MÃOS FIRMES

Handebol de Campinas cruza fronteiras

Cidade tem presença em competições regionais, estaduais, nacionais e até internacionais

Esportes Já
06/11/2023 às 09:19.
Atualizado em 06/11/2023 às 09:19

Uma das equipes da Associação Campineira de Handebol, que tem 25 anos de história (Divulgação)

O handebol do Brasil mais uma vez mostrou sua força neste ano. Nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, a categoria feminina da modalidade conquistou no final de outubro a medalha de ouro, o sétimo título consecutivo da seleção na competição, número que se repete em participações olímpicas, com a classificação para Paris-2024 consolidada.

E não é por acaso que o Brasil se destaca no esporte em que a bola é jogada com as mãos. Afinal, estatísticas apontam que a modalidade é a mais praticada no país em âmbito escolar e fica na terceira colocação da preferência entre crianças e adolescentes brasileiros. Essa popularidade se estende por Campinas, onde duas associações englobam cerca de 700 praticantes entre competidores e pessoal em nível de formação nas escolas. Atletas e equipes da cidade estão presentes em competições regionais, estaduais, nacionais e até internacionais.

Em um recorte dos últimos 30 anos, o handebol campineiro começou a ganhar corpo a partir de um projeto desenvolvido dentro do Colégio Doctus pela treinadora Jaqueline Alves de Oliveira e a professora Vanessa Quintana. “Com a equipe do colégio, chegamos a conquistar o bicampeonato dos Jogos Escolares. Isso em 1996”, lembra Jaqueline, destacando que o trabalho chamou a atenção da Secretaria de Esportes na época. “Como Campinas não tinha uma representação na categoria feminina nas competições, o colégio foi convidado para preencher essa lacuna”, conta. A parceria foi o embrião da Associação Campineira de Handebol (ACH), criada em 1998 e que desde então trabalha no desenvolvimento da modalidade na cidade, tanto no masculino quanto no feminino. Suas equipes são chamadas de Águias.

“Crescemos muito”, destaca Jaqueline, citando as equipes de rendimento, os núcleos nas escolas, o trabalho de formação de atletas e técnicos, os times de alto rendimento e os títulos, incluindo conquistas internacionais, como na Colômbia em 2012 e no Chile no ano passado. Ela lembra que 2023 está sendo um ano positivo. “Todas as categorias estão disputando medalhas e fomos campeãs invictas do Brasileiro Master 30+ do Nordeste na cidade de Natal. O resultado levou cinco atletas de Campinas a serem convocadas para a Seleção Máster”, relata Jaqueline, que neste final de semana, entre os dias 2 e 5, esteve à frente da Seleção Brasileira Master do Nordeste durante a disputa da Copa América, em Salvador.

NOVO HANDEBOL 

E a bola ainda é passada de mão em mão dentro do Novo Handebol Campinas (NHC), associação que existe desde 2018 e que também representa a cidade em competições de diversas categorias, além de investir no trabalho de formação.

Só neste ano, são mais de 90 jogos do NHC entre 2 de abril a 10 de dezembro, envolvendo as categorias cadete, juvenil e adulto masculino e feminino. “Os professores e treinadores trabalham intensamente. Chega final de semana, é também todo mundo na ativa durante as competições”, diz o coordenador do projeto Milton Dias Fonseca Junior, que iniciou o projeto de forma voluntária na Praça de Esportes Carlo Grimaldi, na Vila Industrial, há cinco anos, e hoje vê seu fortalecimento, inclusive com reconhecimento internacional. Neste mês de outubro, as equipes adultas fizeram amistosos contra as seleções da Colômbia, Cuba e República Dominicana.

ASSOCIAÇÃO CAMPINEIRA REPRESENTA SELEÇÃO E FICA COM VICE-CAMPEONATO DA COPA AMÉRICA

A Associação Campineira de Handebol envergou a camisa da Seleção Brasileira do Nordeste e foi vice-campeã da Copa América realizada de 02 a 05 de novembro em Salvador (BA). A equipe disputou na categoria 30+ master e na decisão perdeu para o Brasil Sul Sudeste pelo placar de 21 a 17.

Para chegar a esse resultado, a delegação campineira inserida dentro da Seleção Nordeste foi formada pelas jogadoras Geiza, Eduarda, Fernanda, Rubia e Salete.

A Associação Campineira de Handebol também forneceu a comissão técnica que foi formada pela técnica Jaqueline Oliveira, a auxiliar técnica Caroline Cardoso, além do fisioterapeuta Gustavo Romano. A coordenação do Staff ficou a cargo de Silvia Cristina.

Para a auxiliar técnica Caroline Cardoso, o saldo conquistado não poderia ser melhor, especialmente o desempenho na decisão. “Na fase de classificação foram 3 jogos e vencemos 2. Fomos para a final e tivemos um desempenho excepcional. O jogo foi duro o tempo todo e muito disputado”, disse a auxiliar técnica, que lamentou a falta de sorte nos instantes decisivos. “ O tempo o jogo ficou todo empatado, já no final do jogo faltavam três minutos elas desempataram e venceram”, completou.

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