Lucão: “Enquanto houver chance, eu sou o primeiro a levantar a mão” (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
A conclusão da rodada 35 na última terça-feira deixou o Guarani a quatro pontos do G4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Faltando três jogos para o fim da competição, o time de Campinas projeta 100% de aproveitamento nesta reta final para chegar na última rodada com o sonho do acesso realizado. Missão impossível? “Não”, responde o zagueiro Lucão, que ontem deu entrevista coletiva no Brinco de Ouro. O jogador, aliás, passou um recado para os incrédulos. “Podemos ter surpresas positivas nessas últimas três rodadas”, avisa.
Lucão começou a entrevista com uma mensagem de otimismo. “Enquanto houver chance, eu sou o primeiro a levantar a mão e dizer que acredito e tenho fé de que ainda é possível. E esse é o sentimento de todo o grupo”, disse o jogador, que acrescenta. “Pode ser que já estejam nos tirando da briga pelo acesso, mas esse cenário pode mudar.”
Há cinco jogos sem vencer e há quatro sem marcar gol, o Guarani precisa mudar a postura para reviver seus melhores momentos na competição, avalia Lucão. “Não quero fazer um discurso bonitinho para a torcida. Precisamos pontuar o que precisa ser feito. E a realidade é que nosso desempenho está muito abaixo, precisamos mudar isso, voltar a combater em todas as linhas, ganhar duelos e divididas. Quando colocamos tudo isso em campo, nosso time consegue ser superior aos adversários.”
O zagueiro lembra que o grupo já conseguiu reverter situações semelhantes dentro da competição. Antes da chegada do técnico Umberto Louzer, o Guarani amargava um jejum de seis partidas e, após se recuperar, passou a brigar pelo G4, chegando, inclusive, a ocupar a vice-liderança da Série B. “Na ocasião em que precisamos reagir no momento de pressão, demos uma resposta”, recorda.
Para Lucão, um dos fatores determinantes para a queda de produção do time nas últimas partidas foi a ansiedade. “Chegamos em um momento em que passamos a brigar na parte de cima da tabela e isso gerou uma expectativa. Pontuo a ansiedade como um dos fatores que provocaram esses percalços”, afirma, sem deixar de destacar a força do grupo. “Hoje, não vencemos há cinco jogos, não marcamos gol há quatro e mesmo assim estamos brigando, com chances. Algo está reservado.”
PREPARAÇÃO
Tempo não falta para o Guarani tentar corrigir os erros em busca da reação. A próxima partida será apenas onze dias depois do último duelo, o empate com o Londrina por 0 a 0, na sexta-feira passada. “Esse período está sendo importante para corrigir alguns erros”, afirma Lucão, que voltará a compor a linha de zaga depois de cumprir suspensão na última partida.
O jogador garante que o Criciúma, adversário de terçafeira, no Brinco de Ouro, está sendo bem estudado. Tratase de um concorrente direto do Guarani pelo acesso e que depois de vencer o ABC por 1 a 0 na última terça, saltou para a vice-liderança e afastou ainda mais o Bugre do grupo dos quatro primeiros. “É um time que, como nós, gosta de ficar com a bola, mas também tem rápidas transições e finaliza bem. Precisamos ficar atentos.”
Além de Lucão, Louzer também poderá contar com o retorno de Walber, recuperado de lesão muscular. O zagueiro deve ser o substituto de Alan Santos, que cumprirá suspensão por ter sido expulso em Londrina. Ivan Alvariño é a outra opção. No treino desta quarta-feira, a novidade em campo foi o meia Régis, que ainda se recupera de dores no joelho. Já o atacante Bruno José, com persistentes dores no pé, segue no departamento médico.
SEQUÊNCIA
Depois do Criciúma, o Guarani terá pela frente o lanterna e rebaixado ABC, também no Brinco de Ouro, e encerra a temporada diante do AtléticoGO, em Goiânia. Fábio Sanches assegura que os jogadores vão reagir na reta final Lucão: “Enquanto houver chance, eu sou o primeiro a levantar a mão” Esportes Marcelo Fernandes Técnico do Santos Diego Almeida-Ponte Preta Thomaz Marost