Bugre ganha fôlego na luta pela reação na Série B, mas Allan Aal destaca a necessidade de o time manter o padrão para sair da lanterna e do Z4
Guarani faz fila para marcar jogador da Chapecoense (João Heemann/ACF)
A goleada por 4 a 0 sobre a Chapecoense, fora de casa, no sábado, coloca o Guarani na condição de líder do segundo turno da Série B depois de duas rodadas disputadas. Com 6 pontos, a equipe está entre as quatro com 100% de aproveitamento na largada desta segunda metade da competição. Avaí, Mirassol e Ituano também venceram seus dois últimos jogos, mas apresentam saldo de gols inferior ao do Bugre, que marcou seis e não sofreu nenhum. Na estreia do returno, os comandados do técnico Allan Aal bateram o Vila Nova por 2 a 0.
Os números dão fôlego para o Guarani tentar deixar a lanterna e a zona de rebaixamento, mas Allan destaca a necessidade da manutenção da regularidade para que o objetivo de permanência na Série B seja alcançado. O fraco desempenho no primeiro turno ainda é um peso. A equipe soma apenas 17 pontos em 21 jogos. “Nossa situação é muito incômoda e precisamos manter essa consistência, com o mínimo possível de oscilação e o máximo de entrega. Vamos continuar com a mesma humildade, encarando cada partida como uma decisão. Vamos sossegar apenas quando o campeonato acabar”, alertou o comandante.
A próxima “final” do Guarani será nesta quarta-feira, às 19h, contra o vice-líder Santos. Para essa partida, o treinador contará com os retornos do zagueiro Matheus Salustiano e do meia-atacante Luan Dias, que cumpriram suspensão pelo terceiro cartão amarelo em Chapecó.
A boa atuação dos substitutos dos titulares na Arena Condá foi destacada por Allan. “Estamos recuperando alguns atletas que não vinham rendendo aquilo que poderiam”, afirmou. “Estamos numa crescente e vamos precisar de todo o elenco dentro da nossa missão.” Contra a Chapecoense, Marlon Douglas, o substituto de Luan Dias, marcou seu primeiro gol com a camisa bugrina ao acertar um chute colocado no canto do goleiro, enquanto Léo Santos manteve a consistência defensiva ao lado de Douglas Bacelar. “Essas variações na escalação com a manutenção do padrão de jogo fortalece o grupo”, ressaltou o treinador.
O placar elástico alcançado em Chapecó foi resultado do desempenho coletivo, na avaliação de Allan. “Na parte defensiva, tivemos a entrega de todos dentro de um espírito competitivo, que começou na frente, com nossos atacantes. E a nossa linha de ataque trabalhou de forma produtiva, com os atletas usando suas qualidades individuais em favor do coletivo. Os gols surgiram em trocas de passes e infiltrações, que são coisas que valorizamos. Os jogadores mostraram que estão entendendo de forma rápida aquilo que estamos pedindo. Precisamos seguir com esse entendimento de jogo do início ao fim, atuando de forma organizada e correndo da maneira correta.”
RETROSPECTO
A vitória em Chapecó foi a primeira fora de casa do Guarani nesta Série B. Na temporada, o time tinha apenas um triunfo longe do Brinco de Ouro. Na terceira rodada do Campeonato Paulista fez 3 a 0 no Ituano, em Itu. Já quatro gols em um mesmo jogo o Guarani não fazia desde a estreia na Série B do ano passado, quando superou o Avaí por 4 a 1, no Brinco de Ouro, no dia 14 de abril. Por outro lado, a última vez que o Bugre tinha vencido por quatro gols de diferença como visitante foi há mais de quatro anos: na abertura do Campeonato Paulista de 2020, em 22 de janeiro, bateu a Inter, em Limeira, por 4 a 0. Na Série B de 2021, em 16 de julho, também fez quatro gols em uma partida fora de casa, contra o Confiança, mas a vitória foi por 4 a 1.
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