Apesar da derrota Giovanni Augusto foi articulador das poucas jogadas ofensiva do Guarani durante os 90 minutos em Santo André (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
Após viver um período de lua de mel com o torcedor bugrino, o técnico Mozart vive sua primeira tempestade no comando do Guarani. Após a derrota no sábado para o Santo André, em jogo válido pelo Campeonato Paulista, o comandante não descartou mudanças para o confronto de quarta-feira, contra o Santos, no estádio Brinco de Ouro. Independente dos nomes a serem colocados no gramado, o treinador bugrino enfatizou o seu descontentamento com o rendimento apresentado no gramado. “Longe de ser a equipe que estou imaginando e longe de ser a equipe que meus jogadores podem ser. Nós fizemos um jogo bem abaixo do que podemos produzir e eu saio bem incomodado”, afirmou o treinador.
Segundo ele, a insatisfação ficou materializada especialmente pela péssima exibição no primeiro tempo, quando o Guarani praticamente não incomodou o anfitrião. “O (goleiro) Lucas Frigeri não fez uma defesa. No segundo tempo, até tivemos um pouco mais de volume, mas erramos demais e concedemos contra-ataques que não podemos conceder”, analisou o treinador.
Segundo ele, a derrota não pode servir de escada para o desânimo ser instalado no Brinco de Ouro. Pelo contrário. É preciso viabilizar uma ressurreição do ponto de vista técnico já no jogo contra o Santos. “Foi uma estreia que serve de lição e liga o sinal de alerta, de que nós precisamos ralar muito, suar muito para conquistar os pontos. É sempre ruim perder. Mas às vezes uma derrota como essa é mais positiva do que uma vitória que acaba mascarando um monte de coisas que você deixou de fazer”, salientou o treinador.
Diante disso, não estão descartadas alterações no time titular para o jogo de quarta-feira, contra o Santos, no Brinco de Ouro. “Coletivamente não fomos bem. Isso é responsabilidade minha. Eu vou ter que achar soluções. Se for o caso de trocar, eu vou trocar. Tudo o que estiver ao meu alcance eu vou fazer”, afirmou o técnico.
Ele, no entanto, tentou aliviar a barra de seus jogadores. “É início de temporada, eu sei de tudo isso, e vou analisar com bastante calma o jogo. O mínimo que eu desejo da minha equipe é que ela desempenhe em alto nível”, completou. O Guarani está no grupo B do Paulistão ao lado de São Paulo, Água Santa e Mirassol. Para participar das quartas de final, o Guarani precisa ficar entre os dois primeiros colocados do grupo. Outro objetivo é ficar fora dos dois últimos colocados na classificação geral. Essas equipes vão ser rebaixadas para a Série A-2 em 2024.
SORTEIO
Nos bastidores, a preocupação do Conselho de Administração é quanto ao sorteio marcado para hoje, às 15h, na CBF. O evento vai definir entre Guarani e Criciúma qual equipe disputará a edição deste ano da Copa do Brasil. O sorteio é necessário porque após a disputa da Série B do Brasileiro do ano passado, tanto o Bugre como o Tigre ficaram empatados na 33ª colocação no ranking do clubes da CBF. Em relação ao desempenho na Série do ano passado, Na última edição da Série B, o Criciúma ficou na oitava colocação com 56 pontos enquanto que o Guarani somou 51 pontos e ficou na décima colocação.
Apesar da intenção da CBF pela realização do sorteio, o Guarani não desistiu de buscar outros caminhos. O clube protocolou uma defesa junto à CBF, antes de o sorteio ser marcado, para reivindicar a vaga. Ainda não foi dado um parecer sobre o pedido.
Para 2024, a CBF extinguiu a distribuição de vagas na Copa do Brasil pelo ranking nacional de clubes.
A mudança de conjuntura fez com que em reunião na última sexta-feira, a Federação Paulista de Futebol definisse que os cinco melhores times na classificação final assegurem a indicação para a Copa do Brasil do ano seguinte. Se algum time conquistar vaga na Copa Libertadores ou for campeão da Copa do Brasil o sexto colocado do Paulistão vai para o torneio nacional.