Maurren Maggi e Magic Paula falaram sobre a presença feminina no cenário esportivo (Divulgação)
O Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) promoveu, durante a última semana, a 10ª edição do Seminário Nacional de Formação Esportiva. O evento, que reúne dirigentes de clubes e de confederações de todo o Brasil para discutir o desenvolvimento do esporte no país, foi realizado no hotel Royal Palm, em Campinas, entre segunda e quarta-feira.
Diversos temas foram abordados e debatidos ao longo dos três dias do Seminário. Em sua abertura, o velejador Lars Grael participou de uma palestra sobre o PIB do esporte, explorando as iniciativas realizadas recentemente e detalhando o panorama do setor.
“Nós sempre falamos do esporte do lado da paixão, da emoção, o que ele gera de impacto em saúde, em educação, mas não falamos da economia. Então o nosso papel é levar isso para todas as modalidades esportivas, para termos um argumento de qual é a relevância dele no cenário financeiro do país. A cultura tem isso, o agronegócio tem, a saúde, a educação, mas o esporte nunca teve. Então é um trabalho inédito e é onde eu atuo como representante do CBC”, explicou Lars.
Depois, foi a vez das medalhistas olímpicas Maurren Maggi e Magic Paula falarem sobre a presença feminina no cenário esportivo.
“Desde quando entrei no CBC, estou vendo o quanto essa relação entre a entidade e os atletas é fundamental no crescimento e desenvolvimento, tanto da modalidade, do esporte, dos atletas e até do público”, falou Maurren. “Muitas vezes, uma pessoa acaba se associando no clube porque tem um atleta que já é associado, que compete e que vai disputar uma Olimpíada. Então tem muita coisa envolvida”, completou Paula.
Já no segundo dia, o jornalista esportivo Álvaro José participou de dois painéis. No primeiro, ele explorou sua experiência cobrindo os Jogos Olímpicos e exaltou a participação dos clubes nos últimos 40 anos. Já no segundo, houve um bate-papo entre os medalhistas Lars Grael, Emanuel Rego e André Heller sobre as conquistas representando o país.
“Nós não teremos esporte olímpico no Brasil sem os clubes. O Olimpismo depende totalmente dos clubes no Brasil e não há como mudar isso. Temos grandes exemplos de equipes que foram extremamente relevantes nesse período, como Pinheiros, Flamengo e São Paulo. Nós não teríamos esporte olímpico no Brasil sem eles e precisamos enaltecer o esforço deles”, defendeu Álvaro.
Por fim, o dia do encerramento contou com um painel sobre os investimentos que o Governo Federal vem direcionando para o esporte de alto desempenho. A análise contou com as palavras de gestores e especialistas sobre a distribuição desses recursos.
“É uma honra poder finalizar mais uma edição deste evento tão importante para os clubes e atletas. Esse é um espaço fundamental para que todos possam se reunir e conversar sobre as questões que envolvem a formação aqui no país, já que é um tema que sempre permanece relevante e atrai cada vez mais interesse, ainda mais com a proximidade dos Jogos Olímpicos de Paris”, afirmou Paulo Maciel, presidente do CBC.
Ao todo, mais de 550 pessoas por dia marcaram presença nesta edição do Seminário Nacional de Formação Esportiva. O evento é promovido anualmente pelo Comitê Brasileiro de Clubes.
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