RIVALIDADE

Com tabu em jogo, começa a semana do dérbi

Macaca não perde para o Bugre no Moisés Lucarelli há quase 14 anos

Esportes Já
15/05/2023 às 09:41.
Atualizado em 15/05/2023 às 09:41
Domingo tem dérbi no Majestoso (Marcos Ribolli/PontePress e Thomaz Marostegan/Guarani FC)

Domingo tem dérbi no Majestoso (Marcos Ribolli/PontePress e Thomaz Marostegan/Guarani FC)

Campinas inicia a semana respirando dérbi. No próximo domingo, às 18h, no Moisés Lucarelli, Ponte Preta e Guarani entram em campo para a disputa do clássico número 205, válido pela sétima rodada do primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro. E além da tradicional rivalidade, um ingrediente a mais vai temperar o confronto. É que no dia anterior, sábado, completará 13 anos e 11 meses que a Macaca não perde para o Bugre em jogos disputados no Majestoso. Enquanto o alviverde tentará quebrar o tabu, a alvinegra jogará para ampliar o tempo de invencibilidade diante do rival no estádio que já é recorde.

No período de outubro de 1959 a maio de 1973, a Ponte ficou 13 anos e seis meses sem perder do Guarani no Moisés Lucarelli, marca que já foi superada desta vez. A sequência, na época, foi de cinco vitórias e três empates em oito jogos, um a menos que a série atual, que é de seis triunfos e três empates. A última vitória do Guarani no Majestoso aconteceu no dia 20 de junho de 2009, quando Caíque marcou e garantiu o placar de 1 a 0 pelo primeiro turno da Série B do Brasileiro. O duelo fez parte da campanha que garantiu o último acesso do Guarani à elite nacional.

Levando em conta a quantidade de partidas, a maior sequência invicta da Ponte em dérbis no Majestoso corresponde ao período entre 1976 a 1985, quando, em 12 jogos, foram registrados sete vitórias e cinco empates.

HISTÓRIA

Os tabus fazem parte da história do clássico campineiro. Considerando o total de partidas entre os rivais, o recorde de tempo de invencibilidade pertence ao Guarani, que ficou 15 anos sem perder para a Ponte Preta, de 1987 a 2002. Um jogador que fez parte desse período foi Amoroso. Entre os profissionais, ele nunca venceu um dérbi, mas guarda com carinho a sua despedida dos gramados que aconteceu justamente em um duelo diante da rival, em 8 de fevereiro de 2009, quando vestiu a camisa 10 do Bugre por 68 minutos no empate por 2 a 2 pela sexta rodada do Paulistão.

“Eu sempre disse que ia encerrar minha carreira no Guarani, não importa o que acontecesse e a situação que o clube tivesse. E o encerramento foi justamente num dérbi. Estava há nove meses sem jogar, mas me senti muito bem em campo”, relembra Amoroso.

Numa época em que o futebol campineiro era atração nacional em função dos grandes times formados pelos dois clubes, a Ponte Preta chegou a alcançar uma sequência de 16 jogos sem derrota para o Guarani, em um tabu que se estendeu de 1979 a 1984. Nesse período, foi disputado um dos clássicos mais importantes da história, aquele que decidiu o primeiro turno do Campeonato Paulista de 1981. Com nomes como os de Dicá, Juninho e Odirlei do lado alvinegro, e de Jorge Mendonça, Careca e Lúcio do lado alviverde, a equilibrada partida no Moisés Lucarelli terminou 3 a 2 para os donos da casa. “Foi um jogo altamente técnico, o maior dérbi da história de Campinas”, relembra Dicá.

Aquele tabu sem vencer a Ponte foi quebrado pelo Guarani no dia 11 de novembro de 1984, no Brinco de Ouro, em uma partida memorável para o atual comentarista Neto. O placar foi 3 a 1 para o Bugre, com dois gols do então craque bugrino, um deles marcado em cobrança de falta do meio da rua com a bola passando por baixo das pernas do goleiro Sérgio, atual técnico da Portuguesa Santista.

Amoroso encerrou a carreira em um dérbi e Neto foi personagem do clássico de 1984, na quebra do tabu (Divulgação)

Amoroso encerrou a carreira em um dérbi e Neto foi personagem do clássico de 1984, na quebra do tabu (Divulgação)

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