LUTA DE BRAÇO

Campineira faz revanche com eslovaca pelo título mundial absoluto

Gabriela Vasconcelos desafia Barbora Bajciova quase dois anos depois de perder o título para a adversária

Esportes Já
04/11/2024 às 15:06.
Atualizado em 04/11/2024 às 15:06

Ao lado do astro Arnold Schwarzenegger: trajetória de recompensas (Divulgação)

A atleta de Campinas Gabriela Vasconcelos, de 36 anos, se prepara para um dos maiores desafios de sua carreira. Multicampeã na luta de braço, ela vai enfrentar, no dia 14 de dezembro, a eslovaca Barbora Bajciova pelo título mundial absoluto (sem limite de peso) da modalidade. O confronto, que foi anunciado oficialmente no início de setembro, será a principal atração do Queen of The Table (Rainha da Mesa), em Las Vegas, nos Estados Unidos. 

Trata-se de uma revanche, já que Barbora se tornou a detentora do título depois de superar Gabriela em janeiro de 2023. Na ocasião, a campineira defendeu a conquista pela primeira vez após ser campeã em agosto de 2022 ao ganhar da atleta da Lituânia Egle Vaitkute. Diante da eslovaca, Gabriela diz que foi prejudicada por uma lesão que a impediu de treinar e influenciou no resultado final. Agora, apesar de ainda seguir em processo de recuperação e das dores, a atleta acredita que tem condições de superar a adversária na revanche. 

“São 24 anos de treinos intensos e, por conta disso, tive uma epicondilite crônica (formação de fibrose entre o tendão e o osso)”, conta Gabriela. “É uma lesão comum no nosso esporte, mas que me levou a ficar desde aquele desafio fora das competições de alto nível”, afirma a atleta, que diz sentir dores todos os dias para treinar. “A lesão me impediu de pedir uma revanche imediata, pois eu sabia que precisaria estar no mínimo 100% para ter a chance de recuperar o título. E houve também incompatibilidade de agenda.” Depois de superar a campineira, Barbora defendeu o título uma vez e venceu. 

Apesar do problema clínico, Gabriela não deixou de treinar e competir, embora com intensidade moderada. No ano passado, ela ganhou um desafio internacional contra a canadense Sarah Wilson e conquistou vitórias na Copa John Brzenk, em Salt Lake City, onde participou como convidada, além de ter disputado o campeonato estadual e brasileiro. Mas sua rotina mudou desde o momento em que o desafio com a eslovaca foi confirmado, em setembro. “Mudar de um treino de manutenção para um treino de evolução requer esforço e dedicação, além de resiliência para entender o corpo e lidar com as dificuldades”, explica. 

Gabriela conta com apoiadores para superar as adversidades. “Para combater a dor, não posso deixar de mencionar o trabalho com os fisioterapeutas do CAFF (Centro de Avaliação Funcional e Fisioterapia), que desde a primeira luta contra a Barbora me ajudam e agora encaram esse desafio junto comigo, fazendo um trabalho tanto de recuperação da lesão como de cada treino, me deixando em condições de continuar buscando meu objetivo. Faço fisioterapia duas vezes por semana”, detalha. “Além disso, meu técnico Vitor Munoz, que é meu marido também, me ajuda com a suplementação necessária para a prevenção de lesões, como protetores articulares e vitaminas.” 

A busca de estratégia para o combate também integra a preparação. “Preciso focar em pontos que me fizeram perder, como a resistência. Tenho de ser rápida e precisa para não ser vencida pela fadiga, como da última vez. Eu estava vencendo e, por falta de treino devido à lesão, cansei muito rápido. Ela virou para 3 a 2”, relembra Gabriela. “Analisando todas as variáveis da luta de braço, eu quero pensar que tenho mais chances do que ela, acho que uns 70% a mais.”

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