Mariana Dorigatti durante competição (Divulgação)
Depois de um 2023 marcado por superação e conquistas importantes, a carateca de Campinas, Mariana Dorigatti, tem a chance de fechar o ano com chave de ouro. Nos dias 16 e 17 deste mês de novembro, a atleta de 35 anos representará a cidade nas finais do Campeonato Brasileiro de Karatê, em São Bernardo do Campo, torneio que reunirá os maiores atletas do país na modalidade. Mari, como é conhecida, está há mais de duas semanas realizando treinos específicos com foco nesta competição. O objetivo é conquistar o inédito ouro na categoria sênior.
“Na verdade, se eu conseguir o bronze já estarei feliz, pois o nível é muito alto, mas vamos tentar ir além”, diz Mari, que em 2019 chegou a ficar no terceiro degrau do pódio na competição, resultado que ela considera o melhor da carreira até hoje. Em 2022, a atleta colocou o ouro no peito, mas a conquista foi na categoria máster (por idade).
A carateca explica de que forma vem treinando. “Estou investindo bastante na parte física e técnica, estudando as adversárias. São atividades de explosão muscular e de reação com o objetivo de não sofrer desgaste e buscar uma forma ideal para as disputas”. Para chegar à final do Brasileiro, Mari passou pela fase classificatória, na qual conquistou a medalha de ouro após três lutas. Agora, em São Bernardo do Campo, a atleta terá pela frente as melhores do país, entre as quais está Bárbara Hellen, de Minas Gerais, número 1 do ranking nacional.
Atleta conquistou 11 medalhas neste ano e quer fechar o período com chave de ouro (Divulgação)
Outras medalhas douradas alcançadas por Mari durante este segundo semestre foram nos Jogos Regionais de Mococa, onde subiu no lugar mais alto do pódio nas categorias até 68kg, absoluto (sem divisão de peso) e por equipes. Já no torneio dos campeões da Federação Paulista, ela superou na final Giulie Cirillo, que havia acabado de voltar do Chile, onde foi campeã na categoria sub-21 do Campeonato Pan-Americano.
Mari ainda destaca neste 2023 a performance nos Jogos Abertos do Interior, disputados em outubro, em São José do Rio Preto, embora não tenha conquistado a medalha dourada na competição. “Em uma das semifinais, venci a atleta Isadora Fernandes, campeã pan-americana sênior. O placar foi de 1 a 1, mas como fiz o primeiro ponto, tive a vantagem e ganhei o confronto.”
CONSOLIDAÇÃO
No total, Mari conquistou 11 medalhas neste 2023. Foi um ano em que ela conseguiu consolidar sua recuperação após passar por um período difícil, que envolveu cirurgia no joelho esquerdo, em função da ruptura total do ligamento cruzado anterior, e um longo tempo de readaptação ao esporte. O resgate total da confiança veio depois que ela ganhou o inédito título estadual sênior no dia 10 de junho, em São Paulo.
“Minha confiança cresceu muito e eu me sinto muito mais inteligente emocionalmente lutando”, afirma. “Muitas vezes, eu começo com placar negativo e consigo reverter. Isso é maturidade, é fazer uma leitura rápida da luta e entender onde está errando”, avalia a carateca de 65kg distribuídos em 1,62m de altura que, em Campinas, treina no Clube Bonfim e também representa Indaiatuba em algumas competições.
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