Após boa campanha, Flamengo do Santa Mônica foi eliminado nas semifinais da Série Ouro A ao perder do Grêmio Cafezinho por 1 a 0 (Divulgação)
Considerado um dos times mais tradicionais do futebol amador de Campinas, o Flamengo do Jardim Santa Mônica quer utilizar a nova temporada para confirmar a validade de sua metodologia de trabalho, que consiste em valorizar e dar oportunidades para os garotos formados nas categorias de base e evitar ao máximo a entrada no mercado de transferências cada vez mais inflacionado.
De acordo com o gestor do clube, Edilson Fernandes Canela, o Tatu, os frutos iniciais dessa escolha já foram sentidos na Série Ouro A do Campeonato Amador do ano passado, quando na primeira fase a equipe terminou o grupo A na segunda posição com 16 pontos em sete jogos disputados. Nas oitavas de final, a equipe venceu o Fernanda F.C por 3 a 1 e nas quartas de final o triunfo foi diante do E.C Novo Horizonte com o empate por 1 a 1 e a passagem às semifinais por possuir melhor campanha. A final só não virou realidade devido a derrota por 1 a 0 para o Grêmio Cafezinho, que sucumbiu na decisão para o Granada. “Na semifinal faltou um pouquinho de inteligência”, disse Tatu.
Por causa desses fatores, ele considera que não existiu motivo para mudanças bruscas e radicais. “A turma é a mesma do ano passado”, disse Tatu.
De acordo com o integrante do Flamengo, o primeiro desafio será a competição organizada pela Liga Campineira de Futebol e que antigamente era denominada como Copa Irdival Frezzato. Para ele, a possível presença de 95 clubes na divisão principal é um fato natural, diante do fato de que os clubes não vão se responsabilizar pelo pagamento da taxa de arbitragem e ainda existe a perspectiva de premiação em dinheiro, algo necessário para a maioria dos clubes em virtude das escassas condições financeiras dos times, que não conseguem fazer frente aos valores exigidos pelo mercado de transferência. “Eu acho que isso aí é de maior pior (dificuldades financeiras) e só temos quatro ou cinco times em Campinas que investem pesado”, disse. “O Flamengo não está entre eles e por isso a gente procura trabalhar muito. A molecada que vem da base dá conta do recado e se Deus quiser (vamos brigar lá em cima)”, completou.
Tatu confia na diretoria que conduz as atividades da equipe já que de quarta a domingo ele precisa dedicar atenção especial à praça de esportes do Santa Mônica, do qual é o responsável pela manutenção das instalações desde 1989. “Esse ano tivemos um adubo orgânico e agora vamos fazer um corte para abrir (as atividades) para semana que vem”, completou Tatu.
HISTÓRIA
Com cores inspiradas no Flamengo (RJ), o Clube Recreativo Flamengo ou o conhecido Flamenguinho está sediado no Jardim Santa Mônica e foi fundado em 24 de julho de 1976 e tem o apelido de "Urubu". De acordo com relatos históricos, "Seu" Antônio de Bessa e Silva liderou o grupo de amigos da Rua João Ronzela no Jardim Santa Mônica, Campinas. Eles tinham em comum a paixão pelo futebol e pelo Flamengo do Rio de Janeiro e para estreitar essa paixão resolveram fundar uma versão do clube carioca em solo campineiro.
COMPETIÇÃO
Com possibilidade de ser batizada como Copa Campinas, a competição organizada pela Liga Campineira de Futebol já tem a confirmação das seguintes equipes: Penarol (Sumaré), S.C Icaraí, Cruzeirinho, Bartira´s, 31 Novo Horizonte, Sedentários, São Judas (Sumaré), Jacaré, Bangu, Rosalina, Morro (Campos Elíseos), Fumaça no Ar, Fumaça de Sumaré, Grêmio Cafezinho, R7 Picerno (atual campeão), União Bom Retiro (Sumaré), Monte Cristo e Vila Rica. A intenção é que a primeira divisão tenha até 95 equipes e um segundo grupo de disputa com até 40 equipes. De acordo com a diretoria da Liga Campineira de Futebol é intenção abrir espaço para todas as equipes da Região Metropolitana de Campinas, independente da liga em que estejam inseridos.
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