TORCEDOR APAIXONADO

Campineiro, ex-jogador Botafogo-RJ, torce pelo título brasileiro

"Esse é o Botafogo que eu gosto e que conheço. Tanto tempo esperando esse momento, meu Deus, Deixa festejar que eu mereço"

Israel Moreira/ israel.moreira@rac.com.br
24/07/2023 às 18:32.
Atualizado em 24/07/2023 às 18:32

"Esse é o Botafogo que eu gosto e que conheço. Tanto tempo esperando esse momento, meu Deus, Deixa festejar que eu mereço" (Arquivo Pessoal)

Sucesso da madrinha do samba e botafoguense Beth Carvalho na quebra do tabu de 21 anos de fila, com o gol inesquecível do ponta Mauricio contra o Flamengo de Zico e Bebeto em 1989, esse samba vem ao encontro com momento de felicidade que o torcedor do Fogão, líder do Campeonato Brasileiro, sente nesse momento.

No bairro do Proença em Campinas, um ex-atleta do Glorioso carioca sente a mesma emoção que os demais torcedores do alvinegro espalhados por todo o Brasil.

Formado na base do Guarani na década de 90, o campineiro Leandro Teodoro Biela, ex- lateral-direito do Botafogo, mesmo à distância, mantém o vínculo afetivo com o clube alvinegro.

Biela começou no dente de leite do Bugre em 1993 sob a batuta do saudoso 'Seo' Diogo Ponzo, ex- lateral do Corinthians e do próprio Guarani na década de 60. "Ali, treinando no terrão debaixo do tobogã, foram momentos inesquecíveis", disse o ex- lateral.

Depois foram três anos vestindo a camisa do Galo de Itu nas categorias infantil, juvenil e juniores, hoje chamada de Sub-15, 17 e 20.

Mas o Guarani ainda era muito presente na vida do garoto do Proença. A família era sócia do clube, o pai, Marcos Biela, chegou a ser diretor interno do Bugre, e o retorno para Campinas era questão de tempo.

Com 19 anos em 2000, ele retornou ao Brinco de Ouro para a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior, agora sob o comando do 'Seo' Júlio Toledo Piza, pai do hoje treinador, Evaristo Piza.

O Guarani foi terceiro colocado na competição e um dos adversários do Bugre foi justamente o Botafogo-RJ. Vitória bugrina por 2 a 1 e Biela, destaque da partida, chamou a atenção da comissão técnica carioca.

Neste o ano, a equipe de Campinas que além de Biela, tinha no elenco jogadores como Guaru, Elano e Gustavo, chegou a semifinal da competição sendo eliminada para o São Paulo.

(Arquivo Pessoal)

O convite para jogar no Rio de Janeiro pesou na sua decisão e ainda no primeiro semestre de 2000, Biela já integrava a equipe de juniores do Fogão, onde foi campeão carioca e na sequência, foi alçado à equipe de profissionais.

Vestir a camisa de um grande clube do Brasil, disputar as maiores competições nacionais, foi o sonho realizado de um garoto que buscou ser jogador de futebol profissional.

A primeira vez no Maracanã ou no saudoso Caio Martins, os clássicos contra Vasco, Fluminense e principalmente, o Flamengo, são registros que ficaram para a sua história.

A campanha do Glorioso em 2000 não foi lá uma das melhores. No Carioca, foi segundo colocado na Taça Guanabara e terceiro na Taça Rio, ficando de fora das finais.

Na Copa do Brasil, eliminação nas quartas de final para o campeão Cruzeiro. E no Brasileiro, foi apenas o décimo sexto colocado.

Mas Leandro Biela, sob o comando de "papai Joel Santana", fez grandes amigos e fez bons jogos com a camisa alvinegra, mas a concorrência não era das mais justas.

Vitor, ex- lateral do São Paulo, Corinthians, Flamengo, Cruzeiro e Seleção Brasileira, estava no Botafogo naquele mesmo ano e sairia sempre à sua frente.

Jogadores como o emblemático Túlio, Donizetti Pantera, Rodrigo Beckham, Sérgio Manoel, o goleiro Wagner e o ex-zagueiro Sandro, viveram momentos marcantes na vida e na carreira de Biela.

A passagem do campineiro pelo Alvinegro durou pouco. No segundo semestre de 2001, Biela desembarcaria no homônimo de Ribeirão Preto para a disputa da série A do Brasileirão.

A falta de acordo entre o seu empresário, o ex-zagueiro Gottardo, com o clube de General Severiano, encerrou sua passagem pelo Fogão, mas não pelo futebol carioca.

Após a passagem por Ribeirão Preto, Biela disputaria a primeira divisão paulista com a camisa da Internacional de Limeira em 2002.

No início de 2003, retorna ao Rio de Janeiro para a disputa do carioca pelo tradicional clube da zona norte, o Olaria. Ainda no Rio, vestiu as camisas de América e Madureira, até que foi emprestado para o Corinthians de Alagoas-AL.

Na sua última tentativa profissional, disputou o 'gauchão' com a camisa do Esporte Clube São José-RS em 2005.

Leandro atualmente mora em Campinas, no bairro Proença, e mesmo desempregado não se afastou do futebol. Há três anos, vesti a camisa do Elite Futebol Clube, time de Society da cidade.

Mesmo longe do Rio de Janeiro, Biela acompanha e torce muito pelo Botafogo que faz uma campanha excelente e lidera o Campeonato Brasileiro.

"Meu sentimento é de gratidão ao clube e aos seus torcedores. Eu vivi momentos felizes por lá. Era considerado jogador da base, e os torcedores me tratavam muito bem. O carinho por eles e pelo clube, são enormes", completou o ex-jogador que vai mais além:

"Espero que em dezembro, o título brasileiro seja botafoguense. Torcida não vai faltar." 

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