Marlene dos Santos, de 24 anos, foi prata na prova dos 400 metros com barreiras, no Chile (Wagner Carmo/CBAt)
Uma temporada inesquecível. É dessa maneira que Marlene dos Santos vai lembrar de 2023. A velocista da Orcampi foi medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos em Santiago, no Chile, na prova dos 400 metros com barreiras, conquistando a sua terceira melhor marca no ano: 57.18. Com o resultado, a atleta deu um importante passo para alcançar uma vaga em Paris 2024 por meio do sistema de pontos, assim como Tiffani Marinho, que também ganhou medalhas em Santiago, e Marcio Teles, outro integrante da equipe campineira presente no Pan.
Vice-campeã mundial universitária (China) nos 400m com barreira, sétima colocada no Troféu Brasil 2023 na mesma prova, integrante do revezamento 4x400 metros misto campeão do Troféu Brasil e vencedora dos Jogos Abertos do Interior, Marlene celebra. “Fiz uma preparação perfeita para o Pan e estava muito confiante”, comenta sobre a competição realizada de 20 de outubro a 5 de novembro. “Eu não tenho palavras para descrever tamanha realização, só agradecer mesmo. É a concretização de um trabalho que está dando certo e que tem muita coisa pela frente ainda”, comemora a atleta de 24 anos.
A disputa em Santiago foi realizada na sexta-feira (3/11), entretanto, a premiação só ocorreu no dia seguinte. Inicialmente, Marlene foi declarada segunda colocada, mas em seguida a organização desclassificou a panamenha Gianna Woodruff por empurrar uma barreira ao invés de transpô-la. Sendo assim, Marlene foi considerada a vencedora. Paralelo a isso, o Panamá entrou com um recurso para reverter a decisão da arbitragem, o que acabou acontecendo, e Marlene foi declarada vice-campeã Pan-Americana.
Segundo a brasileira, os objetivos para a próxima temporada já estão traçados. “Disputar os Jogos Olímpicos é meu maior objetivo e a realização de um sonho. Tóquio escapou, mas em Paris eu estarei. É seguir trabalhando firme que vai dar certo”, planeja.
Tiffani Marinho integrou a equipe de revezamento 4x400 metros misto que ficou com a prata no Pan (Wagner Carmo/CBAt)
Outra atleta da Orcampi que também se destacou no Pan foi a velocista Tiffani Marinho. Ela conquistou duas medalhas com os revezamentos brasileiros: 2º lugar no 4x400 metros misto, e 3º no 4x400 metros feminino, além da sexta colocação em sua prova individual, os 400 metros rasos.
“Ela foi muito bem nos revezamentos, no total fez quatro provas se somarmos com a semifinal e final individual e saiu com duas medalhas”, explica Evandro Lázari, treinador da Orcampi, enfatizando que o Pan-Americano de Santiago foi realizado em uma época atípica do calendário clássico, quando os atletas já estão no período de base para o ano seguinte. “Foi o primeiro Pan da Marlene e da Tiffani, as duas conquistaram medalhas. Agora é seguir com o trabalho e dar continuidade na temporada 2024, que nós já começamos. O foco é buscar a classificação para os Jogos de Paris.”
Segundo Evandro, Marlene está em torno de seis posições abaixo da pontuação necessária para chegar à Olimpíada. “Fazendo um bom início de 2024, ela está dentro. Se tudo der certo, a Tiffani, que já está em boa posição, e o Marcio Teles também vão.” Teles, que esteve nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e de Tóquio, foi 7º colocado nos 400 metros com barreiras em Santiago.
A Orcampi também teve mais dois atletas no Chile. Valdileia Martins, que disputou o Campeonato Mundial de Budapeste, foi 5ª colocada no salto em altura. Já Thiago do Rosário ficou na sexta colocação nos 1.500 metros.
CAMPINAS CONTRIBUI PARA CAMPANHA HISTÓRICA NO PAN
A campanha histórica no Brasil nos Jogos Pan-Americanos de 2023, encerrados domingo dia 5 de novembro, em Santiago, no Chile, contou com a contribuição de atletas, técnicos e dirigentes de Campinas, não só no atletismo, mas também no basquete feminino e vôlei masculino.
O país ficou na vice-liderança do Pan, atrás somente dos Estados Unidos e boa vantagem sobre o México e o Canadá, com 66 medalhas de ouro, 73 de prata e 66 de bronze.
A seleção brasileira de basquete feminino ganhou a 5ª medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos e três atletas da Unimed Campinas integraram a delegação: a armadora Ana Beatriz Oliveira, a ala Carina dos Santos e a pivô Licinara Bispo.
O vôlei masculino também conquistou o ouro. A seleção foi comandada pelo técnico Giuliano Ribas, o Juba, integrante da comissão técnica do Vôlei Renata.
Marcio Teles tem boas chances de repetir Rio de Janeiro e Tóquio e carimbar vaga (Wagner Carmo/CBAt)
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