CAMPINAS BIKE CLUBE

Aventura em duas rodas, a arte de pedalar

Os passeios, chamados de pedais, são articulados dentro de critérios de organização e segurança

Esportes Já
13/02/2023 às 10:31.
Atualizado em 13/02/2023 às 10:31
O Campinas Bike Clube tem cerca de 1 mil associados hoje, depois de começar há 18 anos com um grupo de 20 ciclistas que tinham o objetivo de se reunir para pedalar com mais segurança pela cidade e em trilhas: diversão e saúde (Divulgação)

O Campinas Bike Clube tem cerca de 1 mil associados hoje, depois de começar há 18 anos com um grupo de 20 ciclistas que tinham o objetivo de se reunir para pedalar com mais segurança pela cidade e em trilhas: diversão e saúde (Divulgação)

A brincadeira começou com um grupo de 20 ciclistas há 18 anos. O objetivo era se reunir para pedalar com mais segurança pela cidade e em trilhas. O tempo passou e a prática foi virando coisa séria. Aquele grupo cresceu e hoje o Campinas Bike Clube (CBC) reúne cerca de 1000 associados, muitos com várias histórias para contar sobre as aventuras vividas em duas rodas. 

Atual presidente do clube, Luís Carlos Rosa se apaixonou por ciclismo em 2002, quando já tinha 36 anos. E depois das primeiras pedaladas, não conseguiu mais parar.

“Por motivo de saúde, precisei praticar um esporte e me encontrei no ciclismo. Estava com pressão alta, sobrepeso e ansiedade e tudo isso passou após começar a pedalar. Desde então, já fiz 14 cicloviagens por vários estados do Brasil”, conta Rosa, hoje com 58 anos de idade. “Atualmente, uso a bike como meio de transporte para o trabalho e também para lazer. A prática mudou a minha vida, me trouxe mais saúde, disposição e liberdade. Além disso, fiz inúmeras amizades através do pedal.” 

Rosa conheceu o Campinas Bike Clube em 2004 no Parque Taquaral, onde os associados costumam se reunir para as largadas nos passeios. A partir de então, passou a se envolver cada vez mais com as atividades e se tornou testemunha de grandes histórias. “Temos vários casos de pessoas que se conheceram durante os passeios, se apaixonaram e acabaram casando”, conta. 

Os passeios, chamados de pedais, são articulados dentro de critérios de organização e segurança. Os regulares acontecem toda terça e quinta a partir das 20h, com largada no Portão 2 do Taquaral. “Normalmente, saem grupos divididos em três níveis de pedal”, explica Rosa. Os níveis estão divididos da seguinte forma: Iniciante ou Light (percurso de 20km, com duração de 1h à 2h e poucas subidas); Intermediário (percurso de 25km a 35km, com duração de 2h à 2h30) e Avançado (percurso acima de 50km). 

Cada nível conta com uma equipe de apoio formada por staffs, guias e fechador (aquele que fica situado onde fecha o pelotão). “Eles se comunicam por rádio e todos os integrantes dos staffs têm cursos de primeiros socorros”, detalha o presidente do CBC, destacando que os passeios são abertos e gratuitos, mas com condições de participação. “Exigimos capacete, farol, pisca traseiro e a bicicleta tem que ser MTB (Mountain Bike). Orientamos também a respeitarem as regras de trânsito.” 

Os pedais também acontecem aos sábados, a partir das 16h, nos níveis Interlight (percurso de 25km a 32km) e Interavançado (40km a 45km). “E aos domingos, temos o Pedal Café com Trem, com saída às 7h e percurso de 32km a 40km”, informa Rosa.

DESBRAVANDO TRILHAS 

Os passeios em trilhas são os chamados Pedais Especiais, realizados uma vez por mês. “Já fizemos algumas vezes a descida da estrada de manutenção da Rodovia dos Imigrantes, que passa por dentro do Núcleo Itutinga-Pilões (no Parque Estadual Serra do Mar) e leva até Santos. Fazemos ainda todo ano a volta na represa Atibainha, em Nazaré Paulista. Também iniciamos o projeto de cicloturismo em 2022, quando percorremos o Caminho da Fé com 15 ciclistas do clube em cinco dias. Nesse ano de 2023, estaremos no Caminho da Fé novamente com dois grupos, um vai fazer em quatro dias e outro em cinco”, explica Luís Carlos Rosa, presidente do Campinas Bike Clube. 

Para os passeios em trilhas mais distantes, o clube cobra uma taxa de participação. “Até porque incluímos carros de apoio, com águas, frutas, mecânicos e kit de primeiros socorros”, justifica Rosa.

PROJETO SOCIAL 

Além dos passeios, a ação de ajuda a comunidades carentes também é uma das frentes do CBC. O Projeto Reviva Bike conta com parceiros que trabalham na recuperação de bicicletas doadas para serem, posteriormente, encaminhadas à entidades assistenciais.

“Dentre os beneficiados estão o Instituto Padre Haroldo, onde as bikes são utilizadas pelos jovens em recuperação para transporte e inserção no mercado de trabalho. Também já enviamos bikes infantis para crianças carentes da Paraíba e Piauí por meio da comunidade Capadócia em Campinas”, diz o presidente da associação, que também é técnico em telecomunicações e auxiliador na pavimentação das trilhas por uma vida melhor por meio do esporte.

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