JEJUM

Guarani vive maior tempo sem vitórias em sete anos

Já são 9 jogos em que o Alviverde não consegue um triunfo na Série B

Silvio Begatti
04/07/2024 às 16:22.
Atualizado em 04/07/2024 às 16:22
Bruno Oliveira deve ser titular no duelo contra o Sport (Raphael Silvestre/Guarani FC)

Bruno Oliveira deve ser titular no duelo contra o Sport (Raphael Silvestre/Guarani FC)

As marcas negativas do Guarani se sucedem na atual temporada, reforçadas com a disputa contra o rebaixamento no Campeonato Paulista e a tentativa de se livrar da lanterna na Série B. 

Agora, depois do empate no Dérbi 207, o clube chegou a outro recorde indesejado: ampliou a série sem vitórias para nove jogos, o que corresponde ao maior jejum em uma mesma temporada nos últimos sete anos. A sequência de empates e derrotas já supera a registrada no Estadual de 2024 e na reta final de 2023, ocasiões em que o Guarani ficou oito jogos seguidos sem ganhar. 

A última vez que o jejum chegou a nove partidas foi na Série B de 2017, quando a equipe teve uma sequência de quatro empates e cinco derrotas, aproveitamento de 14,8%. Essa performance, aliás, supera a série atual, na qual são somente 11,1% de aproveitamento dos pontos disputados, após três igualdades e seis tropeços. Na mesma Série B de sete anos atrás, o Guarani chegou a amargar, em outro momento da competição, um jejum de sete partidas. Em 2017, a equipe conseguiu se livrar do rebaixamento pelo número de vitórias. Os 44 pontos conquistados foram os mesmos do Luverdense, o primeiro time da zona de rebaixamento após as 38 rodadas disputadas. 

Depois do sufoco naquele campeonato, o Guarani chegou a somar oito jogos seguidos sem vitória em outras quatro ocasiões dentro de uma mesma temporada: em 2019 e 2021, além da reta final do ano passado, quando deixou o acesso no Brasileiro escapar, e início deste 2024, quando precisou lutar contra o rebaixamento até a última rodada.

E AGORA? 

No atual momento, a 13ª rodada, encerrada na terça-feira, foi boa para o Guarani. 

A Chapecoense, primeiro time fora da zona de rebaixamento, perdeu do Santos por 1 a 0 e segue com 14 pontos, oito à frente da equipe campineira.

O empate estre CRB e Brusque por 1 a 1, dois times que ocupam o Z4, também impediu que ambos se distanciassem, embora a equipe alagoana tenha dois jogos a menos. 

Em tese, os matemáticos contabilizam que a pontuação necessária para escapar da degola fica entre 44 e 47, embora, no ano passado, a Chapecoense, com 40, conseguiu se manter. Nessa perspectiva, para ficar numa margem confortável, o Guarani teria que somar pelo menos 40 nos 25 jogos que lhe restam, já que hoje tem 6. Ou seja, o aproveitamento teria que ser superior a 50% daqui para a frente. Questionado sobre os números, o técnico Pintado preferiu não pensar a longo prazo. 

“O que precisamos hoje é de oito pontos (a diferença para o primeiro time fora da zona vermelha). Temos que conquistar a vitória para engatar uma sequência e sair dessa situação desconfortável”, avaliou. 

Para não ampliar o jejum de vitórias, o Guarani busca o resultado positivo contra o Sport, domingo, às 18h30, no Brinco de Ouro, pela 14ª rodada. Pintado terá três desfalques em razão dos cartões distribuídos no Dérbi. O lateral-direito Diogo Mateus e o meia Luan Dias foram punidos com o terceiro amarelo e cumprem suspensão. 

O mesmo acontece com o atacante João Victor, que foi expulso. Por outro lado, o treinador poderá contar com os retornos do volante Anderson Leite e do atacante Reinaldo, que cumpriram suspensão no Dérbi. 

Bruno Oliveira deve ser escalado na vaga de Luan Dias, enquanto Reinaldo e Luccas Paraizo são as principais opções para o lugar de João Victor.

O problema maior está na lateral-direita. Pintado aguarda uma posição do departamento médico para escalar Heitor. 

Se o jogador seguir vetado, a única opção para o setor é Yan, da base. 

Na esquerda, o treinador espera contar com Jefferson, que está voltando de lesão.

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