O presidente de honra da Liga Campineira de Futebol, Marco Chedid, quer implantar uma competição nos moldes do Desafio ao Galo no segundo semestre de 2024 (Diego Almeida-Pontepress)
O presidente da Liga Campineira de Futebol (LCF), Jerônimo Tognolo, o Nenê, começa a dar os primeiros passos para que a nova gestão tenha a cara definitiva pensada desde a posse em maio do ano passado. O passo inicial será construir um novo formato na competição do primeiro semestre, que terá os detalhes finais definidos em um Congresso Técnico que será realizado na segunda quinzena de fevereiro.
A intenção é fazer a primeira divisão com 32 equipes e a segunda divisão com 95 times. A existência ou não de rebaixamento e o formato de disputa serão definidos com os clubes.
Existem alguns ajustes que devem ser feitos para colocar o calendário em prática. Tognolo disse que foi informado de que, por se tratar de um ano eleitoral, existe a tendência de ocorrer uma antecipação das divisões Ouro, Prata e Bronze organizados pela Secretaria Municipal de Esportes. Diante disso, existiria a obrigação de conversar com o poder público para ajeitar a utilização das praças esportivas tanto para os eventos da Liga Campineira de Futebol como daqueles patrocinados pelo poder público. "Acho que, aparentemente, é possível realizar os dois (torneios da Liga e da Prefeitura), mas existe uma grande quantidade de clubes", disse o dirigente da Liga Campineira de Futebol e segundo vice- presidente da Ponte Preta.
A ideia é rebatizar o nome da competição e continuar com a participação de equipes da Região Metropolitana de Campinas. Já é certo, porém, que o campeonato não trará o nome do antigo patrocinador, uma revendedora de materiais esportivos. "Talvez o campeonato receba o nome de Copa Campinas", disse Tognolo, sem negar a dificuldade de encontrar campos disponíveis e em boas condições de uso. Neste caso, o dirigente admitiu que uma das soluções será promover rodadas duplas aos finais de semana. "Precisaríamos de mais campos. Nos bairros mais afastados são poucos os campos disponíveis", lamentou.
As preocupações da diretoria da Liga não se concentram apenas na seleção de gramados confiáveis. A qualidade da arbitragem receberá atenção especial nesta temporada. Segundo ele, existem poucos árbitros residentes em Campinas. Isso faz com que a entidade firme contrato com empresas terceirizadas para o estabelecimento de parcerias que forneçam o trio de arbitragem de cada jogo. Na maioria das vezes, esses profissionais selecionados pelas empresas são oriundos de São Paulo. Isto faz com que a LCF pague as despesas de transporte e o cachê, que em alguns casos pode alcançar o valor de R$ 400.
Com a filiação da LCF à Federação Paulista de Futebol, a ideia é promover cursos de formação de árbitros com a chancela da Federação. "Tentaremos fazer isso logo após a reforma total da sede", disse. "Este serviço está na mão de cinco ou seis empresas que têm todos os árbitros na mão."
Na visão de Tognolo, existe demanda para este projeto devido ao seu atrativo no aspecto financeiro. Para o dirigente, em um final de semana com jogos de manhã e à tarde, o árbitro que atua no futebol amador na Região Metropolitana de Campinas pode arrecadar uma boa quantia em dinheiro. "A nossa dificuldade é trazer alguém para a Liga e que fique responsável pela administração dos árbitros", disse Nenê Tognolo, que confirma: a ideia tem a anuência do presidente de honra da entidade, Marco Abi Chedid.
Chedid, aliás, é o autor da ideia do principal projeto da Liga Campineira de Futebol para o segundo semestre, que é o Desafio ao Galo, competição existente nas décadas 1980 e 1990 e que fez muito sucesso na Rede Record. Pela fórmula pensada pelos dirigentes , os clubes que conseguirem vencer por mais tempo dentro de seu grupo são classificados para o Super Galo, que vai apurar quem será o campeão. Não está descartada a hipótese de convites para as equipes da Região Metropolitana de Campinas.