PONTE 1 X 1 MIRASSOL

Calma e serenidade antes das cobranças

João Brigatti elogia a atuação dos atletas da Ponte contra o Mirassol, mas considera que existe margem para evolução; técnico aguarda recuperação de Iago Dias para jogo de quinta

Esportes Já
22/01/2024 às 09:27.
Atualizado em 22/01/2024 às 09:27
Nos primeiros 90 minutos do Paulistão, João Brigatti detectou muita determinação e espírito de luta por parte dos jogadores. Depois do empate contra o Mirassol, com gol de Jeh (com a mão no ouvido), próximo desafio será pontuar na quinta-feira, quando a Macaca enfrenta o Santos na casa do adversário (Luciano Claudino/Pontepress)

Nos primeiros 90 minutos do Paulistão, João Brigatti detectou muita determinação e espírito de luta por parte dos jogadores. Depois do empate contra o Mirassol, com gol de Jeh (com a mão no ouvido), próximo desafio será pontuar na quinta-feira, quando a Macaca enfrenta o Santos na casa do adversário (Luciano Claudino/Pontepress)

O empate por 1 a 1 com o Mirassol na estreia do Campeonato Paulista foi insuficiente para retirar a convicção do técnico João Brigatti sobre aquilo que a Ponte Preta poderá fazer nas 11 rodadas restantes na competição. Ao contrário do sufoco vivido na última edição da Série B do Campeonato Brasileiro, o comandante e sua comissão técnica acreditam que estão no rumo correto.

Mesmo assim, o pedido de Brigatti na entrevista coletiva foi para que a atuação fosse analisada com serenidade, sem paixões e com uma lupa nos acontecimentos ocorridos na pré-temporada. "Lógico que queríamos a vitória, mas temos que fazer uma análise mais profunda sobre o que foi a nossa pré-temporada, com o Departamento Médico sendo alternado com os treinamentos para alguns atletas. Não é questão de reclamar em relação ao tempo (de treinamento), mas foi muito curto. Tivemos praticamente 15 dias e isso não proporciona qualidade na parte técnica e tática", explicou o treinador.

Outro fator que não pode ser ignorado, na visão de João Brigatti, é a qualidade do adversário, já que o Mirassol bancou a manutenção do técnico Mozart e sustentou a espinha dorsal de 2023. "É uma equipe muito estruturada. Desde o ano passado, eles só contrataram atletas com qualidade. Isso deixou o elenco mais forte", analisou.

Nem tudo é lamento. João Brigatti viu que uma parte do jogo produziu uma perspectiva de dias melhores. "Se você buscar os primeiros 30 minutos, essa é aquela Ponte Preta que queremos ver. Ou seja, uma equipe bem estruturada, que marca forte e que atua próximo às linhas", elogiou Brigatti, rápido em reforçar um compromisso com o torcedor da Alvinegra. "Conseguimos um gol e jamais vou pedir para que minha equipe recue", completou.

Segundo ele, a forte chuva que caiu no Majestoso na hora do jogo foi um ingrediente a mais para aumentar as dificuldades. Diante disso, não há qualquer ressalva em relação ao que foi visto no gramado. "Eu estou muito orgulhoso porque nossos atletas mostraram um espírito guerreiro ."

A criatividade para as próximas rodadas é algo que não foge ao radar da comissão técnica pontepretana. João Brigatti chamou a atenção do fato do armador Elvis demonstrar uma disposição de querer acertar e entrar na forma física ideal. "O torcedor quer a vitória, mas para você buscá-la é preciso prepará-la. É isso o que estamos fazendo", afirmou.

O confronto produziu preocupações como a instabilidade no lado esquerdo, setor em que Igor Inocêncio atuou de maneira improvisada, uma vez que é lateral-direito de origem, e, no final, o lado serviu de brecha para ser explorado pelo Mirassol, o que fragilizou a marcação executada pelo zagueiro Castro.

Em relação ao jogo seguinte contra o Santos, na quinta-feira, a expectativa é contar com a presença do atacante Iago Dias. Ele sofreu uma lesão no gramado no sábado, na estreia contra o Mirassol, mas já entrou em tratamento intensivo. Além disso, a expectativa é que o atacante Renato reúna as condições físicas ideais para atuar durante os 90 minutos. "O Renato estava com muitas dores por todo o corpo e não conseguiu sequer ir para o banco", esclareceu Brigatti.

O técnico pontepretano recebeu ainda a chegada do armador Dudu, que veio do Athletico-PR. Diante disso, ele não descarta a contratação de mais atletas para incrementar suas alternativas de jogo. "Estamos trabalhando com a diretoria, pois precisamos de duas ou três peças. O mercado está difícil e inflacionado. Aos poucos vamos conseguir fazer uma Ponte Preta forte." 

João Brigatti aproveitou a entrevista coletiva para enaltecer alguns destaques. O primeiro foi o goleiro Pedro Rocha, que fez sua estreia como titular da equipe profissional. A missão do arqueiro, também conhecido como Pedrão, é substituir Caíque França, hoje no Sport-PE. Para o técnico e ex-goleiro da Macaca, a atuação de Pedro Rocha não foi surpresa. "Já trabalhamos com o Pedro (Rocha) e sabemos de sua qualidade, assim como a do Luan (Ribeiro). São goleiros que honram a tradição da Ponte Preta de revelar grandes valores."

Quanto ao centroavante Jeh, autor do gol da Alvinegra, os holofotes são colocados não somente sobre o seu poder de arremate, mas principalmente pelo entendimento e compreensão exibido em relação à metodologia de trabalho.

"Ele consegue extrair um entendimento melhor de jogo. Isso é muito importante. Se puxarmos o histórico do Jeh, veremos que ele começou muito tarde e não passou nem pelas categorias de base. Hoje, ele é atacante titular da Ponte Preta, tem qualidade e faro de gol”, analisou Brigatti, sem deixar de revelar que tenta aconselhar o atleta de 24 anos. "Conversamos bastante e ele tem entendimento . Passamos tudo isso para melhorar a qualidade técnica dele", arrematou o treinador.

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