de setembro, em São Bernardo do Campo. A classificação para o Pan veio no Sul-Americano disputado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, no final de junho. Yasmin, que é de Vinhedo, conquistou medalha de ouro, enquanto a campineira Maria Luiza, que mora em Hortolândia e treina em Campinas, ficou com o bronze. 

As duas têm trajetórias diferentes na seleção brasileira. Enquanto Yasmin está há três anos na equipe e já ostenta dois títulos sulamericanos, Maria Luiza participou na Bolívia de sua primeira competição internacional. Em comum, elas têm a fome de vencer. 

“Nada é impossível”, diz Yasmin ao ser questionada sobre suas chances de se classificar para o seu primeiro mundial. Dentro do continente ela já mostrou que pode alcançar maiores degraus. Além de ser bicampeã sul-americana, ela também tem dois vices no Pan. Sua trajetória durante a competição na Bolívia foi marcada pela intensa dedicação, diz. “Sempre lutando com muita garra até o fim.” 

Integrada na categoria cadete +61kg, Yasmin sonha alto. “O Mundial e as Olimpíadas são meus objetivos”, sinaliza a garota, que tem no brasileiro Douglas Brose, tricampeão mundial, e na ucraniana Anzhelika Terliuga, vice-campeã olímpica, suas referências. 

O karatê entrou na vida de Yasmin por meio do projeto social Afeto, de Vinhedo. “Lá haviam várias atividades, mas me identifiquei com o karatê”, conta. Já Maria Luiza se envolveu na modalidade como uma alternativa para superar uma síndrome. “Eu tenho TDA (Transtorno de Déficit de Atenção) e precisei fazer tratamento por oito anos com medicamentos e atividades físicas. Mas foi o karatê que mudou minha vida, pois é uma atividade que exige muita concentração. Hoje em dia vivo bem mais tranquila.” 

De alternativa para cura de um problema de saúde, a modalidade a conduziu a pódios. Bicampeã paulista e campeã brasileira, Maria Luiza conquistou neste ano uma vaga na seleção brasileira e vivenciou uma experiência inédita na Bolívia competindo pela primeira vez além das fronteiras de seu país. “Estou muito animada. É emocionante ver que estou vivendo tudo que achei que seria só um sonho. Para o Pan estou indo confiante e bem treinada”, diz a atleta da categoria júnior +66kg. 

Na Bolívia, a campineira venceu uma adversária colombiana na primeira luta, perdeu o duelo contra uma chilena na segunda e garantiu o bronze ao superar uma peruana. “Foi muito puxado e tudo muito novo para mim. Por isso, sinto que esse bronze tem gostinho de ouro.

Maria Luiza é aluna da campeã brasileira Mari Dorigatti, que a acompanhou na Bolívia integrando a seleção brasileira sênior. “Ela foi uma companhia maravilhosa, me auxiliando em tudo para superar o nervosismo. Nos divertimos muito”, diz a jovem, que completa 17 anos neste mês e espera ganhar de presente um lugar no pódio durante o Pan, em agosto.

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