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Evento leva jovens estudantes com deficiência ao primeiro contato com o esporte

Ação inédita em Campinas busca estimular formação esportiva nas escolas e descobrir talentos

Esportes Já
30/09/2024 às 18:25.
Atualizado em 30/09/2024 às 18:25
Jogos Escolares Municipais Paradesportivos reuniram cerca de 150 estudantes entre 7 e 15 anos no Sesi (Divulgação)

Jogos Escolares Municipais Paradesportivos reuniram cerca de 150 estudantes entre 7 e 15 anos no Sesi (Divulgação)

A participação histórica do Brasil na Paralimpíada de Paris foi um estímulo para jovens estudantes participarem dos Jogos Escolares Municipais Paradesportivos (Parajem), um evento inédito em Campinas, que ocorreu no Sesi Santos Dumont, no último dia 19. 

O Parajem reuniu cerca de 150 estudantes com deficiência física, visual e intelectual, dos gêneros masculino e feminino entre 7 e 15 anos de idade. Enquanto em Paris, atletas de alto rendimento conquistaram 89 pódios e deixaram o Brasil na quinta colocação do evento, no Sesi, muitos jovens tiveram o primeiro contato com uma modalidade esportiva. 

“Só é possível formar novos atletas quando oferecemos a possibilidade de os jovens conhecerem as modalidades esportivas. Esse é o começo de tudo”, diz Luiz Marcelo Ribeiro da Luz, diretor de Projetos da Associação Paralímpica de Campinas (APC), organizadora do evento, junto com a Secretaria Municipal de Educação, com o apoio do Sesi. A meta é realizar novas edições a partir de 2025. 

O objetivo da ação, que nesta primeira edição só envolveu atletismo, é estimular a formação esportiva nas escolas, garantir o direito constitucional à prática esportiva e também buscar novos talentos que possam futuramente representar Campinas em competições escolares em nível estadual e nacional. 

A atividade também fez parte das comemorações do dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro, e do Dia Nacional do Atleta Paralímpico, lembrado no dia seguinte. “No evento já foi possível ver potencial em vários desses jovens”, avalia Luz. “Nem estamos levando em conta marcas e resultados, mas, sim, considerando aptidão, desenvoltura”, cita, na expectativa de que muitos desses participantes possam ser encaminhados à APC, onde é desenvolvido tanto atividades de formação, como trabalho com atletas de alto rendimento, os preparando e encaminhamento para competições. “É sempre bom ver jovens talentos surgindo e demonstrando interesse na possibilidade de se tornarem atletas”, comenta Luz. 

SELEÇÃO ESTADUAL 

Neste ano, a APC terá três participantes na seleção do estado de São Paulo durante os Jogos Escolares Nacionais, que estão marcados para acontecer entre 25 e 30 de novembro, no Centro de Treinamento Paralímpico, na capital paulista. 

Treinando na associação há três anos, o nadador Eduardo Leme Medeiros, de 13 anos e que tem nanismo, busca a sua segunda medalha na competição, depois de ter sido prata no ano passado. Já Roberta Vitória Santos Siqueira e Victor Silva Vieira, ambos do atletismo, se preparam para estrear nos Jogos. 

Roberta, de 12 anos, tem Síndrome de Down e treina na APC há um ano. Já Victor, de 17, e que tem paralisia cerebral, está há dois anos na associação. 

Recentemente, a APC conquistou um bom resultado no alto rendimento, com a prata obtida por Ketyla Teodoro, no Mundial de Atletismo Paralímpico, disputado em maio, em Kobe, no Japão. A atleta, com deficiência visual, tem Rodrigo Arcanjo como guia. Ketyla esteve na Paralimpíada de Paris disputando os 400m, mesma prova na qual subiu ao pódio em Kobe, mas não obteve medalha.

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