Evento reúne participantes do exterior e dos quatro cantos do Brasil (Acervo Ginástico Ânima Unicamp / Laurita Marconi Schiavon)
Um encontro que permite a prática, o estudo e o aprofundamento da ginástica como forma de expressão corporal livre, inclusiva, aberta para a diversidade, como dança, folclore, sem limites de condição física, gênero e faixa de idade. Assim pode ser definido o Fórum Internacional de Ginástica para Todos (FIGPT), evento que a cada dois anos acontece em Campinas. A 11ª edição do evento, que reuniu grupo de países europeus e africanos e das cinco regiões do Brasil no Sesc e na Unicamp, foi realizada nesse último final de semana. “Trata-se do maior evento de ginástica da América Latina”, define a vice-presidente do evento, a professora Laurita Marconi Schiavon, que integra o Grupo de Pesquisa em Ginástica (GPG) da Faculdade de Educação Física (FEF), da Unicamp. O tema deste ano foi “Territórios da Diversidade”, com foco na abrangência de identidades. A conferência de abertura foi feita pelo indígena Edson Kaiapó.
“O propósito do FIGPT é fomentar debates, performances, aprimorar a qualificação e amplificar a importância da ginástica para todos, alcançando o maior número possível de pessoas e instituições que atuam na área”, explica a organização do evento, que teve como presidente da 11ª edição a professora Eliana de Toledo, do curso de Ciências do Esporte da Unicamp. “Existe no debate uma abertura a novos conceitos que possam enriquecer todas as características da ginástica.”
O Fórum aconteceu de quinta a domingo, com a participação de escolas, universidades, clubes, ONGs e organizações de 28 estados brasileiros e sete países - África do Sul, Dinamarca, Espanha, Inglaterra, Peru, Portugal e Zimbábue. No total, 358 pessoas inscritas participaram dos cursos e rodas de conversas.
“Ao longo destes anos a programação do evento vem sendo modificada, com uma variedade de sessões e atividades, geralmente composta por conferências, mesas temáticas, apresentações de trabalhos científicos e relatos de experiências, cursos, oficinas, festivais, encontros de coletivos e lançamentos de livros, com a participação de pesquisadores (as), professores (as), estudantes e grupos convidados, nacionais e internacionais”, destacam os organizadores.
A principal atração deste final de semana foram as apresentações dos 74 grupos de ginástica, e o público pôde acompanhar de forma gratuita mediante retirada antecipada de ingressos. Entre os participantes estava o Ginástico Ânima Unicamp, que tem participação em festivais na Europa. O conjunto, coordenado pela professora Laurita, já esteve duas vezes no Gymnaestrada Mundial, considerado o maior evento de ginástica de demonstração do mundo, em 2015, na Finlândia, e em 2019, na Áustria. Entre 30 de junho e 6 de julho deste ano, elas se apresentaram no Festival del Sole na cidade italiana de Riccione, na Itália.
A importância da Unicamp dentro do desenvolvimento de pesquisa no campo da ginástica é um dos fatores que atrai o FIGPT para Campinas desde sua primeira edição, de acordo com Laurita. “Aqui está o maior centro de produção de pesquisa sobre o tema no Brasil”, detalha. O GPG da FEF completou 30 anos em 2023.
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