Campeões do passado querem fazer a diferença no futuro

Planejado para ser iniciado a partir no dia 17 de setembro, a principal divisão do Campeonato Municipal do futebol amador de Campinas sempre mostra surpresas e equipes dispostas a confirmarem a sua tradição. Protagonistas da decisão realizada em 2017, Flamengo do Santa Mônica e Cofa, da Vila Costa e Silva demonstram visões diferentes em relação ao planejamento para a atual temporada.

Responsável pela parte financeira do time do Jardim Santa Mônica, o tesoureiro Guilherme Aguiar, de 23 anos, aposta em uma mescla de jogadores veteranos e jovens valores para surpreender no torneio formado por 32 equipes. A prioridade, segundo ele, é trazer um goleiro e um centroavante com rodagem para respaldar os mais jovens. O estilo de jogo, no entanto, não vai mudar. Todo o direcionamento será em cima de uma defesa sólida. “Agarra e vontade não podem faltar nunca”, disse Aguiar.

Por conhecer os meandros da modalidade, o dirigente do Flamengo considera que apontar favoritismo neste momento é medida precipitada. “Escolher um adversário específico é algo difícil. Temos times de respeito como o Parque Brasília, Vila Rica e Boa Vista (atual campeão)”, disse o dirigente, consciente da fórmula do sucesso para se dar bem no futebol amador. “É preciso ter emoção e vontade para fazer. Porque às vezes você pensa que um time vai chegar, mas outro mostra dedicação e faz a diferença”, analisou o dirigente. “O que posso garantir é que vamos fazer a nossa parte, que é atuar com garra e fazer a torcida ter prazer de ver o time jogar”, completou.

Uma visão diferente no processo de preparação tem Cristiano Aparecido dos Reis, de 50 anos, responsável pela administração do COFA. Ele acredita que as dificuldades para montar um time competitivo aumentaram , especialmente na questão financeira. “Nós não temos a ajuda de grandes empresários ou de parceiros com recursos, como acontece com as grandes equipes”, lamentou o dirigente. Dentro de suas possibilidades, Reis revelou que trocou a comissão técnica e tentará viabilizar contratações para deixar a equipe mais competitiva. “O problema é que hoje em dia, o jogador quer receber e deseja dinheiro. É difícil conseguir alguém que jogue por paixão”, lamentou.

Apesar de alguns dissabores, o futebol amador fornece alguns prazeres para Reis, como a revelação de jovens valores. “O Icaraí foi vice-campeão (da Copa Irdival Frezzato) e boa parte da equipe era do nosso time do campeonato municipal do ano passado”, disse. Em 2017, o COFA sagrou-se campeão ao vencer o Flamengo do Santa Mônica.

INSCRIÇÃO

Para conseguir viabilizar times competitivos, tanto Flamengo como Cofa terão um trunfo concedido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. Para a divisão de elite, cada concorrente poderá montar um elenco com 25 jogadores. Desse total, onze jogadores podem atuar, mesmo que tenham atuado nas séries Prata e Bronze. No ano passado, só eram permitidos cinco atletas nesta condição.

Para a segunda fase, os times classificados poderão retirar cinco jogadores do elenco e inscrever outros cinco jogadores e que não poderão ter atuado em outras divisões dos campeonatos organizados pela Prefeitura.

Até o momento estão confirmados para as disputas da divisão de elite, as equipes do Vila Boa Vista, Vila Rica, Grêmio Cafezinho, Parque Brasília, Oziel, Pureza, Campos Elíseos, Cruzeirinho Campo Belo, Monte Cristo, Bangu, Matina, Vila Formosa, Galáticos, Flamengo Santa Mônica, Granada, Bartira´s, Jardim Fernanda, 31 Novo Horizonte, São Marcos, COFA (Vila Costa e Silva), Amigos F.C, Santinho, Carlos Lourenço, Bayern Itajaí, Família Campo Belo, Imperial Vida Nova, São Bernardo, Parque Anhumas, Três Marias, Ademar Barros, Acadêmico e São Luiz.