CIDADE DO VÔLEI

Campinas chega à elite do vôlei de praia

Resultado inédito coloca Luiz Felipe Bonilha, de Campinas, no Top 16 do Circuito Brasileiro ao lado de Jonathan Reis, de Maringá-PR

Esportes Já
22/04/2024 às 09:06.
Atualizado em 22/04/2024 às 09:06
Bonilha (à direita) no lugar mais alto do pódio com o parceiro Jonathan na etapa de Saquarema-RJ (Divulgação)

Bonilha (à direita) no lugar mais alto do pódio com o parceiro Jonathan na etapa de Saquarema-RJ (Divulgação)

Não é apenas na versão indoor que o vôlei de Campinas está em alta. Além do Vôlei Renata, que vem obtendo resultados expressivos na fase final da Superliga, a equipe de areia da cidade também atravessa um grande momento. Afinal, pela primeira vez na história, Campinas tem um representante na elite do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Luiz Felipe Maurer Bonilha estará em ação no Top 16 durante a quarta etapa da competição, em Brasília, que acontece entre quarta-feira e sábado. A vaga foi conquistada depois de o jogador de Campinas ganhar o título da terceira etapa, em SaquaremaRJ, no Aberto (espécie de segunda divisão). Ele faz dupla com Jonathan Reis, de Maringá-PR.

“É um resultado inédito para Campinas”, afirma Marcio Oliveira, coordenador e treinador da Associação Campineira de Vôlei de Praia (ACVP), ressaltando a importância da conquista. Ele explica que as competições do circuito nacional começam em fevereiro e se estendem até novembro. São 32 duplas divididas em duas “divisões”, o Aberto e o Top 16, no qual está a elite. “Durante o ano, o sobe e desce entre as duplas é constante conforme a pontuação e o ranking”, expõe, lembrando que Campinas participa há sete anos das competições adultas, entre disputas estaduais e nacionais.

Na etapa de Brasília, o objetivo inicial de Bonilha e Reis é conseguir a manutenção no Top 16. “Como somos o último na classificação na elite, o nosso primeiro jogo vai ser contra a dupla melhor ranqueada”, detalha o atleta de Campinas. “Se nada mudar, iremos enfrentar George e André, que são os prováveis representantes do Brasil na Olimpíada de Paris.” Bonilha explica que a fase de grupos é dupla eliminatória. “Se perdermos os dois jogos, estamos fora. Ganhando só um, vamos para a repescagem. Vencendo os dois, avançamos direto às quartas de final.” Ele lembra que a conquista de uma vitória já deve ser suficiente para a permanência no Top 16 na etapa seguinte.

Os treinos são diários, explica Bonilha. No entanto, não são desempenhados na forma ideal, já que Reis é de Maringá e as atividades acontecem com cada integrante da dupla em sua cidade. “Nos treinos, tudo é pensado dentro do estilo de jogo do parceiro. Nos encontramos apenas nos dias de competição, quando é preciso fazer ajustes mais refinados para conseguir bons resultados.” 

Bonilha tem 25 anos. Começou a jogar vôlei em Santa Catarina e veio para Campinas a convite do extinto Brasil Kirin. Na cidade, foi incorporado ao projeto da ACVP e, em 2019, começou a disputar competições adultas. Hoje, a associação disponibiliza a ele uma estrutura de treinamento, com técnicos e preparador físico específico. A mesma atenção recebe a atleta Fernanda Batistteti, que neste ano também alcançou um resultado inédito para Campinas, no circuito nacional feminino, com a terceira colocação na segunda etapa do Aberto, no Recife, ao lado de Alessandra, de Betim-MG.

“Estou bastante feliz com os resultados, mas sempre à procura de ser melhor que ontem”, diz Fernanda, de 24 anos. “Procuro aceitar o processo para viver o propósito.”

A ACVP conta hoje com 22 atletas, entre masculino e feminino, com ações tanto em projeto de formação quanto alto rendimento.

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