ORÇAMENTO

Venda de atletas pode aliviar crise financeira

Negociações de João Victor, Caio Dantas e Bueno podem render R$ 4 milhões

Silvio Begatti
21/12/2024 às 11:53.
Atualizado em 21/12/2024 às 11:53
João Victor deve seguir para o Japão na primeira quinzena de janeiro (Raphael Silvestre\Guarani FC)

João Victor deve seguir para o Japão na primeira quinzena de janeiro (Raphael Silvestre\Guarani FC)

Depois de anunciar um impacto de aproximadamente 50% no orçamento em razão do rebaixamento do time à Série C, o Guarani se mobiliza em busca de alternativas para tentar equilibrar o caixa na temporada de 2025. E a principal fonte de receita para amenizar a crise financeira foi detectada dentro do próprio elenco. Os atacantes Caio Dantas e João Victor, além do volante Matheus Buenos, têm contratos mais longos e representam um ativo importante no mercado. O trio pode render aos cofres do clube uma receita superior a R$ 4 milhões. 

João Victor já traz dividendos para o clube. O empréstimo do atacante ao Tokushima Vortis até o fim de 2025, clube da segunda divisão do futebol japonês, renderá ao Guarani um valor inicial de R$ 1 milhão. Caso o Tokushima exerça a opção de compra, o Bugre receberá mais R$ 1,5 milhão. 

Assim, o total da operação pode representar um adicional de R$ 2,5 milhões ao alviverde, que tem 70% dos direitos econômicos do atleta, cujo contrato vai até 31 de dezembro de 2026. João Victor, que está no Brinco de Ouro desde abril de 2023, deve seguir para o Japão na primeira quinzena de janeiro junto com a família. 

Caio Dantas também pode ser vendido para o futebol do continente asiático. Há uma proposta da Coreia em avaliação. Outros clubes brasileiros manifestaram interesse no atacante, que vale R$ 1 milhão. A venda já estava praticamente consumada com o Atlético-GO, que daria em torno de R$ 600 mil em dinheiro e mais o empréstimo de dois jogadores. Mas o Guarani recuou na negociação diante de propostas mais vantajosas do mercado. O atacante tem contrato com o Guarani até 30 de novembro de 2025. 

Matheus Bueno é outro que pode reforçar o caixa bugrino. O executivo de futebol Rodrigo Pastana diz que o clube avalia propostas pelo volante, cujo valor de mercado não foi revelado. O Coritiba chegou a manifestar interesse, mas, a princípio, as negociações não avançaram. O contrato do jogador com o Guarani vai até 30 de junho do próximo ano. 

Paralelamente às negociações de atletas, o Guarani trabalha na captação de patrocínio. O clube anunciou no início de dezembro o encaminhamento das renovações de contrato com 11 parceiros. Na ocasião, garantiu que cinco dos patrocinadores já estavam confirmados na camisa do Bugre para 2025 e seis estavam em fase final de negociação. 

"Seguimos buscando ainda mais acordos para proporcionar as melhores condições econômicas possíveis para a próxima temporada", afirmou Adriano Hintze, membro do Conselho de Administração (CA), responsável pela pasta de marketing. "Clube e empresas seguem com confiança mútua e apostando na credibilidade do Guarani no mercado", completou. 

O aluguel do Brinco de Ouro para partidas dos times da capital paulista também é considerado um importante meio de captação de recursos, embora os valores não sejam revelados por questão contratual. A pontapé inicial da parceria começou neste ano, quando dois jogos com mando do Palmeiras e um com o do São Paulo aconteceram no estádio, além da final do Campeonato Paulista Feminino entre Palmeiras e Corinthians. 

Recentemente, o Brinco de Ouro passou por reformas, o que reconduziu o estádio à condição de importante praça esportiva no Interior. Iluminação nova foi instalada e a capacidade passou de 18.170 para 20.580 pessoas depois da construção de novas saídas de emergência e readequação de algumas entradas. A qualidade do gramado reforçou o atrativo do estádio e a promessa da diretoria é manter o padrão do piso para 2025.

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