O campineiro Felipe Meligeni busca o título em casa (Instituto Sports)
O Brasil tem boas chances de título na 13ª edição do Challenger de Campinas, que acontece durante esta semana nas quadras de saibro da Sociedade Hípica. O torneio, que reúne nomes que estão entre os Top 100 do ranking da ATP, conta com a presença de brasileiros em boa fase, após a conquista de resultados importantes. Disputado desde 2011, o campeonato tem apenas um tenista verde e amarelo na lista dos campeões - Guilherme Clezar, em 2013.
Uma das atrações será o campineiro Felipe Meligeni. O tenista de 25 anos vem de um resultado inédito em Grand Slam. No US Open, furou o qualifying e avançou uma rodada, só deixando a competição em função de uma lesão. A campanha, ele admite, foi muito além da expectativa e representou o melhor momento de sua carreira.
“Duas semanas antes do US Open, eu tive um problema no meu tendão de Aquiles em Santo Domingo e minha intenção era apenas me recuperar o melhor possível para poder jogar a primeira partida no qualifying”, lembra. “Só que joguei muito bem e tudo fluiu. Estava bem confiante. Infelizmente, na segunda rodada o pé não ajudou, mas faz parte da vida de atleta. Foi a melhor semana que tive como profissional.”
Thiago Monteiro foi vice-campeão em 2021 (João Pires/Fotojump)
Agora, em Campinas, ele reconhece que um título na terra natal seria marcante. O Challenger da cidade ele conta que disputa desde os 15 anos de idade e seu melhor resultado foi uma semifinal em 2020. “Ganhar na presença de amigos e familiares seria especial”, afirma o tenista, que se diz recuperado da lesão e em boa forma física. “Estou confiante. Venho tendo um segundo semestre muito bom e evoluí muito. Tenho tudo para fazer um bom torneio em casa.”
OUTROS BRASILEIROS
Campeão juvenil do US Open há três semanas, o carioca João Fonseca, de 17 anos, disputa a competição de Campinas como convidado. Considerado uma das principais promessas do tênis brasileiro, ele está focado agora no circuito profissional, no qual já soma as quartas de final do Challenger de Florianópolis, em abril. Em torneios do circuito ITF World Tennis Tour, ele alcançou duas semifinais, incluindo no São Paulo Tennis Classic, em Mogi das Cruzes. “Minha meta é me desafiar o máximo possível”, afirma.
O cearense Thiago Monteiro é outro representante do país na competição. Ele volta a Campinas depois do vice-campeonato de 2021. No mês passado, ele obteve a vitória mais expressiva da carreira ao bater o dinamarquês Holger Rune, o quarto melhor do mundo, durante a disputa da Copa Davis, na Dinamarca.
Campeão em 2022, o britânico Jan Choinski retorna ao saibro campineiro neste ano (João Pires/Fotojump)
MAIS ATRAÇÕES
A Argentina, campeã em sete das 12 edições na Hípica, será novamente uma força no torneio, com as presenças de Juan Manuel Cerundolo, 91˚ do mundo, Federico Coria, 96˚, e Facundo Díaz Acosta, 99˚. Vencedor no ano passado após sair do qualifying, o britânico Jan Choinski retorna ao saibro campineiro como 7˚ melhor da lista.
ENTRADA FRANCA
O Challenger de Campinas distribui US$ 130 mil (R$ 633 mil) em prêmios e 100 pontos no ranking da ATP ao campeão. As disputas do qualifying começaram neste final de semana e prosseguem nesta segunda, quando também terão início os duelos da chave principal. A final está marcada para o próximo domingo. A entrada é franca e os detalhes para a retirada dos ingressos podem ser conferidos pelo Instagram por meio do link https://www.instagram.com/p/CxtQ7A_ gguP/.
João Fonseca é o atual campeão juvenil do US Open (Reprodução)
RELAÇÃO DOS CAMPEÕES
2022: Jan Choinski (GBR)
2021: Sebastian Baez (ARG)
2020: Francisco Cerundolo (ARG)
2019: Juan Pablo Varillas (PER)
2018: Christian Garin (CHI)
2017: Gastão Elias (POR)
2016: Facundo Bagnis (ARG)
2015: Facundo Arguello (ARG)
2014: Diego Schwartzman (ARG)
2013: Guilherme Clezar (BRA)
2012: Guido Pella (ARG)
2011: Maximo Gonzalez (ARG)
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