Pintado mudou o meio de campo no duelo de domingo (Raphael Silvestre/Guarani FC)
Apesar de o Guarani não ter vencido o Dérbi e seguir na lanterna da Série B, o empate com a Ponte Preta por 1 a 1, domingo, no Brinco de Ouro, renovou o ânimo do grupo pela reação.
O motivo é a atuação no primeiro tempo, a melhor do Bugre até agora no Campeonato Brasileiro.
A competitividade e a intensidade demonstradas na etapa foram destacadas pelo técnico Pintado depois da partida.
"Daqui para frente, não podemos ficar abaixo disso. Agora, não existe retrocesso. Tem que ser desse primeiro tempo para melhor”, enfatizou o comandante.
O primeiro lance de perigo no Dérbi foi da Ponte Preta, em uma bola cruzada rasteira, que passou na frente de Jeh. Em seguida, no entanto, o Guarani dominou as ações com postura sólida na marcação e principalmente dinamismo e rapidez no ataque. Aos 23 minutos, em um contragolpe, o gol surgiu após uma cavada de Matheus Bueno por cima de Pedro Rocha, com Luan complementando para as redes. No segundo tempo, o time não manteve a mesma “pegada” e a queda de produção foi reforçada pela expulsão de João Victor.
“Nosso desafio agora é tentar manter a mesma competitividade durante os 90 minutos. Para nós, tem que ser uma questão inegociável”, disse Pintado. Especialista na marcação na época em que era volante, o técnico afirmou que a orientação é propor o jogo a partir da busca pela posse de bola. “Não podemos apenas cercar. Precisamos estar próximos da jogada e combater para roubar a bola, caso contrário não faz sentido”, disse.
Para Pintado, o primeiro tempo do jogo de domingo foi um reflexo do trabalho em Itu, onde o time treinou durante a última semana em busca de uma maior concentração para o Dérbi.
A entrada de Lucas Araújo, um volante de maior poder de marcação, foi a principal novidade e ofertou mais equilíbrio à equipe, avaliou o comandante.
Foi a estreia nesta Série B do jogador, que pode ser mantido para a partida contra o Sport, domingo, às 18h30, no Brinco de Ouro.
“Fizemos um 4-1-4-1 com mais liberdade para o Matheus Bueno, um jogador que está em todos os lugares do campo e não pode ficar limitado”, observou Pintado. “Luan Dias, Caio Dantas e Airton também tiveram mais liberdade. E na recomposição, sem a posse, conseguimos baixar uma linha de cinco no meio que funcionou bem no bloqueio”.
O técnico admite, no entanto, que há muito o que melhorar. Contra a Ponte, por exemplo, o Guarani sofreu gol em bola aérea pelo segundo jogo seguido.
E no ataque, entre as variáveis que projeta para a sequência do campeonato, o comandante não descarta escalar os centroavantes Caio Dantas e Luccas Paraizo juntos.
A falta de opções nas laterais segue preocupando. Contra o Sport, Diogo Mateus cumprirá suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo e Pintado espera por um sinal verde do departamento médico para poder escalar Heitor na direita.
Na esquerda, o lance que originou o escanteio para a cabeçada certeira de Jeh no Dérbi veio numa indecisão no setor, que teve o jovem meia Viniciu Yuji improvisado. Jefferson, liberado pelos médicos, deve retornar.
Entre as ações da comissão técnica por uma virada no campeonato está a cobrança em cima dos jogadores mais experientes.
“Essa é a hora deles aparecerem”, justifica Pintado, que espera pela primeira vitória no próximo domingo, depois de uma derrota e um empate em dois jogos sob o seu comando.
“Precisamos vencer com urgência para tentar engatar uma sequência e pensar em respirar na tabela”, salientou, lembrando que o Guarani está com apenas 6 pontos em 13 rodadas. O jejum de vitórias é de nove partidas.
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