G4

Guarani mostra poder de reação

Em partida atípica contra o Vila Nova, Guarani evita derrota com gol nos acréscimos de atacante que saiu do banco

Esportes Já
09/10/2023 às 12:40.
Atualizado em 09/10/2023 às 12:40
O Guarani lutou até o final e foi premiado com um gol nos acréscimos (Raphael Silvestre-Guarani F.C)

O Guarani lutou até o final e foi premiado com um gol nos acréscimos (Raphael Silvestre-Guarani F.C)

Nem Derek, Bruninho, Bruno José ou João Victor. O herói do Guarani no empate por 1 a 1 diante do Vila Nova, sábado, pela 31ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, foi o atacante Pablo Thomaz. E o improvável destaque da partida no Brinco de Ouro dá a dimensão da noite atípica vivida pelo time campineiro. Debaixo de chuva, o Bugre precisou mudar suas características de jogo e chegou ao empate com uma formação bem diferente da que a torcida está acostumada a ver. Entre as várias alterações promovidas pelo técnico Umberto Louzer no segundo tempo, esteve a entrada de Pablo Thomaz, autor do gol de empate aos 50 do segundo tempo.

O herói do jogo se emocionou ao falar de seu primeiro gol com a camisa do Guarani. “É muita felicidade”, diz o atleta, que se apresentou no Brinco de Ouro no dia 4 de agosto como alternativa para a saída do atacante Neílton. Ele estava na artilharia da Série D com 13 gols pelo Operário de Várzea Grande e desde que chegou ao Brinco é uma das principais opções de Louzer no banco de reservas para as alterações promovidas durante os jogos.

“Ele joga de 9, mas também sabe atuar nas extremas, em velocidade”, enfatiza o treinador, que destacou a atuação de Pablo Thomaz contra o Vila Nova. “Suas jogadas fluíram e o gol foi merecido”, avaliou. Louzer elogia o atacante. “Trata-se de um jogador comprometido no dia a dia e que vem evoluindo nesse momento decisivo do campeonato”, constata.

Pablo Thomaz, de 24 anos, entrou no segundo tempo na vaga de Bruno José. Nos acréscimos, em falta cobrada por Diogo Mateus na lateral da área, o atacante desviou de cabeça para as redes e fez a festa da torcida bugrina. Com o time pressionando em busca do empate, o goleiro Pegorari também foi para a área no lance e enfatiza que a jogada é fruto dos rachões promovidos pelo elenco após os treinos, ocasiões em que os goleiros também se tornam atacantes. “Nas brincadeiras, eu puxo a marcação para um companheiro ficar livre”, conta. “E deu certo dessa vez no jogo.” 

CAMPO ENCHARCADO

Pablo Thomaz foi um dos cinco jogadores que entraram no segundo tempo da partida contra o Vila Nova. Atrás da reação, depois do adversário abrir o placar na primeira etapa, Louzer também apostou em Iago Teles e Gustavo França, além de Bruno Mendes e Régis. O gol veio quando o quarteto de ataque formado por Derek, Bruninho, Bruno José e João Victor não estava mais em campo.

Para o treinador, o time demorou para se adaptar ao gramado encharcado. “A bola não corria e oferecemos o jogo ao adversário”, observou. “Além disso, a partida ‘pedia’ para que os jogadores atuassem mais próximos e isso só foi corrigido no segundo tempo.” Na reta final do jogo, as ligações diretas entre defesa e ataque se tornaram constantes, facilitando o bloqueio da defesa do Vila Nova, a melhor do campeonato, com 20 gols sofridos. No momento em que uma jogada mais elaborada encaixou, surgiu a falta próximo a área que resultou no gol. “Quando não conseguimos ganhar, temos que pontuar”, prega Louzer.

LÍDER PELA FRENTE

O empate manteve o Guarani dentro do G4, agora com 54 pontos, e a distância de seis para o Vila Nova, adversário direto na briga pelo acesso. O próximo desafio é domingo, às 18h, em Salvador, contra o líder Vitória. Para essa partida, a expectativa é pela volta do zagueiro Alan Santos, que se recupera de lesão muscular na panturrilha esquerda. Bruno José, que deixou o campo com dores no tornozelo, será melhor avaliado.

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