RIVALIDADE

Bate bola com advogados torcedores

Adelaide Albergaria e Haroldo Cardella falam sobre seus times do coração

Esportes Já
06/02/2023 às 09:52.
Atualizado em 06/02/2023 às 09:52
Bate bola com advogados torcedores (Arquivo pessoal)

Bate bola com advogados torcedores (Arquivo pessoal)

Professora e advogada criminalista, Adelaide Albergaria tem uma outra paixão: o amor pela Ponte Preta. Nesta conversa com o Esportes Já, a advogada faz uma viagem no tempo e recorda craques e passagens marcantes da Macaca. Ela enaltece profissionais que hoje são adversários da Ponte Preta na Série A-2, como o técnico Sérgio Guedes, atualmente na Portuguesa Santista. E não esconde a rivalidade com o Guarani, cujo encontro já está marcado para a próxima edição da Série B do Campeonato Brasileiro. Confira a conversa:

Por que você escolheu a Ponte Preta com o time do coração? 

Eu nasci Pontepretana, não foi uma escolha. Já o era desde o ventre da minha mãe. Meu pai, torcedor fanático da Ponte, conseguiu transferir aos filhos o amor pela Macaca. 

Que recordações você tem da primeira vez que esteve no estádio Moisés Lucarelli? 

A minha primeira lembrança de um jogo da Ponte é de 1975, no Majestoso. Eu estava para completar 4 anos e fui a um jogo com meu pai. Não me lembro qual era o adversário da Ponte, só me lembro que sai feliz e cantando pois a Ponte havia vencido. A alegria contagiante da torcida e o tamanho do estádio, que para mim, próximo de completar 4 anos, era imenso, me seduziram. Me lembro de ter sonhado com o estádio. 

Que jogo é inesquecível para você? Por que? 

Jogo inesquecível para mim foi da Ponte contra o Rio Preto em 10 de fevereiro de 2008. Foi um jogo difícil. Chovia muito. Naquele ano a Ponte montava uma campanha memorável no Campeonato Paulista. Depois da retomada da partida, que ficou paralisada por conta da chuva, Marcelo Soares fez um gol e garantiu a vitória da Ponte. 

Que partida você prefere esquecer? Por que? 

Prefiro esquecer o pesadelo da derrota para o Corinthians em 2017 (derrota por 4 a 0). Não quero lembrar. Tenho até pesadelos com aquele jogo! 

O que não pode faltar em jogo da Ponte Preta? 

No jogo da Ponte não pode faltar a apresentação de dança do Gorilão. Fiquei feliz que ele tenha voltado. 

Qual o principal jogador da história da Ponte Preta? Por que? 

Principal jogador foi Dicá, sem dúvidas! Foi um exímio cobrador de faltas. O William Potttker foi marcante na história da Ponte. Excelente atacante. Agora, o melhor goleiro foi o Aranha. Sem dúvidas. 

Qual o técnico inesquecível da história da Ponte Preta?Por que? 

Para mim, o técnico inesquecível foi o Sérgio Guedes. Na minha opinião, o melhor. Conseguia exercer a liderança com os jogadores de forma harmônica . 

Que jogador que atuou pelo Guarani que você gostaria que tivesse jogado pela Ponte Preta? 

Gostaria que o Zenon tivesse jogado na Ponte. 

Qual o gol mais bonito ou marcante anotado pela Ponte Preta e que você presenciou ao vivo no estádio? 

O gol mais bonito da Ponte, na minha opinião, foi o primeiro do Maycon contra o Santa Cruz em 2016. 

Como torcedora, o que significa o dérbi para você? 

Derbi para mim é adrenalina pura. Costumo dizer que na semana que antecede ao Derbi eu sofro de TPD (Tensão Pré Derbi). (risos) 

Como você definiria o seu rival o Guarani? 

O meu rival (não falo o nome) é um mal necessário. Meu rival, sempre que perde, me dá grandes alegrias (risos). 

Complete a frase. Ser pontepretana é… 

Ser pontepretana não se explica. Se sente! Me perguntam se eu gosto de futebol e eu respondo: Não! Eu gosto é da Ponte! Macaca querida, Amor da Minha Vida!

