Morro denuncia jogador do Parque Brasília em situação irregular e quer desclassificação do finalista; Justiça Desportiva da Liga Campineira de Futebol ainda não se manifestou
Com uma campanha consistente, DIC City está classificado para sua primeira final do Campeonato Amador RMC 2025; na semifinal, a equipe superou o tradicional Flamengo do Jardim Santa Mônica (Lukinha Silva Fotógrafo)
A realização da final do Campeonato Amador RMC, programada para domingo que vem no estádio Moisés Lucarelli, entre as equipes do Parque Brasília e do DIC City, está em clima de suspense. Tudo começou na semana passada, quando o Morro, sediado no Jardim Campos Elíseos, entrou com uma acusação contra o Parque Brasília, seu adversário nas semifinais e que venceu o confronto por 1 a 0.
A denúncia é que um jogador do Parque Brasília teria sido escalado de maneira irregular. O atleta seria Peixoto, com contrato em vigor com o XV de Piracicaba, participante da Copa Paulista. Segundo o regulamento, os participantes dos times da primeira divisão do Futebol Amador não podem ter vínculos com equipes profissionais. A denúncia foi recebida e depois encaminhada ao setor de Justiça Desportiva da Liga pelo vice-presidente da entidade, Cesar Augusto de Oliveira, o Cezinha.
De acordo com o parágrafo segundo do artigo 17 do regulamento da competição “(…) Somente poderão ser inscritos não profissionais. Entende-se como não profissional o atleta que não tenha contrato de trabalho em vigência como profissional com entidade de prática profissional de futebol. A inclusão de atletas culminará na punição da Associação nos artigos do Artigo 114 do CBDJ.”
Com base nesse artigo, o Morro pede a sua entrada na decisão no lugar do Parque Brasília. O presidente do Morro, Adriano Aparecido Elias da Silva, o Nanão, relatou que a denúncia foi entregue na Liga Campineira no dia seguinte a semifinal, realizada no dia 25 de maio. “Eu falei com o Cezinha e mostrei o print que o jogador tinha sido apresentado no XV de Piracicaba. Saiu terça-feira no BID (Boletim Informativo Diário) por volta das 11h50 da manhã, mas ele assinou contrato antes de jogar com a gente. Nós contratamos um advogado”, explicou Nanão.
“Eles estão se apegando (ao fato) de que a denúncia deveria ser feita depois de 72 horas (após a assinatura do contrato). Só que a gente não tinha a denúncia em mãos e com documentos. Agora veremos qual será decisão da Liga”, disse o presidente do Morro.
Até o fechamento desta matéria, não ocorreu qualquer declaração oficial por parte dos dirigentes do Parque Brasília e nem dos responsáveis pela Justiça Desportiva da Liga Campineira de Futebol.
Até o momento, a final está confirmada entre os dois finalistas que se classificaram no gramado. O Parque Brasília terminou com nove pontos no grupo D e nas oitavas de final venceu o Novo Horizonte 31 de Março por 3 a 1. Nas quartas, bateu o Vila Rica por 3 a 0. O time se credenciou para vencer o Morro pelo placar mínimo nas semifinais.
O DIC City foi líder do Grupo B com 13 pontos e nas oitavas de final venceu o Vila Renascença por 2 a 0. A prova de fogo ocorreu nas quartas de final, quando a equipe abriu vantagem sobre o Grêmio Cafezinho por 3 a 0 e permitiu o empate. A equipe, no entanto, venceu nos pênaltis por 5 a 4 e repetiu a dose na semifinal contra o Flamengo do Jardim Santa Mônica.
Se for confirmada a decisão entre Parque Brasília e DIC City, o empate no tempo normal levará a decisão aos pênaltis. Em 2023, o R7 Picerno levou a melhor na disputa, resultado repetido no ano seguinte na final contra o Parque Brasília, atual campeão da Série Ouro A do Campeonato Amador, que é promovido pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer.
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