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Umberto lamenta empate amargo

O empate sofrido pelo Guarani diante do Goiás nos acréscimos do segundo tempo deixou um gosto bastante amargo para Umberto Louzer

Carlos Rodrigues
19/05/2018 às 19:40.
Atualizado em 28/04/2022 às 09:22
Umberto Louzer: "É bom pontuar fora de casa, ainda mais contra o Goiás, mas a sensação era de que a gente poderia sair com os três pontos" (Guarani Press)

Umberto Louzer: "É bom pontuar fora de casa, ainda mais contra o Goiás, mas a sensação era de que a gente poderia sair com os três pontos" (Guarani Press)

O empate sofrido pelo Guarani diante do Goiás nos acréscimos do segundo tempo deixou um gosto bastante amargo para Umberto Louzer. A segunda vitória consecutiva na Série B do Brasileiro — e a primeira fora de casa — estava nas mãos do Bugre, mas escapou em um lance de desatenção defensiva, algo que o técnico tanto se preocupou na semana que antecedeu a partida. Não à toa, o sentimento foi de derrota pelas circunstâncias em que o resultado no Serra Dourada foi construído. “A gente sai com sentimento de derrota. É bom pontuar fora de casa, ainda mais contra um adversário como o Goiás, mas a sensação era de que poderia sair com os três pontos. Vamos procurar continuar com o processo de evolução para conseguir os objetivos de vitória”, disse o comandante. Louzer gostou do que viu no primeiro tempo. Com uma postura mais cautelosa, o Bugre conseguiu impedir os avanços do Goiás, mas, por outro lado, sofreu com a falta de agressividade do ataque, que praticamente não levou perigo ao gol adversário. “No primeiro tempo trabalhamos em função da característica do Goiás. Preenchemos o setor de frente da área porque Cajá, Gedoz e Tiago Luís são atletas que têm a finalização de fora da área. Procuramos fazer o balanço o mais rápido possível para encurtar espaços, mas nos faltou agressividade”. No segundo tempo, o Guarani conseguiu sair na frente com Anselmo Ramon, que saiu do banco para marcar na única finalização certa da equipe. Aos 47 minutos, porém, Marcílio fez falta boba na lateral. Na sequência do lance, o time perdeu o rebote e a defesa parou enquanto Madison aparecia nas costas para empatar o jogo. “Não gosto de falar de justiça e injustiça. Analisando no contexto geral tivemos controle no primeiro tempo, mas faltou ser incisivo, agudo no último terço. Com as alterações, a ideia era ter mais profundidade e agredirmos a última linha”, explicou Louzer. “Fizemos um gol, controlávamos a partida, mas numa falta lateral e a bola perdida de rebote sofremos o gol. É levantar a cabeça, tirar lições e procurar evoluir”, concluiu. A delegação bugrina chegou ontem de Goiânia e a reapresentação está marcada para amanhã. O próximo compromisso é no sábado, contra o CRB, em Campinas. A preocupação é com Anselmo Ramon, que será reavaliado após sofrer novamente com dores no joelho direito. Zagueiro que passou pelo Brinco pode voltar a jogar O zagueiro Reniê, que teve uma breve passagem pelo Guarani, em 2015, por pouco não interrompeu a carreira de forma precoce devido ao doping. Naquela temporada, fazia parte do elenco do Bugre que disputaria a Série C do Brasileiro, mas teve seu contrato rescindido após ser suspenso por oito meses. No ano passado, um novo caso, quando estava no Santo André. Dessa vez, porém, a Justiça Desportiva não puniu o defensor e ele está liberado para procurar novo clube e dar sequência à carreira. Reniê cumpria suspensão de dois anos pela condenação por uso de dexametasona (anti-inflamatório e antialérgico que faz parte do grupo dos corticosteroides). Em sua defesa, porém, o jogador alegou ter sido orientado pelo departamento médico do Santo André ao fazer uso do medicamento quando estava no período de pré-temporada antes do início do Paulista de 2017. Flagrado após o empate por 1 a 1 com o Ituano, logo na estreia do Estadual, o zagueir foi suspenso preventivamente por 30 dias e depois condenado a ficar dois anos longe do futebol. De acordo com Filipe Orsolini Pinto de Souza, advogado especializado em direito desportivo, o julgamento favorável do recurso pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem aconteceu diante das evidências de que Reniê não agiu por conta própria, mas sim por acatar orientações do departamento médico do Ramalhão. "É um resultado importante e mostra a importância de utilizar de todos os recursos para provar a ausência de culpa de um atleta que poderia ter sua carreira extremamente prejudicada. Agora ele está liberado para buscar um novo clube e seguir trabalhando", explica o profissional de Campinas. Com a decisão, o Tribunal Antidopagem reduziu a pena de Reniê de dois para um ano. Como o atleta está afastado desde fevereiro de 2017, já cumpriu a punição e pode retornar aos gramados. Nascido em Feira de Santana, é zagueiro de origem, mas também atua como volante. Na carreira, acumula passagens por Vitória, Botafogo-SP, Atlético-GO, Paysandu, Mirassol e Vila Nova. Essa é a segunda vez que Reniê se envolve em casos de doping. O primeiro foi em 2015. Após se destacar com a camisa do Volta Redonda, recebeu proposta do Guarani. Assim que a situação veio à tona, o Bugre descobriu a suspensão de oito meses por ter sido pego no exame em jogo do Carioca e rescindiu o contrato. O defensor foi flagrado no antidoping em 18 de fevereiro, na vitória do Volta Redonda por 2 a 1 sobre o Fluminense. Reniê ingeriu a substância octopamina, um suplemento da cafeína. Na ocasião, justificou sofrer com problemas de insônia e, por isso, fazia uso do medicamento Ultimate High Burn. No julgamento, disse ter sido orientado pelo ex-clube, o Vitória.

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