"Desde muito cedo eu frequentava os campos de areia do Guarani"

Advogado reconhecido na cidade de Campinas, Haroldo Cardella tem no Guarani a sua paixão. E sobre o Guarani que ele fala neste papo ao Esportes Já:

Esportes Já - Porque você escolheu o Guarani como time do coração? 

Haroldo Cardella - Desde muito cedo eu frequentava os campos de areia do Guarani nos campeonatos de dente de leite que ali acontecia em espaços localizados atrás do Tobogã. Obviamente, com essa convivência eu me aproximei do futebol profissional e com a ascensão do Guarani na década de 1970 eu escolhi o clube. 

Que recordações você tem da primeira vez que esteve no estádio Brinco de Ouro? 

Quando eu tinha meus 10 ou 12 anos, nós esperávamos a semana inteira para disputar o dente de leite e sempre estávamos dentro de um grupo de crianças e adolescentes para assistirmos aos jogos do Guarani. 

Que jogo é inesquecível para você? Por que? 

O jogo inesquecível é a semifinal do Campeonato Paulista de 2012, quando o Guarani ganhou de virada da Ponte Preta por 3 a 1 e com dois gols de Medina. Foi uma partida que mexeu muito com a cidade durante a semana. 

Que partida você prefere esquecer? Por que? 

Temos duas partidas que preferimos esquecer. A primeira é a final do Campeonato de 1988 contra o Corinthians. O Guarani tomou um gol na prorrogação do Viola. Foi uma pena. E a final do Campeonato Brasileiro de 1986 (realizado em fevereiro de 1987) que também foi inesquecível. Eu tinha comprado a faixa de campeão, de bicampeão brasileiro, algo que o São Paulo ainda não era. E neste jogo tivemos provavelmente um dos piores escândalos de arbitragem, que foi o pênalti que não foi marcado pelo João Paulo pelo José de Assis Aragão. 

O que não pode faltar em um jogo do Guarani? 

Sem dúvida nenhuma a torcida. É uma torcida vibrante. O jogo fica mais emocionante e aquilo é muito bonito. 

Qual o principal jogador da história do Guarani? Por que? 

Falar de um jogo principal do Guarani seria difícil porque o clube foi um celeiro de grandes jogadores. Mas já que precisamos escolher, eu fico com o Careca. Sou fã. Mas não podemos esquecer de Jorge Mendonça.. 

Qual o técnico inesquecível da história do Guarani? Por que? 

Carlos Alberto Silva, Vadão, Carbone são grandes nomes. Mas eu vou escolher Carlos Gainete (técnico vice-campeão brasileiro em 1986). O time montado em 1986 foi um dos mais brilhantes times da história. 

Que jogador que atuou pela Ponte Preta que você gostaria que tivesse jogado pelo Guarani? 

Eu acho que o Renato Cajá foi um armador tradicional, camisa 10 e foi um jogador que gostaria que vestisse a camisa do Guarani por seu brilhantismo. 

Qual o gol mais bonito ou marcante anotado pelo Guarani e que você presenciou ao vivo no estádio? 

O gol de Neto na final do Campeonato Paulista de 1988, no estádio do Morumbi, de bicicleta, foi um gol que marca o brilhantismo do Guarani daquela época. 

Como torcedor, o que significa o dérbi para você? 

O dérbi significa tudo. É o jogo mais esperado do ano. Às vezes representa muito mais do que o campeonato em si. 

Como você definiria a sua rival, a Ponte Preta? 

Eu definiria a Ponte Preta como guerreira. A Ponte Preta tem uma história bonita de antiguidade, de grandes times, mas curiosamente a Ponte Preta não conseguiu até hoje a sua conquista de um campeonato como campeã. 

Complete a frase. Ser bugrino é… 

Ser bugrino é ser resiliente. O Guarani viveu seu auge nos anos 1970 e anos 1980 e teve grandes dificuldades administrativas e financeiras que persistem até hoje. É importante que o Guarani volte a ser aquele clube dos anos 1970 e 1980.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por