Atuar com um jogador a menos em boa parte dos 90 minutos foi um fator decisivo para a Ponte Preta empatar com o Vitória (BA) (Marcos Ribolli/PontePress)
Atuar com um jogador a menos em boa parte dos 90 minutos foi um fator decisivo para a Ponte Preta empatar com o Vitória (BA) por 2 a 2, em confronto realizado na noite de domingo, dia 30 de julho, no estádio Moisés Lucarelli e válido pela Série B do Campeonato Brasileiro. O resultado levou a alvinegra para a 13ª posição com 23 pontos e cinco pontos à frente da Chapecoense, o primeiro integrante da zona do rebaixamento. O próximo desafio será na quarta-feira, às 19 horas, contra o Criciúma, na casa do adversário. Na oportunidade, a equipe não terá o volante Matheus Jesus, suspenso.
Estreante da noite, o técnico pontepretano Pintado queria mostrar serviço. Logo de cara. Mudar o estilo e a postura da equipe era essencial. A primeira alteração foi no esquema tático. Abriu mão dos três atacantes e congestionou o meiocampo com a presença de Matheus Jesus e Elvis. Juntamente com os volantes Felipinho e Léo Naldi, o time teve um controle de bola maior e se contrapôs ao estilo mais incisivo do rubro negro baiano.
A Macaca tinha algo existente que não apareceu nos outros jogos, o surgimento dos meias dentro da área. E a estratégia deu resultado logo aos 08 minutos, quando o lateralesquerdo Artur foi a linha de fundo e cruzou para a cabeçada fatal de Léo Naldi, que abriu o placar.
Quatro minutos depois, o estádio Moisés Lucarelli foi palco de uma obra de arte. Em movimentação de Léo Naldi no lado direito, o volante levantou na área e o centroavante André acertou um voleio que balançou as redes. Golaço.
Traiçoeiro e empolgante, o futebol parece querer repetir enredos macabros. No dia 26 de novembro de 2017, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, aos 19 minutos do primeiro tempo, contra o Vitória (BA), no Majestoso, o então zagueiro pontepretano Rodrigo cometeu um ato inconsequente e foi expulso e o time perdeu por 3 a 2. Quase seis anos depois, diante do mesmo Vitória (BA) e com vantagem de 2 a 0 no placar, a cilada apareceu de novo. Aos 15 minutos da etapa inicial, em disputa de bola com o atacante Matheusinho, Matheus Jesus deu uma forte entrada. O árbitro Maguielson Lima Barbosa deu cartão amarelo, mas após ser alertado pelo árbitro de vídeo Pablo Ramon Goncalves Pinheiro o cartão amarelo foi cancelado e aplicado o vermelho no volante da alvinegra.
Em situação delicada, a Ponte Preta precisou se organizar e deixar o time mais compacto, além de abdicar da postura ofensiva exibida nos minutos iniciais. Foi o que bastou para o Vitória iniciar uma pressão nas imediações da área pontepretana, algo intensificado com a entrada do atacante Wellington Nem e a retirada do ala esquerdo Marcelo.
Apesar dos contratempos, a vantagem foi administrada na etapa inicial. Tudo foi feito para evitar um revés assim como em 2017.
O quadro poderia ser ainda melhor ainda na etapa inicial. Aos 45 minutos, Léo Naldi puxou o contra-ataque e ficou de frente com o goleiro Lucas Arcanjo e desperdiçou.
Para evitar sobressaltos no segundo tempo, o técnico Pintado retirou o armador Elvis, que tinha cartão amarelo, e apostou no volante Samuel Andrade. Já o rubro baiano abriu mão do zagueiro João Victor e colocou o armador Giovanni Augusto.
O esperado volume de jogo da equipe rubro negra aconteceu e seu protagonista era Wellington Nem, que desperdiçava oportunidades. As diversas variáveis de um jogo de futebol surgiam sem dar aviso. Aos 12 minutos, a arbitragem de vídeo detectou um toque de mão do zagueiro Edson. A arbitragem marcou o pênalti, que foi convertido aos 15 minutos por Léo Gamalho. C
Com a retirada dos dois centroavantes André e Eliel e a colocação de Mailton e Paulo Baya, a expectativa era de crescimento da velocidade. O setor ofensivo melhorou e teve até gol anulado feito por Mailton.
Mas tudo foi por água abaixo aos 40 minutos. Após saída de bola errada de Felipinho, o Vitória retomou a posse de bola e após trabalho pelo lado esquerdo de Giovanni Augusto, o cruzamento foi efetuado e Yuri Castilho não teve trabalho para bater firme e deixar tudo igual. O Vitória ainda tentou buscar os três pontos, mas o saldo final foi um gosto amargo para a Macaca na estreia do técnico Pintado.