Dez atletas de Campinas representaram a seleção no torneio disputado em Aguascalientes entre 11 e 19 de julho
Atletas do Clube Fonte São Paulo que viajaram ao México: experiência internacional (Divulgação)
Apesar de ser uma potência na América do Sul, o badminton brasileiro segue bem distante da força de países como Estados Unidos e Canadá e ainda busca superar uma pequena desvantagem em relação ao México e concorrentes da América Central. Esse panorama ficou demonstrado durante a disputa do Pan-Americano de base da modalidade, que aconteceu entre 11 e 19 de julho, em Aguascalientes, no México. Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil ficou sem medalha na competição que envolveu mais de 300 atletas de 15 países, do sub-13 até o sub-19, e foi dominada pelos norte-americanos.
No torneio por equipes, exclusivo da categoria sub-19, a seleção brasileira perdeu a disputa da medalha de bronze para o México e terminou na quarta colocação. Juliana Murozaki, do Clube Fonte São Paulo, e Alexia Vasconcellos, da Sociedade Hípica de Campinas, foram as representantes de Campinas na equipe nacional. A cidade teve outros oito atletas, todos da Fonte, presentes nas competições individuais. Apesar de não terem conquistado medalhas, o desempenho foi considerado bom pelo clube. Alguns chegaram até as quartas de final e foram superados pelos Estados Unidos. A última vez que o Brasil chegou ao pódio no Pan de base foi em 2022, com a conquista do bronze por equipes. Alexia Vasconcellos, então atleta da Fonte, foi a representante de Campinas na ocasião.
Presente em Aguascalientes, o técnico da Fonte, Rodrigo Ferreira, defende uma atenção maior por parte da Confederação Brasileira de Badminton (CBBd) aos trabalhos de base realizados em várias partes do país. “É necessário mais investimento nos treinadores que atuam com esses jovens e falta também um modelo de desenvolvimento do badminton nacional, que poderia auxiliar muitos técnicos a avançarem no trabalho com seus jogadores”, sugere.
Para Ferreira, o Pan no México mostrou uma diferença técnica gritante numa comparação entre os jovens atletas brasileiros e norte-americanos, apesar de fisicamente observar um equilíbrio. “Os americanos demonstram uma variedade maior de batidas e uma consistência muito mais avançada que a nossa durante os rallys”, avaliou. Para se aproximar do nível técnico dos norte-americanos, o Brasil precisa ter uma maior presença em torneios internacionais, acredita Ferreira. “É sempre um aprendizado muito grande jogar essas competições, além de motivar nossos atletas a querer atingir o nível dos adversários.”
Embora os Estados Unidos sejam uma referência ocidental do badminton, Ferreira diz que os asiáticos ainda estão muito à frente em um contexto mundial. Nos Jogos Olímpicos de Paris, a China segue como favorita ao ouro, aponta.
FUTUROS COMPROMISSOS
Representado pela Fonte, Campinas foi campeã dos Jogos Regionais no badminton em Bragança Paulista na última semana e garantiu classificação para os Jogos Abertos do Interior, em novembro, ainda em local indefinido. Neste segundo semestre, a equipe participará de competições em nível nacional e tem a possibilidade ainda de disputar o Mundial Escolar em outubro, no Bahrain. Em dezembro, no Chile, acontece o Sul-Americano da modalidade.
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