MAIS UM DEGRAU

Escalada: Campinas chega a dois atletas na seleção juvenil

Gabriel Papp, de 17 anos, e Pedro Piê, de 13, estão entre os melhores do país em suas categorias

Esportes Já
30/09/2024 às 18:05.
Atualizado em 30/09/2024 às 18:05
Gabriel Papp, de 17 anos, está em seu segundo ano na seleção (Rosita Belinky)

Gabriel Papp, de 17 anos, está em seu segundo ano na seleção (Rosita Belinky)

A PowerBloc segue em evolução no trabalho de desenvolver a nova geração de esportistas. Integrante do Projeto de Desenvolvimento Esportivo de Atletas de Base da Associação Brasileira de Escalada Esportiva (ABEE) desde 2021, a equipe de Campinas colocou, em 2024, seu segundo atleta na Seleção Brasileira juvenil da modalidade. Além de Gabriel Papp, de 17 anos, que está na equipe nacional desde o ano passado, Pedro Piê, de 13, agora também integra o grupo dos melhores do país em sua categoria. 

“Estamos em busca de nos tornar uma referência na modalidade, não só no Brasil, mas também em nível internacional”, detalha o técnico do grupo, Rafael Piunti. “Estamos caminhando, melhorando os resultados em competições, ampliando a equipe. Estou contente com nosso crescimento”, completa. 

O projeto de base da ABEE tem como meta a formação de atletas que possam, a médio e longo prazo, representar o Brasil em alto nível em Mundiais e Olimpíada. A ação contempla 13 polos espalhados pelo país, entre as regiões Sul, Sudeste e parte do Centro Oeste, e a PowerBloc é a representante da Região Metropolitana de Campinas. A equipe campineira tem hoje dez componentes, entre 13 e 17 anos. Além de Papp e Piê, Júlia Izzo, de 13, também é uma das atletas promissoras do grupo, com resultados expressivos no Campeonato Paulista e Copa do Brasil. 

“O potencial de alguns atletas nos oferece a expectativa de que muitos têm condições de chegar a um nível profissional”, afirma Piunti, treinador formado pela Unicamp e que também trabalha como olheiro da ABEE em busca de novos talentos na região de Campinas. 

ESPELHO 

A busca diária pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento é um desafio para os jovens da PowerBloc. E a motivação para seguir em busca de uma evolução, não raramente, está nos veteranos da estrutura montada na Vila Itapura. A paixão pela modalidade, expressa na prática frequente, como se na vida não houvesse outra alternativa senão escalar, é uma espécie de referência para os novatos. Esse espírito é exemplificado pela fotógrafa e tradutora Rosita Belinky, que também é proprietária da PowerBloc e não larga a escalada por nada. Rosita é mãe de Gabriel Papp. 

“Agora, em setembro, fui vice-campeã paulista de escalada na categoria sub-40”, conta ela, que, com 53 anos, foi a mais velha entre as competidoras da categoria. “Como não existe um sub-50, tenho que me virar entre as mais novinhas”, brinca. E se virou bem, superando a maioria das concorrentes e ficando atrás apenas da campeã Daniela Porto Izzo, de 47 anos e mãe de Júlia Izzo, destaque na equipe de base da PowerBloc. 

Campeã brasileira de escalada em 1992, 93 e 94, Rosita conta que até mesmo grávida de Gabriel manteve a rotina de subir e descer paredes e montanhas. “Só parei quando não conseguia mais ver a ponta dos meus pés por trás da barriga”, lembra. Na sua casa, somente a filha mais nova preferiu se dedicar à dança. Os demais, têm a escalada no “sangue”. O marido, Tomás Gridi Papp, começou a aventura ao lado de Rodrigo Raineri, referência no montanhismo e que no dia 4 de julho deste ano morreu no Paquistão. “Aqui na família, vamos o Tom, eu e o Gabriel para sempre na escalada”, encerra Rosita.

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