Em 10 dias, as três vitórias deram tranquilidade do técnico Felipe Moreira
O zagueiro Fábio Sanches deu uma entrada forte em William Pottker e foi expulso; Desfalque para o jogo contra o Tombense (Frederico Tadeu- Avaí F.C)
Sem efetuar mudanças na Comissão Técnica e após ultrapassar desfalques por problemas de lesões e suspensões, a Ponte Preta efetuou em 10 dias uma reação na Série B do Campeonato Brasileiro que lhe permitiu abrir distância da zona do rebaixamento e proporcionar tranquilidade ao trabalho do técnico Felipe Moreira. Apesar da melhoria no gramado, a equipe ainda não conseguiu figurar entre os 10 primeiros colocados na classificação geral.
Quando a Ponte Preta perdeu para o Atlético GO por 1 a 0, no dia 23 de junho, na casa do adversário, o quadro era delicado. A equipe campineira tinha 12 pontos e encontrava-se apenas a um ponto da zona do rebaixamento, cujo primeiro integrante era a Chapecoense. O cenário começou a mudar no dia 28 de junho, quando a Alvinegra venceu fora de casa o Ituano por 1 a 0, graças a uma conclusão de Paulo Baya. A Ponte Preta terminou a 14ª rodada com 15 pontos e tinha quatro pontos de vantagem para o Londrina, que inaugurou o Z4. O quadro ficou ainda melhor na 15º rodada com o triunfo diante do Novorizontino por 1 a 0 no dia 02 de julho. Felipe Moreira viu seu time alcançar os 18 pontos, a 14ª posição e aumentar a distância da zona da degola para seis pontos, que na ocasião era aberta ainda pela equipe catarinense.
Com os três pontos faturados diante do Avaí, no último sábado, dia 08 de julho, a Macaca já sabe que, na pior das hipóteses, vai precisar de um péssimo desempenho em três rodadas consecutivas para entrar na zona do rebaixamento.
Para que tal hipótese seja afastada, o técnico Felipe Moreira terá uma semana inteira de treinamentos para buscar soluções para o jogo diante do Tombense, sábado, às 17 horas, no Majestoso. Mas existem novos entraves. Apesar de ter sido o autor do gol vitorioso em Florianópolis, o volante Felipe Amaral vai cumprir suspensão automática por ter tomado o terceiro cartão amarelo. Outra ausência será o zagueiro Fábio Sanches, expulso na partida no estádio da Ressacada.
Em relação ao Departamento Médico, novas dúvidas: o armador Elvis e o volante Léo Naldi estão em processo de recuperação de problema muscular e ainda não há definição em relação ao retorno. O atacante Pablo Dyego continua em tratamento de uma torção no tornozelo, enquanto que Jeh operou na semana passada para retirada de uma hérnia de disco. A previsão de recuperação é de seis semanas.
Para as próximas rodadas, outros atletas devem tomar cuidados por se encontrarem pendurados com dois cartões amarelos. Os atletas na berlinda são o volante e meia Ramon Carvalho, o volante Felipinho e o zagueiro Edson. Apesar das dúvidas na escalação, o treinador pontepretano já estipulou a vivência de uma nova fase. “São três vitórias (consecutivas) e isso não ocorria desde 2020. Isso comprova uma Ponte Preta unida, com comissão técnica, jogadores unidos e com a torcida ao lado. Vamos ficar cada vez mais fortes”, disse o técnico. “Hoje a Ponte Preta é uma só. Está todo mundo trabalhando muito sério para conseguir os objetivos traçados”, completou Felipe Moreira. Para a continuidade da Série B, Felipe Moreira considera que existe possibilidade de acalentar ambições maiores. “Teremos dois jogos em casa (contra Tombense e Juventude) para terminarmos (o primeiro turno) em situação boa de virada de turno e brigando no bloco de cima e saindo dessa zona incômoda”, completou o técnico.
ASSINATURA COM A LIBRA
Nos bastidores, a Ponte Preta celebra a assinatura de contrato com a Libra, ocorrida na sexta-feira. O fundo árabe Mubadala ofereceu o pagamento à vista um valor aos clubes em troca de 12,5% sobre seus direitos de transmissão por 50 anos. O acordo, no entanto, ainda não foi sacramentado. Para atrair os clubes da Série B, cada um receberá R$ 3 milhões como adiantamento pelo acordo.
No caso da Ponte Preta, para receber o adiantamento, o clube encaminhou uma carta de intenções e que foi aprovada no dia 03 de julho de maneira unânime pelo Conselho Deliberativo. A perspectiva agora é a quitação das luvas, que devem ser de R$ 80 milhões e cujo pagamento será efetuado em uma prazo de 18 meses a 24 meses e em três parcelas. De acordo com a Diretoria Executiva da Ponte Preta, a destinação do dinheiro será definida pelos 300 componentes do Conselho Deliberativo, em reunião a ser convocada para o futuro.